EUA: Empresas deixam de apoiar escuteiros após acusações de homofobia
Vários patrocinadores dos Boy Scouts dos Estados Unidos decidiram deixar de apoiar a instituição. Os escuteiros anunciaram este ano que iriam continuar a excluir as pessoas homossexuais. Além disso, têm surgido várias notícias de discriminação, como o caso de Ryan Andresen, que têm merecido atenção mediática. No Ohio, uma mãe denunciou que o seu filho tinha sido impedido de entrar nos escuteiros porque ela era lésbica.
A Fundação UPS, ligada ao gigante da distribuição, anunciou esta semana que deixará de contribuir com associações que discriminem em função do género, orientação sexual ou deficiência. Em 2011, a UPS doou 85 mil euros aos Scouts. "A medida não está directamente relacionada com esta organização juvenil, mas trata-se de uma nova política de não discriminação a aplicar a todos os potenciais beneficiários", declarou Kristen Petrella, responsável da UPS. A Intel, que era considerada o maior benemérito, anunciou em Setembro que iria deixar de contribuir. Só em 2010, a empresa doou 700 mil euros.
Entretanto, Zach Wahls (na foto) criou o grupo Scouts for Equality, tendo já conseguido 80 mil assinaturas de pessoas que pressionam os escuteiros para acabar com a discriminação em função da orientação sexual.
A reputação dos Scouts atravessa o seu pior momento. Em Outubro foi lançado o livro"Perversion Files", que publica documentos com o nome de supostos pedófilos que abusaram de escuteiros.