"Descolonizar o Museu: Programa de Desordem Absoluta" de Françoise Vergès é uma obra provocadora que questiona as estruturas de poder e as narrativas presentes nos museus ocidentais constituindo uma interessante leitura para aferir o atraso português neste capítulo da descolonização dos museus nacionais.
Baldur's Gate 3, desenvolvido e lançado pela Larian Studios, em 2023, é um dos jogos mais aclamados de sempre - em parte devido à grande legião de fãs de Dungeons & Dragons (já que é baseado no mesmo sistema de role-playing e acontece no mesmo universo). Mas este não é o único factor relevante para tal.
Texto inspirado numa entrevista feita a Marina Machete (Miss Portugal 2023)
Que barulho faria uma pedra da calçada, se rasasse a nossa cabeça? Acredito que poucas pessoas tenham resposta para esta pergunta, no entanto, Marina conhece bem o ruído que fazem e como assobiam junto aos nossos ouvidos, quando atiradas por quem nos quer mal.
Nada de novo para os que escutam atentos os ainda persistentes silêncios gritantes de alguns socialistas, silêncios que dão espaço para a materialização a “negrito” no recuo em matéria de direitos humanos pelo PSD e pelo CDS, desde… sempre.
A discriminação e o estigma enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ em Portugal continuam a ser uma questão central quando falamos sobre saúde mental. Como psicóloga, vejo diariamente os impactos devastadores que essa marginalização tem sobre o bem-estar das pessoas, muitas vezes subestimados pela sociedade. Embora tenhamos assistido a importantes avanços nos direitos legais, as feridas emocionais provocadas pelo preconceito e exclusão persistem e são profundamente enraizadas no quotidiano.
Lançado em Portugal em 2022 pela editora Temas e Debates, o livro O Direito ao Sexo – Feminismo no Século XXI, de Amia Srinivasan, oferece uma reflexão filosófica sobre a política e a ética do sexo. “O sexo, que consideramos um dos actos mais privados, é, na realidade, uma questão pública. Os papéis que desempenhamos, as emoções que sentimos, quem dá, quem recebe, quem exige, quem serve, quem deseja, quem é desejado, quem beneficia, quem sofre: as regras que regem tudo isso foram estabelecidas muito antes de termos chegado ao mundo."
Há uns meses, fiz parte de um momento de reflexão em grupo onde falámos sobre os nossos pais. Éramos maioritariamente mulheres, sentadas em círculo à volta de uma fogueira. Entre cerca de 30 pessoas, 20 choravam. A tensão era contagiante e as palavras, sussurradas, remetiam ao abandono, à dureza, ao desentendimento. Tomada também eu por todo aquele rancor, pensava que era preciso fazer algo para interromper a transmissão de tanta dor, entre gerações e entre pares, que fazia, e faz, da masculinidade uma coisa tão monstruosa e desumana.
Hoje partiste-me um copo. Não gosto de copos partidos. Os copos existem inteiros. É assim que se diz. É assim que tem de ser. Estou sentado. Estou sentado à mesa. Olho o copo. Está partido. Hoje partiste-me um copo. Um copo quebrado é um copo enfermo. Posso curá-lo, mas jamais será inteiro. Quero salvá-lo. Vou salvá-lo. Salvo-o. Guardados num saco, os cacos despedaçados são depositados na mesa. Estou sentado. Na mesa está o copo, os cacos e a cola. A operação principia. Luvas brancas. De luvas brancas, as mãos são duas pinças que operam meticulosamente esta cirurgia. O sangue. O sangue escorre-me das mãos.
Eu“Outlasting – Living Archives of Older Queers” é um documentário produzido pelo projecto TRACE – Tracing Queer Citizenship over Time: Ageing, ageism and age-related LGBTI+ politics in Europe.
A representação da comunidade LGBTQIA+ na literatura, incluindo a infanto juvenil, tem sido um tema de crescente discussão recentemente. No entanto, essas representações e a normalização desses temas não são novidades e muitos parecem esquecer esse facto. Hoje temos para vocês três exemplos de homoerotismo na Literatura da Antiguidade Clássica.
Nos últimos anos, a compreensão sobre identidade de género tem evoluído consideravelmente. Cada vez mais, reconhecemos que o género vai além de uma concepção binária, abrangendo uma multiplicidade de experiências. No entanto, para muitas pessoas trans e não-binárias, o caminho para a auto-identificação e aceitação de género pode ser desafiador, influenciando profundamente a sua saúde mental. Neste artigo, iremos explorar como os processos de auto-identificação e aceitação de género podem impactar o bem-estar psicológico, e reflectir sobre a importância de um apoio especializado e inclusivo.
Benidorm, uma das cidades mais gay-friendly de Espanha, voltou a receber, entre os dias 2 e 8 de Setembro, o “BenidormPride Festival”, denominado como “EuropeanSummerClosingPride”. A estância costeira espanhola, conhecida em todo o mundo como a Nova Iorque do Mediterrâneo, celebrou este ano a 14.ª edição deste que é o último evento de verão do calendário europeu LGBTQIAPN e um dos mais bem-sucedidos da Europa.
A Parede narra, na primeira pessoa, a história de uma mulher que fica isolada quando uma parede invisível a confina a uma zona de floresta. Do outro lado da parede, não parece haver qualquer sinal de vida. Perante esta situação extrema, a protagonista, inicialmente despreparada, começa a caçar e a dedicar-se à agricultura para garantir a sua sobrevivência. À medida que as estações passam, o seu estado de espírito oscila entre momentos de pânico e bem-estar, sendo a ligação com os animais, os afazeres diários e o contacto com a natureza o que lhe dão forças para continuar.
Zami: Assim reescrevo o meu nome é uma obra semi-autobiográfica de Audre Lorde, poeta e figura incontornável do feminismo negro. Esta obra profundamente pessoal e sinestésica aborda temas como a descoberta da sexualidade, o racismo e a relação complexa com a mãe. Transcendendo os confinamentos dos géneros literários, a autora apelida o livro de “biomitografia” (entre o biográfico e o exercício de ficção).
Depois de alguns anos sem qualquer digressão para levar ao rubro o seu público, com as intemporais “Can´t Get You Out Of My Head”, “Spinning Around” ou “In Your Eyes”, Kylie Minogue anunciou há uma semana a sua nova tour mundial, “Tension Tour”, agendada para 2025.
O novo centro comunitário dirigido à comunidade queer da capital pretende fomentar a conexão, criatividade e bem-estar, oferecendo um espaço onde cada pessoa se pode conectar, criar e também cuidar de si.
A Aconchego House apresenta-se como "uma comunidade que acredita no poder da cultura queer, no bem-estar e no crescimento pessoal" e que encoraja a comunidade LGBTIQA+ a prosperar conjuntamente.
No ano em que o festival registou a maior afluência de público da sua história, o filme do argentino Nicolás Torchinsky venceu a Competição Oficial. O Prémio Casa Comum foi entregue a “Spillovers”, de Ritó Natálio.