Escuteiro discriminado por ser gay recebe apoio mediático (com vídeos)
Ryan Andresen pertenceu aos “Escuteiros da América” desde a sua infância, mas foi privado da possibilidade de receber a condecoração mais honrosa desta organização – o Símbolo da Águia - por causa da sua orientação sexual.
Quando soube disso o dentista Andy Zerbinopoulos de Jacksonville, no estado de Flórida, decidiu apoiar o adolescente e oferecer-lhe o seu próprio Símbolo da Águia que recebeu há mais de uma década: “Quando fui condecorado com esta medalha em 1996, isso significou muito para mim, porque personificava os objectivos atingidos. Vou convencer este rapaz de que existem pessoas que o apoiam.”
Ryan Andresen cumpriu todos os requisitos para receber a condecoração de Águia. No entanto, quando revelou aos seus colegas que era gay, foi-lhe negado receber a condecoração. Os “Escuteiros da América” estão seguir a política similar à “Don´t Ask, Don´t Tell” e, como foi comunicado recentemente, não estão a pensar em alterá-la.
“Isto foi o meu principal objectivo de vida. Estou totalmente devastado” – disse Ryan.
O médico dentista não foi a única pessoa que deu apoio moral a Ryan. Depois da história ser abordada nos média norte americanos, centenas de escuteiros começaram a devolver as suas condecorações à organização como forma de protesto por esta política. Matthew Kimball, um amigo de Ryan, criou no Facebook uma página para que, quem o desejar, possa expressar o apoio ao adolescente. Também uma petição online criada pela mãe de Ryan para que o filho receba a sua distinção, tal como os outros escuteiros, já ultrapassou as 400 mil assinaturas em menos de um mês.
Há uma semana e meia Ryan foi um dos convidados de Ellen DeGeneres. Durante o programa de televisão a apresentadora entregou-lhe um cheque no valor de 20 mil dólares para que Ryan possa gastar este dinheiro na faculdade.
Recentemente a empresa Intel, uma das principais patrocinadoras dos Escuteiros da América, recusou continuar o seu financiamento a esta organização. A Intel referiu que existe uma incompatibilidade entre esta homofobia e a sua política corporativa de não discriminação.