Em Matéria Vibrante, Catarina Botelho, convida-nos a interrogar a vitalidade da matéria e as memórias ocultas dos espaços. Inspirada pela teoria de “matéria vibrante” de Jane Bennett, a exposição explora a ideia de que os materiais não são meros recipientes passivos de experiências, mas entidades activas, portadoras de histórias.
No próximo dia 7 de Dezembro, acontece em Lisboa a primeira edição da Liturgia - o novo projecto da Succo Agency. O que podemos esperar? Nada mais, nada menos do que uma série de eventos performativos, que celebram a diversidade, inclusividade e criatividade dentro da comunidade queer e alternativa.
Joana Machado Madeira, uma das vozes emergentes do cinema português, foi duplamente premiada no Portugal Indie Film Festival 2024 pela sua curta-metragem STAR. O filme venceu nas categorias de Melhor Curta-Metragem Portuguesa (Best Short Film - Portuguese Production) e Melhor Primeira Obra de Realização (Best First Time Director Short Film). A entrega dos prémios está marcada para o dia 10 de Dezembro, durante uma cerimónia em Cascais.
A 32.ª Gala da Abraço contará com a apresentação dos talentosos actores Heitor Lourenço, Joana Pais de Brito e Rita Lello e terá lugar já este domingo, dia 1 de Dezembro, pelas 20 horas, no emblemático São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa.
Acho que todos já nos depararmos com estas perguntas. Quando digo todos, pessoas que não tem relações amorosas heterossexuais. E como fugimos do padrão arcaico imposto por uma sociedade patriarcal, surgem as perguntas sem nexo.
As pessoas pensam que a intimidade tem que ver com o sexo. Mas a intimidade tem que ver com a verdade. No momento em que percebemos que podemos contar a alguém a nossa verdade, quando podemos mostrar-nos a essa pessoa, quando nos despimos de tudo à frente dela e a resposta é: «Comigo, estás segura.» Isso é intimidade. [REID, 2022, p. 131]
Um dia perguntaram-me o que eu fazia socialmente e gostaria de parar, caso pudesse. Embora a minha mente viaje por uma panóplia de temas, nunca tinha pensado nisso. O que me irrita socialmente? Bem, há coisas: tocarem-me à campainha (aquele ruído é insuportável), ligarem-me no meio de um bridge da Taylor Swift, ou ter de explicar a minha brilhante referência Pop no meio de uma conversa de café.
Editado pela Tinta da China, “Sodomita” é o quarto romance do autor brasileiro Alexandre Vidal Porto. O livro dramatiza o processo judicial do português Luís Delgado, uma personagem real do século XVII, acusado de práticas sexuais com outros homens. A acção tem lugar no Brasil colonial, para onde Delgado é desterrado, e onde volta a reincidir no “vício” a que não consegue escapar.
A Federação Estadual LGTBI+ (FELGTBI+) de Espanha aplaude que tenha sido feita justiça com o veredicto do júri popular emitido esta quarta-feira pelo homicídio de Samuel Luiz, morto em 2021 com gritos dos seus agressores que o insultavam de “de maricón de merda”. Recorda o caso aqui.
Quando uma pessoa LGBTQIA+, decide revelar a sua orientação sexual ou identidade de género, o momento pode ser libertador, mas também muito difícil. Para muitos, assumir quem são pode significar a perda de relações familiares importantes, gerando um tipo de luto pouco discutido e muitas vezes não reconhecido socialmente: o luto invisível.
São Sebastião. Jan van Scorel, 1542, óleo sobre tela. Museu Boijmans Van Beuningen (Roterdão, Holanda)
A imagem do mártir São Sebastião é das que mais existem nas igrejas portuguesa, em pinturas e em esculturas, e em algumas vilas e aldeias portuguesas há mesmo festas em honra do mártir São Sebastião. Dentro das igrejas está representado como santo, mas pouca gente sabe que ele é o padroeiro dos gays. Isso não significa que ele fosse gay, provavelmente não o era, mas os gays fizeram dele o seu padroeiro.
É de uma forma sublime que Ana Rita Almeida escreve em versos a história de Benedita, uma menina que se prepara para o seu primeiro dia de escola e todos os desafios que isso acarreta.
Ao contrário da narrativa que muitos governos e autoridades africanas tentam promover, África está repleta de exemplos [pré-coloniais] de identidades de género diferentes, de aceitação da homossexualidade e de fluidez dentro do espectro que é a sexualidade humana.
Sentei-me para tecer algumas palavras sobre o livro A Vila das Cores, no entanto, não sei para onde é que a minha filha de três anos o levou. Ficou encantada com as ilustrações da quinta edição e com os nomes das personagens, o que me leva a crer que o guardou para mostrar à avó, depois de já o termos lido, diversas vezes, antes de se deitar. Eu já conhecia o texto e tive uma primeira edição em mãos, quando visitei um amigo em Londres. Na altura comentei que já tinha tentado encomendá-lo, mas encontrei-o, muitas vezes, esgotado, o que não deixa de ser um bom sinal.
A opressão contra pessoas LGBT+ tem vindo a diminuir bastante nas últimas décadas, mas tem ressurgido um contramovimento que pretende silenciar as minorias sexuais e de género. É neste contexto que é de suprema importância aprender sobre a opressão e violência praticada, nomeadamente em sociedades nas quais a homossexualidade e variações de género eram aceites. As grandes potências ocidentais cristãs e colonizadoras oprimiram com bastante violência todas as manifestações de sexualidade e género no Novo Mundo (Américas).
Ser uma pessoa intersexo é muito mais comum do que muitos pensam. Imagina crescer e perceber que o seu corpo não se encaixa nas definições tradicionais de “masculino” ou “feminino”. Para milhões ao redor do mundo, essa é uma realidade que envolve desafios únicos, especialmente em relação à saúde mental e à autonomia.
Estas palavras – Diversidade, Equidade e Inclusão – estão cada vez mais presentes nas conversas e nas empresas, mas será que, na nossa vida do dia-a-dia, compreendemos o que significam realmente? Para mim, estes conceitos não são apenas frases bonitas. São princípios profundos que reflectem o meu compromisso em criar um espaço onde cada um de nós sinta que pode ser ele próprio.