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As exposições da primeira edição do Estoril FashionArt Festival encerram a 11 de Julho. Entre os muitos eventos que têm decorrido no concelho de Cascais, o dezanove destaca duas propostas: os homens de saia e os projectos de Luis Venegas.
A instalação “Hombresenfalda”, localizada na Marina de Cascais, apresenta 110 manequins de saias que exibem uma das mais controversas peças de vestuário para uso masculino. A exposição atesta a sua presença nas antigas civilizações até às mais recentes propostas dos criadores de moda. A exposição, que já passou por Madrid, Sevilha e Valência, integra também as propostas dos criadores portugueses Ana Salazar, Dino Alves, Filipe Faísca, Nuno Baltazar e Ricardo Dourado e Miguel Vieira, a que se juntam peças de Giorgio Armani, Missoni, Roberto Verino, Vittorio & Lucchino.
Na rua Frederico Arouca, n.º 404, encontra-se a exposição “Luis Venegas - Greatest Hits”. O criador tem 31 anos e é publisher na cidade de Madrid. A sua obra é a emboscada das suas várias personalidades a que chamou Fanzine137, Electric Youth ou Candy. Luís Venegas leva para as suas publicações a iconografia camp, o elogio da juventude, a arte e as questões de gender. Tudo servido com uma estética queer qb. As revistas, cujos preços variam entre os 21 e os 27 euros, encontram-se esgotadas. Esta é a primeira edição do Estoril FashionArt Festival, que tem Espanha como país-tema.
Apenas 32 por cento dos gays e lésbicas espanhóis demonstram publicamente afecto em relação a pessoas do mesmo sexo, de acordo com um estudo do portal online Parship.es. Dos 500 inquiridos, somente 13% admitiram não sentir qualquer tipo de rejeição social pela sua orientação sexual. Os autores do estudo referem que “apesar da crescente aceitação social e política, como a legalização do casamento gay”, os resultados são surpreendentes já que 68% evitam demonstrações públicas de afecto com o parceiro porque se sentem “julgados”, pelo medo de rejeição da sociedade ou pelos comentários das pessoas.
O Ministério da Indústria de Espanha multou em 100 mil euros o canal de televisão Intereconomía por um anúncio promocional da própria estação considerado homofóbico. Emitido 273 vezes entre 22 de Julho e 17 de Setembro do ano passado, o filme contrapunha ao Dia do Orgulho LGBT os “364 dias do orgulho de pessoas normais comuns”.
A pena é o resultado do processo instaurado pelo Ministério da Indústria, após uma queixa apresentada por um cidadão junto do Conselho do Audiovisual da Andaluzia. O Ministério considera que o vídeo viola a lei de rádio e televisão, que afirma que a publicidade não pode pôr em causa o respeito pela dignidade das pessoas ou das seus crenças religiosas ou políticas ou fazer qualquer discriminação em função do nascimento, raça, sexo, religião, nacionalidade ou opinião. O Intereconomía TV pode recorrer desta decisão.
Estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham participado ontem nas celebrações do orgulho lésbico, gay, bissexual e transgénero nas ruas de Madrid.
Na primeira linha da manifestação estava a ministra da Igualdade espanhola, Bibiana Aído, entre outros políticos da esquerda espanhola, como Pedro Zerolo do PSOE, representantes de sindicatos e da cidade de Madrid, movimentos da sociedade civil e Suku Alexander, transexual israelita.
O lema da manifestação deste ano "Pela Igualdade Trans" pretendeu chamar a atenção para os direitos das pessoas transgéneros num "Ano para Trans-formar”, segundo a organização "uma oportunidade para formar sobre a realidad trans e mudar a ideia preconcebida que existe". Pretende-se, por exemplo, a cobertura total por parte da Segurança Social dos custos com as operações de reassignação de sexo. Este ano assinala-se de igual forma os cinco anos da possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país vizinho.
As associações LGBT presentes apelaram ainda através de cartazes para que o Partido Popular espanhol retirasse o recurso de inconstitucionalidade da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e chamaram a atenção para a visbilidade das pessoas seropositivas.
A manifestação organizada pelas associações FELGTB e COGAM contou com a presença de 56 associações espanholas defensoras dos direitos dos homossexuais e com 35 carros que integraram o desfile. O primeiro deles era um autocarro de dois andares com o tema "famílias diversas" onde as famílias lésbicas, gays, transexuais e bissexuais puderam dar visibilidade à sua realidade familiar e desfrutar com orgulho dos seus filhos.
A organização destaca que "o evento que mobiliza mais pessoas em Madrid, conseguiu mais uma vez voltar a celebrar-se sem incidentes, prevalecendo a uma convivência correcta, o respeito e a pluralidade e a hospitalidade da capital espanhola."
À noite a animação musical ficou a cargo de vários artistas entre os quais Daniel Diges, representante de Espanha no Festival Eurovisão da Canção, e a cantora australiana Kylie Minogue que apresentou duas canções do seu novo álbum.
Esta edição foi também marcada pela campanha "orgulho sustentável". Devido a ter assegurado locais alternativos para a concentração pós-marcha, a organização da marcha de Madrid afirma ter reduzido 70% das barras condicionadoras das ruas do bairro de Chueca e ter reduzido em 50% o impacto acústico na programação deste ano. Recorde-se que os habitantes de Chueca tinham manifestado o seu descontentamento face às perturbações que estas comemorações causavam.