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O criador da Queer Palm que está a preparar um livro com João Pedro Rodrigues

Franck Finance-Madureira é um dos membros do júri para o prémio de Melhor Documentário do Queer Lisboa 15 e criador da Queer Palm, galardão atribuído no Festival de Cannes ao filme que melhor expresse a cultura queer. O dezanove encontrou Franck Finance-Madureira, que também é jornalista do site Yagg.com, no bar Le Marais, em Lisboa, onde se promoveu uma festa para os convidados e jornalistas do festival.

 



 

dezanove: Madureira é um nome português, certo?


Franck Finance-Madureira: Sim, é um nome português. Fui casado com uma portuguesa e mantive o nome por causa do meu filho. Ele pediu-me.



 

Falemos então do teu trabalho. Porque decidiste criar a Queer Palm?

 

Adoro o trabalho que tem sido feito com os Teddy Awards em Berlim, já há 25 anos. E como Cannes foi o primeiro festival de cinema, e é o mais importante do mundo, seria interessante ter uma secção queer. A reacção foi muito boa. Informei a organização umas semanas antes da criação do Queer Palm, em 2010, e aceitaram muito bem. A reacção dos jornalistas e da imprensa também foi muito boa.



 

Ser premiado com uma Queer Palm ajuda à promoção dos filmes?


Sim. No ano passado, o primeiro ano do galardão, o premiado foi o “Kaboom”, de Gregg Araki que, sendo um realizador bem conhecido, acabou por ser até mais uma ajuda a nós próprios, para ficarmos conhecidos. Talvez no futuro possa vir a ser um factor de projecção dos filmes, mas o objectivo principal é ter o tema queer como parte do festival de Cannes. O filme premiado deste ano foi o sul-africano Beauty” ["Skoonheid" de Oliver Hermanus], vindo de um contexto menos conhecido. Pode ser que o prémio seja uma ajuda. Estive a jantar este ano em Cannes com o Vilan Speck, que criou o Teddy Award em Berlim, e ele disse-me que os distribuidores levaram cinco anos a colocar o logo desses prémios nos cartazes de promoção dos filmes, mas este ano já colocaram o nosso no cartaz de "Beauty", por isso acho que é um bom sinal.



 

E este projecto é lucrativo?


Não, não...! Estou a investir a título pessoal, com um pequeno orçamento. No segundo ano quisemos publicar um guia do Queer Palm, para divulgar o evento, e conseguimos vender algum espaço para publicidade, mas não é nada que gere muitas receitas.



 

Outro projecto que tens é um livro de entrevistas...

... com o João Pedro Rodrigues. Encontrámo-nos pela primeira vez para uma entrevista há um ano e temos continuado a trabalhar . Estive cá em Lisboa este ano em Junho na rodagem do próximo filme dele, sobre as noites de Santo António, e estive com ele três dias. Ele é muito reconhecido em França. A revista de cinema Cahiers du Cinema está sempre a falar dele, pois gostam muito do seu trabalho.



 

O que achas do cinema queer português?

Não conheço muito bem. Conheço bem o trabalho do João Pedro, especialmente desde que vi o "Fantasma", que me deixou bem surpreendido, e tenho seguido a carreira dele. Mas não estou muito familiarizado com outros projectos... o João Ferreira [director do Queer Lisboa] vai certamente ajudar-me a descobrir esse mundo!



 

É a primeira vez que vens ao Queer Lisboa. Com que impressão ficaste do festival?


É extremamente profissional, com uma programação realmente interessante com novas coisas para descobrir. O festival é mesmo muito interessante.

 

 


Staff do Queer Lisboa 15 com jornalistas e membros do júri no bar Le Marais, em Lisboa


Luís Veríssimo

 

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