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Discrimina negros e gays mas pode ficar com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Depois das polémicas declarações do pastor brasileiro Silas Malafaia em Fevereiro, agora é a vez da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) estar sob ameaça. Minorias como as pessoas LGBT, afrodescendentes, minorias religiosas de espíritas e umbandistas sentem-se ameaçadas depois de se ter tornado público que um pastor da Igreja Ministério Tempo de Avivamento poderá ficar com a pasta dos Direitos Humanos.

Marco Feliciano, Pastor da Igreja Ministério Tempo de Avivamento, criada pelo próprio em 1996, foi indicado para assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Esta mudança foi articulada pelo partido a que Marco Feliciano também pertence, o PSC (Partido Social Cristão), e pelo PT (Partido dos Trabalhadores) partido do governo.

Jean Wyllys, o promotor da campanha pelo Casamento Igualitário no Brasil, activista LGBT e deputado pelo partido PSOL no estado do Rio de Janeiro, considera que esta comissão não pode ser entregue a alguém declaradamente racista e homofóbico como o pastor e deputado Marco Feliciano.

Actualmente o Brasil está a atravessar uma mudança relativamente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde que o Supremo Tribunal Federal autorizou a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a maioria dos estados brasileiros começou a receber pedidos de conversão da união civil em casamento. As autoridades de alguns estados resolveram igualar essas decisões ao permitir que casais do mesmo sexo tenham acesso ao casamento civil em qualquer cartório. Com este casamento a entrar em vigor no Estado de São Paulo na semana passada e no Estado de Piauí em Abril, passarão a seis o número de estados que já autorizam estes casamentos civis. Os outros são Alagoas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo, além do Distrito Federal.

A propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Marco Feliciano declarou: “Casamento civil é entre um homem e uma mulher. E ponto final. É o que diz nossa Constituição. Fora disso, nada existe. Defendo o plebiscito e vou ver em que pé está meu projecto, que estava parado na comissão.” Na sua conta do Twitter escreveu "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isto é facto."

No último domingo, a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) publicou uma nota de protesto contra a indicação do pastor evangélico. Está a decorrer um abaixo-assinado no site Avaaz contra a nomeação de Marco Feliciano que já reuniu mais de 65 mil assinaturas.

 

Sofia Marques, em Belo Horizonte (MG), Brasil

 

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