A 17 de Maio comemora-se o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia e estão já a ser anunciadas iniciativas para o Porto e para Coimbra. A 15 de Maio, às 15h, na estação de metro da Trindade no Porto e junto ao café Brasileira, no Chiado em Lisboa, o MICA-me (movimento de intervenção cultural artístico lgbt) vai organizar um kiss-in ou beijaço como dizem os brasileiros. A intenção é alertar para a necessidade de banalizar as expressões de afecto entre homossexuais.
A cidade de Coimbra vai acolher, pela primeira vez, uma marcha para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia e Transfobia. A iniciativa está marcada para 17 de Maio e é organizada pela associação não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, que em breve prevê divulgar mais pormenores. O percurso começa na Praça 8 de Maio, para acabar na Praça da República, onde irá realizar-se uma concentração. O site de apoio desta iniciativa ficará online a partir de amanhã.
Deverão ser 28 mil os preservativos distribuídos no fim das missas que Bento XVI vai celebrar a 11 e 14 em Lisboa e no Porto, respectivamente. A iniciativa foi formalmente apresentada hoje no Porto por um grupo de cidadãos organizador da iniciativa. Segundo Diogo Figueira, um dos mentores da acção “a nossa iniciativa não é uma afronta ao papa. A sida não é uma questão de religião, é de saúde pública”. Os preservativos, que serão distribuídos por 500 a 600 voluntários, serão acompanhados de panfletos informativos sobre a doença. A ideia foi lançada no Facebook, através de uma página a que já aderiram cerca de 14 mil pessoas e associações e colectivos, entre os quais a Abraço, Opus Gay, PortugalGay.pt, CASA, UMAR, Marcha Mundial das Mulheres, Espaço T, SOS Racismo, MICA-me, não te prives e as Panteras Rosa.
Da mesma forma que os homossexuais conquistaram mais espaço e direitos, o mesmo também poderá acontecer com pedófilos, considerou o brasileiro Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, durante a 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. “Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual. E era discriminado. Quando começa a dizer que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos”, disse, de acordo com o jornal O Globo.
O clérigo acredita ainda que a orientação sexual é resultado da educação: “Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual. Menino brinca com menino, menina brinca com menina. Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa. Então, a questão é: como vamos educar nossas crianças para o uso da sexualidade que seja humano e condizente?”
Um tribunal lituano suspendeu as comemorações do Orgulho Gay Báltico, que deveriam celebrar-se na capital Vilnius, este sábado, 8 de Maio. As associações LGBT da Estónia, Letónia e Lituânia decidiram, desde o ano passado, celebrar de forma rotativa o Orgulho Gay nos seus países. Coube a Riga, capital da Letónia, inaugurar estas comemorações em 2009. A suspensão decretada pelo tribunal baseia-se na vontade de evitar incidentes entre “grupos radicais” que estariam contra a marcha, sendo por isso uma forma de “proteger” os participantes. Em Março, mais de 50 deputados do parlamento lituano pediram a suspensão do Orgulho, invocando que a sua realização violaria a Lei de Protecção de Menores contra os Efeitos Prejudiciais da Informação Pública que entrou em vigor este ano. Nos últimos dias, várias organizações, como a Amnistia Internacional, o Intergrupo LGTB do Parlamento Europeu ou a ILGA Europa, condenaram a decisão. A Amnistia chegou a pedir à presidente do país, Dalia Grybauskaite, que garantisse que os defensores dos direitos LGBT pudessem manifestar-se. Um porta-voz da Presidência referiu que a chefe de Estado estava “surpreendida” com a importância que se estava a dar às eventuais alterações da ordem pública que poderiam ocorrer caso a marcha se realize e sublinhou que a Constituição do país garante o direito a que os cidadãos se possam manifestar pacificamente.