Aveiro reivindicou as cores do arco-íris
Depois de adiada em 2020 e transformada num evento online, a Marcha do Orgulho LGBTI de Aveiro realizou-se no passado Sábado. Foi a primeira iniciativa deste género este ano em modo concentração.
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Depois de adiada em 2020 e transformada num evento online, a Marcha do Orgulho LGBTI de Aveiro realizou-se no passado Sábado. Foi a primeira iniciativa deste género este ano em modo concentração.
Aconteceu ontem, com o apoio do dezanove.pt, um piquenique no Arco do Cego que juntou mulheres lésbicas e bissexuais de várias idades e percursos.
Junho é, como bem sabemos, o mês do orgulho LGBTI+. Um mês em que revisitamos aquele que fora o primeiro momento político de rua, da comunidade LGBTI+.
A partir dos motins que se desenrolaram no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, espaço de pertença e socialização de pessoas LGBT, frequentemente sujeitas à violência e perseguição policial, mostravam naquele mês de Junho de 1969, querer por termo à marginalização a que estavam sujeitas, tendo ao longo de uma semana, despertado uma onda de protestos revolucionários que se iriam depois fazer repercutir a outras partes do mundo.
Expondo os crimes de ódio e desrespeito associados ao estigma de género e identidade sexual, os revolucionários movimentos activistas LGBTI+, mostravam reunir em si o sentido de uma comunidade própria, diversa, com voz e reconhecimento de um esforço comum pela visibilidade da(s) identidade(s) de género e alcance da universalidade dos direitos humanos. Ainda que sujeitos a tensões entre movimentos pela visibilidade gay, lésbica e trans, entre valores e representações limitadores da feminilidade e masculinidade, o sentido de comunidade LGBTI+ foi crescendo ao longo das últimas décadas do séc. XX, tendo a atrocidade causada pela pandemia VIH/SIDA, catapultado a criação de projectos políticos nacionais que reconhecessem e protegessem as pessoas LGBTI+.
Em Portugal, um país marcadamente católico e com profundas cicatrizes de um regime autoritário de longa data, o movimento LGBTI+ mostrara grandes dificuldades em se fazer expressar. Fora na década de 1990, muito por mérito das associações de apoio a pessoas VIH/SIDA (Associação Abraço), da força de partidos de esquerda (GTH-PSR), e da abertura do Centro Comunitário Gay e Lésbico em Lisboa (ILGA Portugal), que começaram a florescer os primeiros sinais de uma cultura queer. A também produção de conhecimento científico sobre Estudos de Género aliada à criação de legislação em matérias de sexualidade e igualdade de género, traziam o país, anos mais tarde, para uma posição pioneira em matérias de igualdade e diversidade nos rankings dos países mais LGBTI+ friendly do mundo.
Na década de 1990, muito por mérito das associações de apoio a pessoas VIH/SIDA (Associação Abraço), da força de partidos de esquerda (GTH-PSR), e da abertura do Centro Comunitário Gay e Lésbico em Lisboa (ILGA Portugal) começaram a florescer os primeiros sinais de uma cultura queer.
A abertura à diversidade e à democratização das relações de género, através da criação de legislação própria em matérias de não discriminação da orientação sexual ou da autonomização das identidades de género, trouxeram uma abertura e avanço ímpar no que toca ao reconhecimento e protecção de pessoas de identidade diversa, habitualmente entregues à clandestinidade social. Para isso muito contribuíram as instâncias internacionais, que reconhecem a diversidade de género e sexual, emitindo recomendações aos Estados de Direito, mas, e, sobretudo, a nível nacional, o papel de todas aquelas pessoas que contribuíram para a criação de um activismo LGBTI+. Um activismo que relembra os avanços e recuos no que toca a matérias do domínio do género, sexo e sexualidade, não deixando de reconhecer a inalienabilidade dos direitos humanos e da obrigatoriedade dos governos nacionais em produzirem legislação que proteja estas pessoas.
Actualmente, Portugal conta com mais de uma dúzia de marchas de Orgulho LGBTI+. Do Norte ao Sul do país, do interior para os arquipélagos, de Barcelos ao Algarve, Madeira e Açores, os movimentos em prol da defesa dos direitos de igualdade e reconhecimento identitário de género ou sexualidade, erguem-se face às clássicas e demagógicas assimetrias de género binário heterossexual. Lutando pela vida pessoal e social, pela vida em família, por trabalho e direito à cidadania, o mês do orgulho ainda que com restrições pandémicas volta a fazer-se cumprir nas ruas, não esquecendo que a diversidade ou a diferença que a todos nos caracteriza, continua a ser motivo de controlo e de marginalização para aqueles que transgridem as negativas convenções sociais. Um mês que sinaliza as lutas que faltam cumprir, apelando à acção e reflexão das narrativas opressivas e estereotipadas da(s) identidade(s) singulares e comunitárias.
