Há livros que se limitam a explicar o passado. E há outros que rasgam o presente e o iluminam como uma lanterna na noite escura. Calibã e a Bruxa, de Silvia Federici, é um destes casos. Publicado pela primeira vez em 2004, e cuidadosamente editado em português, pela Orfeu Negro, com a força de quem já andava de mão em mão há anos, este ensaio não é apenas uma leitura histórica — é uma convocatória para se entender as dinâmicas sociais desde a Idade Média até aos dias de hoje.
Amélie Javaux é uma autora e psicóloga belga especializada em crianças e adolescentes. A sua escrita reflecte a sua experiência clínica, abordando temas sociais e emocionais com sensibilidade. Destaca-se por livros que tratam de assuntos como a morte ou o impacto da tecnologia nas famílias, sempre de forma acessível, muitas vezes em colaboração com a ilustradora Annick Masson. É uma voz importante na literatura infanto-juvenil contemporânea.
O BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) refere-se a um conjunto de práticas em que os participantes assumem papéis opostos, dominador(a) ou submisso(a), de acordo com as suas preferências, e pode envolver dor, jogos eróticos e acessórios como coleiras, algemas, cordas e dildos. As interacções baseiam-se no princípio do consentimento mútuo, claro e contínuo.
O ano de 2025 está repleto de controvérsias e o 69º festival da Eurovisão ainda não começou. Mal acabou a época das finais nacionais que determinam a canção que vai representar um determinado país concorrente, já se levantaram questões que têm a ver não só com a representação e visibilidade, mas também com a censura.
O próximo dia 18 de Maio não será apenas mais uma data eleitoral. Será um marco. Um momento crucial em que seremos chamados a decidir o futuro do país, e com ele, o futuro das nossas vidas. Para a comunidade LGBTQIA+, para as mulheres, para as pessoas racializadas, com deficiência, imigrantes e tantas outras vozes historicamente silenciadas, o voto é mais do que um direito: é um instrumento vital de resistência, de afirmação e de esperança.
Em colaboração com a Associação Família Conservadora e deputados do Chega e ADN.
A Maiêutica - Cooperativa de Ensino Superior da Maia vai acolher um evento público, no próximo dia 17 de Maio, onde serão tratados temas como as "terapias de conversão" e a alegada "erosão da sociedade" por causa da "identidade de género".
A última carta ao meu pai é a mais recente criação teatral de Peter Pina. Com estreia marcada para dia 8 de Maio, no Auditório Carlos Paredes, em Lisboa, a peça promete abordar temas transversais a todas as pessoas queer. O dezanove.pt foi conversar com o autor.
Durante a Assembleia Municipal de Viseu, do passado dia 22 de Abril, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, fez declarações muito perturbadoras relativamente ao pedido da Plataforma para que a bandeira LGBTQIA+ seja hasteada no edifício do Município, no dia 17 de Maio, Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOT).
É com grande perplexidade que vejo amigues LGBT a partilharem a energia igualitária do Papa Francisco post mortem. Papa Francisco foi sem dúvida o mais próximo que tivemos de uma voz da igreja católica menos opressora, o que saúdo, não respeito. Ser menos opressor não significa não ser opressor, ou seja, não significa de facto a base opressora da sua índole católica inquiridora e julgadora pronta a meter na forca de qualquer pelourinho mundial uma “bicha” assumida.
A 9.ª edição do DDD – Festival Dias da Dança decorre entre 23 de Abril e 4 de Maio nas cidades do Porto, Matosinhos e Gaia. Durante 12 dias, o festival apresenta 27 espectáculos (19 dos quais em estreia absoluta ou nacional), num total de 49 récitas. O programa reúne artistas consagrados e emergentes, com actuações distribuídas por diferentes palcos e espaços culturais das três cidades.
Vivemos num tempo em que a verdade está constantemente a ser desafiada. Num clique, somos expostos a opiniões, "factos", imagens e vídeos — muitos deles falsos ou manipulados. Para a comunidade LGBTQIA+, já alvo de preconceito e exclusão social, a desinformação pode ter efeitos ainda mais graves na auto-estima, saúde mental e sensação de segurança.
O Primavera Sound Porto é um dos maiores festivais de música do país. A edição deste ano, que regressa ao Parque da Cidade, decorre de 12 a 15 de Junho. Aos seus palcos, espalhados pelo grande pulmão verde da Invicta, subirão muitos artistas LGBTQIA+. Damos-te a conhecer cinco, da pop electrónica à música popular brasileira, que não poderás perder.
Este ano, as cores do Orgulho voltam a manifestar-se nos Açores. Do que já se sabe, a marcha sairá às ruas de Ponta Delgada no último sábado de Junho. No entanto, a programação do evento Azores Pride deverá estender-se a outras ilhas do arquipélago.
Nos três artigos anteriores ilustrei episódios do tempo em que eu vivia com o meu progenitor, fazendo um desenho minimamente elucidativo sobre o perfil de quem se identifica com as opiniões da extrema-direita, concedendo-lhe o seu voto.
Numa decisão histórica sobre o Equality Act de 2010, o Tribunal Constitucional do Reino Unido decidiu ontem, dia 16 de Abril de 2025, que a definição legal de “mulher” para os fins do texto legislativo em questão exclui mulheres trans. Esta uma decisão vai afectar os direitos das pessoas trans e intersexo no Reino Unido, país que segundo a ILGA Europa tem vindo a cair ano após ano no índice de países mais seguros e amigáveis para as pessoas LGBTQ+.
Já faz um bom tempo que o reality show RuPaul’s Drag Race é considerado a Copa do Mundo dos LGBTQ+. Em Lisboa, esse clima de torcida é garantido pela Watch Party, um evento produzido por Fortuna Beige e Duarte Almeida. Trata-se de uma exibição do programa para uma sala cheia de fãs.
A Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, pediu ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da Lei n.º 15/2024, que proíbe e criminaliza as chamadas “práticas de conversão” dirigidas a pessoas LGBT+. Esta lei, aprovada pelo Parlamento no início do ano, pretende sancionar penalmente qualquer intervenção que procure alterar, suprimir ou reprimir a orientação sexual, a identidade ou a expressão de género de alguém — práticas denunciadas por organizações internacionais como a OMS e condenadas por psicólogos, psiquiatras e activistas em todo o mundo.
Ao longo dos meses de Maio e Junho, Angra do Heroísmo e a Praia da Vitória, na Ilha Terceira, Açores, recebem o Queer Terceira, um ciclo de cinema queer organizado pela equipa do Queer Lisboa. Todas as sessões e actividades são de entrada gratuita, num programa integralmente falado em língua portuguesa e que procura abordar um conjunto de temáticas pertinentes no panorama político e social actual com impacto nas pessoas e comunidades queer.