Depois de ter interpretado a extravagante Pilita nos programas de Herman José e ter protagonizado o monólogo mais visto da história do teatro português, em Paranormal, Joaquim Monchique volta a vestir os collants para interpretar Esmeralda Bartolomeu, uma mãe de família oriunda da Baixa da Banheira. A comédia inspirada numa peça argentina da autoria de Hernán Casciari, a que actor luso assistiu em Buenos Aires, foi adaptada à realidade portuguesa pelo próprio Monchique. Uma família portuguesa (a)típica confere elementos para um enredo de aproximadamente duas horas: um marido desempregado e viciado em tabaco e televisão, uma filha à descoberta da sua sexualidade, um filho indeciso em relação à orientação sexual, outro filho consumidor de drogas, um sogro envolvido na marijuana e a matriarca Esmeralda a gerir tudo isto e ainda a menopausa. Nenhum pormenor foi descurado. No que respeita à caracterização Joaquim Monchique demora pelo menos uma hora a maquilhar-se para se transformar em Esmeralda. O espectáculo é enriquecido pelos figurinos com traço de Dino Alves e Monchique demonstra mais uma vez o seu empenho e versatilidade artística como actor, tradutor, encenador e cenógrafo. “Todos os comediantes gostam de fazer travesti” e acrescentou que esta “é uma homenagem às mães”, declarou o actor português ao Correio da Manhã.
'Mais respeito que sou tua mãe' estará em cena no auditório do Casino Estoril até finais de Junho.
Os ingressos custam 20€ e as sessões são de quarta-feira a Sábado às 22 horas e aos Domingos às 17 horas.
Paulo Monteiro
Actualização: O espectáculo estreia a 15 de Outubro de 2010 no Teatro Rivoli no Porto. Vê aqui mais informações e como ganhar bilhetes duplos através do dezanove.
Actualização II: O espectáculo estará em cena de 9 de Fevereiro a 03 de Março 2011 no Teatro Armando Cortez - Casa do Artista, em Lisboa. De 4ª a Sáb; 21h30; bilhetes: 18€.
A 11ª Marcha do Orgulho LGBT em Lisboa realiza-se no próximo sábado, dia 19 de Junho. Com saída às 17 horas do Jardim do Príncipe Real a marcha que defende o conceito de orgulho por oposição à vergonha terá o seguinte percurso (ver mapa):
01) Praça do Príncipe Real - troço a partir do ISCEM (entroncamento com a Calçada da Patriarcal)
02) Rua D. Pedro V
03) Rua S. Pedro de Alcântara
04) Rua da Misericórdia
05) Largo do Chiado
06) Rua Garrett
07) Rua do Carmo
08) Praça D. Pedro IV (Rossio) - troço entre a Rua do Carmo e a Rua da Betesga
09) Rua da Betesga
10) Praça da Figueira (atravessada na diagonal entre a Rua da Betesga e a Rua D. Duarte)
11) Rua da Palma (troço do Hotel Mundial) Chegada à Praça do Martim Moniz e concentração
A Organização da 11ª Marcha do Orgulho Gay já divulgou os objectivos do evento do próximo Sábado, que podem ser lidos na sua página do Facebook: - Assinalar o dia 28 de Junho de 1969, pois foi nessa data que, na cidade de Nova Iorque (EUA), no bar Stonewall Inn, homossexuais e transexuais resistiram, pela primeira vez na história, às habituais rusgas policiais, à discriminação e à violência. - Ocupar o espaço público com a diversidade de identidades de género e de orientações sexuais que nos caracteriza enquanto seres humanos. - Contrapor à vergonha que muitos/as querem impor às pessoas LGBT o Orgulho. - Celebrar o recente direito adquirido de igualdade no acesso ao casamento civil, tudo o que já foi conseguido e continuar a mobilizar-nos para que mais seja possível alcançar, até chegarmos a uma cidadania plena. - Recordar que, no Portugal de 2010, há ainda muito caminho a percorrer na luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género. - Promover e respeitar a diversidade sexual como valor humano porque boatos, anedotas, mexericos e controlo social continuam a contrariar o direito à felicidade de todas/os. - Denunciar o facto de, pelo mundo fora, existirem sete países em que a homossexualidade é punida com pena capital e que em 93 outros qualquer pessoa pode ser julgada e punida com multa ou prisão por ser lésbica, gay, bissexual ou transgénero. Saímos à Rua porque muitos/as de nós, amigos/as, colegas, familiares, pessoas ao nosso lado, vivem a discriminação todos os dias, mesmo que num silêncio imposto pelo medo, pela solidão ou pela vergonha. Por isso, importa denunciar, olhar nos olhos, ocupar o espaço. Fazemos da nossa cidadania uma bandeira contra a homofobia, a lesbofobia, a bifobia e a transfobia.