Em Junho cumpre-se o direito a ocupar as ruas sob a cor do arco-íris.
Daniel Santos Morais é mestre em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e licenciado em Estudos Europeus pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Uma das bandeiras do movimento LGBTQI+ é a inclusão e a procura desta na sociedade.
CONSEGUIMOS!!!
Muito Obrigad🏳️🌈 a todas as pessoas que nos ajudaram!
O Beja Pride será organizado pela associação Arruaça e está marcado para 3 de Julho no Parque Vista Alegre.
O dezanove.pt sabe que a Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho do Porto definiu que a 16ª edição da marcha portuense se vai realizar a 3 de Julho a partir das 15 horas. O ponto de encontro é a Praça da República.
A comunicação foi conhecida esta tarde. Arraial Pride só em 2022.
Este Domingo à tarde realiza-se em Lisboa um evento de socialização e partilha de conhecimentos entre pares.
Discurso por Márcia Lima Soares, a 1 de Junho de 2021, em Lisboa
Em primeiro lugar, tal como cada um de vós, que poderia estar em casa a ver uma série, a estudar ou a lavar a loiça, estou aqui, hoje, sentindo uma enorme satisfação por poder fazer parte deste momento de união, de luta, de empatia e que serve de aquecimento para a Marcha LGBTQI+, que terá lugar no próximo dia 19 de Junho.
Carlos Marinho é psicólogo clínico, criador artístico freelancer, e activista pela promoção dos direitos LGBTQI+. O seu primeiro contributo para o trabalho de activismo deu-se em 2013, como co-organizador e porta-voz da primeira Marcha pelos Direitos LGBT de Braga. De então a esta parte, tem prestado à comunidade um núcleo de serviços inclusivos, dedicados à optimização do crescimento pessoal e colectivo, desde consultas de acompanhamento terapêutico a projectos de intervenção social alicerçados no cruzamento entre os domínios da arte e da psicologia.
Na manhã do dia 8 de Junho de 1901, Mario e Marcela casavam-se na igreja de San Jorge na cidade galega da Corunha. A boda foi testemunhada apenas por um punhado de vizinhos e familiares. Após a cerimónia religiosa, o casal dirigiu-se a uma casa de fotografia para que aquele momento feliz ficasse registado em imagem.
Chegou Junho, o mês em que andamos nas ruas mais confiantes do que nunca. Um mês carregadinho de actividades presenciais – com medidas de segurança, claro – e virtuais, para celebrar as conquistas de quem veio antes de nós, as que construímos e as que estamos a construir. São cada vez mais notícias para o dezanove.pt acompanhar. Mas há um problema.
É a primeira vencedora do programa Hell's Kitchen Portugal apresentado por Ljubomir Stanisic.
Diogo Simões é um dos novos escritores portugueses de sucesso. Nasceu em Leiria e licenciou-se em Serviços Sociais com um mestrado em Intervenção com crianças e jovens em risco. Tem três livros publicados pela editora “Cordel de Prata” e é um escritor activo na plataforma digital Wattpad, tendo também o seu próprio blog.
Neste mês tão especial para alguns e tão mal amado por outros, decidi não voltar a escrever o que aqui bem dentro da alma se fala, mas aproveitar para através da pesquisa e do conhecimento, ajudar a que todos possamos entender um pouco mais do mundo à nossa volta.
João Pedro Anjos, o activista e “herói” que surpreendeu Portugal por aparecer com a bandeira do arco-íris na manifestação organizada pelo Chega em Junho de 2020, transpôs agora o seu activismo para a folha de papel e publicou o seu primeiro livro.
O dezanove.pt sabe que a organização que tradicionalmente organiza a Marcha de Braga definiu o dia 17 de Julho para se manifestar em prol dos Direitos das pessoas LGBTI+ e assinalar a revolta de Stonewall.
Dos mesmos produtores de ‘45 anos’ chega este mês aos cinemas nacionais o filme ‘Supernova’ que conta com um elenco de peso, com nomes como Colin Firth (‘Kingsman’, ‘Um Homem Singular’ e ‘Diário de Bridget Jones’ - vencedor do Óscar) e Stanley Tucci (‘O Caso Spotlight’, ‘Visto do Céu’ e ‘Julie & Julia’ - nomeado ao Óscar).