Problemas com higiene e drogas em três saunas de Madrid
Três ex-trabalhadores de três saunas gay da capital espanhola decidiram denunciar o que entendem ser uma “situação insustentável”. A queixa apresentada às autoridades espanholas menciona tráfico de droga (cocaína e haxixe), irregularidades laborais, falta de higiene e bichos nos estabelecimentos madrilenos.
“A água da piscina não é mudada há dois anos”, afirma em declarações ao El Mundo Omar Salvatierra, um dos empregados despedidos após quatro anos de trabalho. “Ali existe todo o tipo de fluidos humanos: urina, sémen,... porque os clientes têm relações sexuais no local”, acrescenta.
As três saunas alvo das denúncias são a sauna Príncipe (localizada perto da Gran Via e a primeira dedicada ao público bear), a sauna Paraíso (uma das mais antigas de Madrid) e a sauna Octopus (frequentada por um público mais jovem).
Fernando Álvarez, corrobora a versão sobre as condições da água das piscina “nunca vi mudarem a água”. Segundo o ex-trabalhador “às vezes havia produtos fora do prazo de validade, incluindo preservativos” e acrescenta que “num bom dia de negócio podiam chegar a passar mais de mil clientes” por estas saunas.
De acordo com o El Mundo, após a denúncia, a Câmara de Madrid efectuou novas inspecções que não detectaram anomalias na qualidade da água. No entanto, outro dos ex-empregados das saunas que pertencem todas ao mesmo grupo (Desarrollos Empresariales Mojácar, S.L), denuncia que não existia “livro de reclamações nem eram passados recibos aos clientes”.