7 dúvidas para 2017
Sete questões que vão marcar o ano que agora começa. Deixamos as dúvidas e avançamos possíveis respostas. Ao longo de 2017, cá estaremos para contar o que realmente aconteceu.
1. Ricardo Araújo Pereira vai apresentar os Prémios Arco-Íris?
A questão será, em breve, esclarecida já que os Prémios decorrem a 14 de Janeiro. Ricardo Araújo Pereira tem sido o habitual apresentador dos Prémios Arco-Íris, promovidos pela ILGA. No entanto, a polémica em torno do uso da palavra “mariconço” em situações de humor abalou a ligação entre a associação e o humorista. Até o ex-presidente da ILGA, Paulo Côrte-Real, deixou um recado nas redes sociais: “Espero que este ano nos Prémios, supondo que a tua adesão se mantenha, haja boas piadas do Ricardo Araújo Pereira não sobre o Arroja ou sobre o Trump, mas sobre o Ricardo Araújo Pereira.”
2. Marcelo Rebelo de Sousa irá a algum evento LGBTI?
A maioria dos leitores do dezanove achava em Abril que não. Mas ao longo do ano de 2016 o Presidente da República multiplicou-se em actos de apoio a causas sociais. Será que alguma associação LGBTI já endereçou um convite a Marcelo Rebelo de Sousa para participar num evento?
3. Vai haver mais portugueses no World Pride de Madrid do que no Arraial Pride de Lisboa?
A edição de 2016 do Arraial Pride voltou a ser criticada. A promoção do evento foi pobre, o cartaz musical não convenceu, as restantes associações LGBTI desligaram-se do Arraial e as principais casas nocturnas gay de Lisboa viraram costas ao evento. 2017 será decisivo para o virar de página de um evento que não consegue criar uma dinâmica de crescimento. Resultado: Madrid ainda se vai tornar na capital do Orgulho LGBTI de Portugal.
4. A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa e o Arraial Pride vão decorrer no mesmo dia?
Não. Mais facilmente o Papa Francisco vai ao Arraial Pride do que as associações chegam a acordo para juntar os dois eventos no mesmo dia – algo que quem vive fora de Lisboa muito agradeceria.
5. Leiria é o novo destino gayfriendly do país?
Leiria está a revelar-se uma surpresa, tendo uma vida nocturna LGBTI mais interessante que outras cidades de maior dimensão, como Coimbra ou Braga. Leiria já contava com a discoteca gayfriendly Why Not. Recentemente abriu o bar Royal Club, alargando assim a oferta. Lisboa, Porto e Algarve já se consolidaram no roteiro do turismo LGBTI, vamos lá ver se Leiria consegue, pelo menos, congregar público da região Centro e da Estremadura.
6. Algum desportista português irá assumir a sua orientação sexual?
É pouco provável. Basta olhar para a inexistência de qualquer iniciativa de visibilidade às pessoas LGBTI por parte da Federação Portuguesa de Futebol ou dos principais clubes. Em vários países, o combate à homofobia em contexto de desporto já entrou na agenda. Por cá, nem é assunto, seja no futebol, seja noutras modalidades.
7. A Ordem dos Psicólogos vai fazer algo mais do que emitir comunicados perante a prática clínica dos membros da Associação de Psicólogos Católicos?
Não.
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