Mulheres lituanas transexuais, bissexuais e lésbicas dirigem missivas aos ministros

Segundo a “Lithuania Gay League”, a representação do contingente feminino da população LGBT é pouco vísivel pelo que decidiu lançar um projecto intitulado “Empowering LBT Women” com o objectivo de promover o diálogo e dar mais visibilidade a esta população a nível nacional. Entre outras acções a iniciativa consiste em escrever postais aos ministros lituanos com o tema “Vamos falar”.
Neste momento o rumo dos direitos das pessoas LGBT é incerto na Lituânia. Ainda este ano os legisladores estavam a considerar um projecto-lei que alteraria o Código de Ofensas Administrativas de modo a punir quem “promova” a homossexualidade com uma coima que pode ir dos €580 aos €2900.
Dois anos após a entrada na União Europeia, em 2006 o país reformou a Lei da Protecção de Menores contra os “efeitos prejudiciais” da informação pública. De acordo com esta lei a “propaganda da homossexualidade e bissexualidade” tem um efeito prejudicial nos menores de idade e deveria ser banida de escolas e outros locais onde esta possa ser facilmente acedida pelos mais jovens.
A Lituânia proíbe o casamento e união civil entre pessoas do mesmo sexo, no entanto, gays e lésbicas podem servir livremente nas forças armadas.
No ano passado a Marcha do Orgulho Báltico, que reúne pessoas LGBT da Lituânia, Letónia e Estónia, foi inicialmente cancelada, mas depois de pressões nacionais e internacionais o Supremo Tribunal Administrativo da Lituânia anulou a decisão do tribunal de instância inferior de suspender a realização do Orgulho Gay Báltico.
Lúcia Vieira
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