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A homossexualidade no reino animal é natural

Já todos ouvimos que a homossexualidade é contra-natura, não ouvimos? Pois bem, de facto, a sua ausência é que parece ser a excepção. O caso dos pinguins Z e Vielpunkt, dois pinguins-imperador de Humboldt, do Zoo de Bremerhaven, na Alemanha é dos mais conhecidos.

Estes animais eram em tudo semelhantes a tantos outros pinguins da sua espécie, no entanto, eram os dois machos e exibiam um comportamento de casal heterossexual. Depois dos tratadores os terem visto a incubar pedras como se fossem ovos, decidiram dar-lhes um ovo verdadeiro. Os dois machos alternaram na incubação do ovo, trataram do recém-nascido, alimentaram-no e protegeram-no. De facto, nesse Zoo, são já três os casais homossexuais que se ocupam e tratam de recém-nascidos. Há um outro caso num jardim zoológico em Nova Iorque.

De facto, a homossexualidade está presente sobretudo em espécies sociais. Primatas, golfinhos pinguins, moscas-da-fruta, ovelhas, girafas, cisnes negros, abutres, patos selvagens, bisontes, elefantes e muitas outras, chegando a um total de aproximadamente 450 espécies. A homossexualidade pode-se apresentar de três formas: corte, cópula e “parenting” (cuidar de crias da sua espécie). Muitos autores defendem que se trata de um fenómeno evolutivo com fins adaptativos. E para quê? As respostas a estas questões ainda estão por esclarecer, no entanto constata-se que a homossexualidade desempenha um papel importante na estabilização e promoção dos laços sociais, controlo do crescimento da população e até mesmo cooperação na sobrevivência das novas gerações através do “parenting”.

Apesar do seu papel adaptativo, a origem dos comportamentos ainda permanece por esclarecer, existindo três visões com explicações distintas: a teoria genética, onde se admite que existem genes que possam directamente influenciar a orientação sexual; a fisiológica, onde se admite que o ambiente hormonal durante a gestação é determinante na definição da orientação sexual do feto; e finalmente, a teoria do desenvolvimento, onde se admite que a homossexualidade tem origem na combinação de factores ambientais e sociais que influenciarão o desenvolvimento psicossexual e, portanto, a orientação sexual.

Um facto é certo, apesar das suas origens e funções biológicas estarem ainda por esclarecer, a homossexualidade apresenta-se como um fenómeno natural que se verifica num grande número de espécies.

 

César Monteiro

 

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