Agora sim, Marco Feliciano está fora
O deputado Marco Feliciano, desde Março presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados do Brasil, não vai ocupar esse cargo no próximo ano.
“Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”, disse o também pastor evangélico, admitindo que não voltaria a ser eleito para o lugar, após toda a polémica que gerou. Feliciano foi acusado de racismo e homofobia e foi o centro de várias manifestações com o mote “Fora Feliciano” e “Feliciano não me representa”, em várias cidades brasileiras e até em Lisboa.
Uma das primeiras medidas da Comissão consistiu no debate sobre a chamada "cura gay", que queria levantar a proibição de profissionais da área oferecerem “tratamento” para homossexualidade. Foi também aprovada uma proposta de referendo sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, para reverter decisão favorável do Supremo Tribunal Federal. A comissão também aprovou outro projecto que eliminou a homofobia da lista de actos passíveis de serem considerados crime de discriminação. Estas propostas passaram para outras comissões parlamentares, não tendo, por isso, força de lei. Mesmo assim, Marco Feliciano foi tema constante do activismo LGBT no Brasil ao longo do ano.