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George Rekers demitiu-se da direcção da National Association for Research and Therapy of Homosexuality (NARTH), a principal organização norte-americana que alega curar a homossexualidade, depois de ter sido fotografado ao lado de um prostituto. O casal foi reconhecido quando regressava de 10 dias de férias na Europa. Rekers, que defende que a homossexualidade pode ser curada, recusou ter praticado qualquer “comportamento sexual ou ilegal” e referiu que tinha contratado Lucien, para carregar as malas, dado o seu estado de saúde fragilizado. Lucien, que publicita os seus serviços no site Rentboy.com, disse à CNN que tinha sido contratado para carregar as malas e para prestar durante uma hora diária “massagens sexuais”. Num comunicado alojado no site da NARTH, Rekers acusou as notícias de serem falsas e assegurou nunca ter tido qualquer comportamento homossexual. “Não sou nem nunca fui gay.”
Os principais jornais do mundo estão a destacar as posições de Bento XVI sobre aborto e do casamento homossexual, proferidas ontem em Fátima.
“Apesar de ser 90 por cento católico, Portugal assistiu nos últimos anos a um notável afastamento dos ensinamentos católicos (…) a Igreja opõe-se [ao casamento homossexual, que está para promulgação na Presidência da República], mas a sociedade parece estar em larga medida de acordo”, considera o New York Times.
Já para o britânico Daily Telegraph, as críticas ao casamento homossexual e os elogios aos activistas anti-aborto têm “ressonância especial no país anfitrião”, três anos depois do referendo que aprovou a interrupção voluntária de gravidez e a poucos dias da ratificação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O espanhol El Pais destacou na sua edição online: “O Papa afirma que o aborto e o casamento homossexual são contrários ao bem comum”, referindo que “Bento XVI assegura que a terceira parte da profecia de Fátima ainda não terminou e continua viva”.
O El Mundo, por seu lado, pôs em destaque uma das frases do Papa: “A cultura dominante apresenta um estilo de vida baseado na lei do mais forte e nos benefícios fáceis”.
O jornal francês Libération optou pelo título: “Bento XVI em cruzada contra a pedofilia", para a qual “até a Virgem é chamada a dar a sua contribuição”.O jornal francês refere que “Bento XVI sugeriu que o 'terceiro segredo' não era apenas o atentado contra João Paulo II em 1981, mas também os 'sofrimentos da igreja' provocados pelos escândalos sexuais no clero e a 'lei do silêncio' da hierarquia”.
Em entrevista a Larry King, na CNN, Laura Bush, esposa do ex-presidente dos EUA, George W. Bush, falava sobre o seu mais recente livro quando revelou que discordava da posição do então presidente sobre o acesso ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Laura Bush afirma que pediu ao marido para não trazer à campanha eleitoral de 2004 o tema do casamento, porque "ambos tinham amigos íntimos homossexuais ou com filhos gays e lésbicas". A ex-primeira dama acrescenta que "quando um casal está comprometido é merecedor dos mesmos direitos”. Questionada, pelo apresentador de um dos programas mais vistos na América, sobre se aceitaria o casamento entre pessoas do mesmo sexo respondeu que "podia aceitá-lo" e que julga trata-se de uma questão geracional que acabará por se tornar uma realidade. Durante o seu mandato, George W. Bush fez saber que pretendia rever a Constituição no sentido de proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, revisão que acabou por não acontecer.
No próximo dia 20 de Maio no El Corte Inglés em Lisboa será lançado pela Sextante Editora o livro “Homossexuais no Estado Novo”, da autoria de São José Almeida.
Resultado de uma profunda investigação, a obra conta com inúmeros depoimentos, tratando-se da primeira tentativa de abordagem da realidade dos homossexuais em Portugal durante quase todo o século XX: desde a Primeira República até 1982, quando a homossexualidade deixa de ser crime. O livro procura ainda descrever o que era ser homossexual em Portugal, viver numa condição estigmatizada e estigmatizante, sem identidade e com afectividades e sexualidades quase sempre clandestinas.
A jornalista São José Almeida foi recentemente galardoada pela Comissão Europeia com o primeiro prémio no concurso para Portugal "Pela Diversidade: Contra a Discriminação" pelo trabalho " O Estado Novo dizia que não havia homossexuais, mas perseguia-os", publicado em 2009 no "Público".
O lançamento em Coimbra ocorre a 8 de Junho na livraria Almedina e no Porto a 16 de Junho no Clube Literário. Todas as sessões ocorrem às 18h30 e contam com a presença de activistas dos Direitos Humanos.
Contando com voluntários activistas espalhados por várias artérias da capital, o primeiro dia da distribuição de preservativos em nome da luta contra a SIDA decorreu sem qualquer registo de incidente e com bastante receptividade dos transeuntes, como observou o dezanove entre o Largo Camões, o Rossio e a Rua Garrett, em Lisboa. O portal SAPO Notícias registou o momento e as declarações de Rita Jorge, co-fundadora da iniciativa.
Fazem parte dos voluntários vários activistas de associações e colectivos LGBT e da sociedade civil, que continuarão esta acção dia 14 na cidade Invicta. Fora do âmbito desta iniciativa em simultâneo com a visita de Bento XVI, decorrem habitualmente outras acções de distribuição de preservativos, quer através da Abraço, que estará presente no Festival Allove, quer da Brigada do Preservativo da ILGA Portugal.
A 17 de Maio assinala-se o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia. A data (conhecida internacionalmente por IDAHO), instituída em 2005 pelo activista francês Louis-Georges Tin, visa consciencializar a população em geral para a necessidade de se respeitar a identidade de género e os direitos das pessoas independentemente da orientação sexual bem como acabar com a discriminação e violência homofóbica e transfóbica. Algumas entidades públicas, associações e colectivos do movimento LGBT português associam-se a esta data promovendo iniciativas em vários pontos do país: Ainda antes da data oficial, no Sábado dia 15 o warm up é no Porto e em Lisboa com o beijaço organizado pelo MICA-me. Em Lisboa: “Conferência Homofobia fora do armário: Identificar e Combater a Discriminação das Pessoas LGBT em Portugal” organizada pela ILGA Portugal, a Amplos e a rede ex aequo em conjunto com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). Free Hugs {abraços grátis}, uma mobilização da associação rede ex aequo com o apoio da CIG.
Pelas 22h00, o Rumos Novos – Grupo Homossexual Católico, vai realizar, no Terreiro de Paço, uma manifestação pública, “Falando acerca do silêncio: uma vela em homenagem a cada vítima de homofobia”. O ponto de encontro será no local, às 21h30. E em Coimbra: Marcha Contra a Homofobia e Transfobia, organizada pela não te prives Recorde-se que a escolha da data está relacionada com a retirada em 1990, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), da homossexualidade da lista das doenças mentais. 20 anos após a decisão da OMS, a homossexualidade continua a ser proibida em 80 países e punida com pena de morte em sete deles. (actualizado a 17 de Maio)
Uma Palma Queer para premiar o melhor filme de temática queer que dispute ou integre as diferentes secções do festival de cinema de Cannes. É este do desafio de um grupo autónomo ao festival que a partir dos filmes que participam nas quatro secções do festival (Selecção Oficial, Un Certain Regard, Critics’ Week e Director’s Fortnight) pretende passar a entregar todos os anos este novo troféu. Os festivais de cinema de Berlim e de Veneza entregam já, para filmes de temática LGBT, o Teddy e a Queer Palm, respectivamente. A 22 de Maio Cannes entregará a primeira Palma Queer. Benoît Arnulf, Florence Ben Sadoun, Romain Charbon, Mike Goodridge, Xavier Leherpeur, Ivan Mitifiot, Pascale Ourbih e Brian Robinson constituem o júri que vai escolher o vencedor de 2010.
Blake Skjellerup, patinador neozelandês que participou nas últimas Olimpíadas de Inverno de Vancouver, admitiu à revista DNA que é homossexual. Em entrevista o atleta explicou que preferiu só agora divulgar publicamente a sua orientação sexual pelo receio em perder patrocinadores e a atenção na própria competição que estava a disputar. “A principal questão era que eu estava lá para competir e não para ter um foco sob a minha sexualidade”, disse o atleta de 24 anos que ficou em quarto lugar nos 100 metros. “Ainda não chegamos ao ponto em que ser um atleta gay é um não-assunto. No entanto, se me perguntassem durante as vinte e tal entrevistas que me fizeram se tinha namorado ou namoradas- na mesma frase – eu eu teria respondido honestamente”, completou. A lista de atletas que assumiu a sua identidade sexual é ainda curta. Blake Skjellerup junta-se agora a atletas como o nadador australiano Matthew Mitcham ou o jogador de rugby galês Gareth Thomas que saíram recentemente do armário.
O Supremo Tribunal Administrativo da Lituânia anulou a decisão de um tribunal de instância inferior de suspender a realização do Orgulho Gay Báltico, marcado para amanhã, em Vilnius. A deliberação do Supremo Tribunal, que vai permitir que pela primeira vez o país assista às comemorações do Orgulho, foi tomada após um recurso da Liga Gay Lituana. Segundo a Associated Press, uma sondagem recente indicava que a maioria da população lituana estava contra a realização do Orgulho Gay no país.