Depois de Homecoming o realizador Mike Buonaiuto já conseguiu angariar fundos para um novo vídeo desta vez com objectivo de sensibilizar a sociedade para a importância do reconhecimento legal da adopção por parte de casais do mesmo sexo na Europa.
Já foram anunciadas as protagonistas da nova comédia da actriz e cantora Jennifer Lopez cuja história central é sobre duas personagens lésbicas. A escolha recaiu em Teri Polo, mais conhecida pelo seu papel na comédia de Ben Stiller "Uns Sogros do Pior", e Sherri Saum, que participou na série televisiva Gossip Girl.
Mike Buonaiuto, o realizador do vídeo “Homecoming” lançado no Reino Unido em Abril - e noticiado aqui no dezanove a propósito da campanha pelo casamento civil - está a angariar donativos para produzir um novo vídeo com objectivo de sensibilizar a sociedade para a importância do reconhecimento legal da adopção por parte de casais do mesmo sexo na Europa.
Esta sexta-feira estará em debate na Assembleia da República a adopção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo. Tanto Os Verdes como o Bloco de Esquerda apresentaram propostas. Ao dezanove.pt, a deputada Heloísa Apolónia considera que "a maioria parlamentar que constitui hoje o Parlamento não aprovará a proposta". No entanto, diz que é o momento para "promover a reflexão e a argumentação". "Ainda me recordo da primeira proposta do PEV para alteração do artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, para lá incluir a não discriminação em função da orientação sexual. Na altura foi motivo de menorização e até de alguma 'chacota': hoje está lá na Constituição", sublinha a deputada em entrevista.
O parecer contrário à adopção por casais do mesmo sexo emitido pela Ordem dos Advogados (OA) a pedido da Assembleia da República levou esta terça-feira a associação ILGA Portugal a emitir uma petição com intuito de defender os Direitos da Criança e da Constituição.
Pedro Alexandre Costa está a efectuar doutoramento em Psicologia no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e na Universidade da Beira Interior, que tem como ponto central as famílias homoparentais. O seu trabalho divide-se em duas grandes áreas. Por um lado, pretende caracterizar as famílias homoparentais recorrendo a um questionário que deve ser preenchido por membros destas famílias. Por famílias homoparentais Pedro Alexandre Costa esclarece serem as compostas por um ou dois pais gays (ou bissexuais) e uma ou duas mães lésbicas (ou bissexuais) com filhos, podendo o laço ser biológico, afectivo, legal, ou outro.
"Para quando os filhos?" É esta a pergunta que mais se ouve no dia de qualquer casamento. Depois do enamoramento, do namoro, do noivado e do casamento, ter filhos vem a seguir. A pergunta repete-se quando existe uma vida afectiva, familiar, profissional e financeira estável.
“Aceita esta mulher como sua mulher?” A resposta foi “sim, aceito” e a foto do casamento correu o mundo. Anne Marie Thus e Helène Faasen casaram-se ao som das doze badaladas do dia 1 de Abril de 2001. Job Cohen, o presidente da Câmara de Amesterdão, oficializou a relação numa cerimónia onde entre os presentes estavam até ministros. A festa teve direito a transmissão na televisão nacional holandesa. Foi há dez anos e marcou uma etapa na conquista da igualdade de direitos das pessoas LGBT.
O dezanove encontrou Anne Marie Thus à margem da conferência Famílias Arco Íris, no início do mês, e conversou com esta mãe de família que agora reside em Maastricht com a mulher Hélene e os filhos Nathan e Myrthle.
Na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, em Junho passado, Paulo Côrte-Real, presidente da associação ILGA Portugal já tinha adiantado ao dezanove que a agenda LGBT teria de continuar a ser influenciada “sobretudo na questão da parentalidade”.
A agenda LGBT está bem definida. As prioridades são a a co-adopção, a perfilhação e a procriação medicamente assistida. São estas que “têm agora de ser trabalhadas junto dos partidos políticos. Há que fazer um trabalho de convencimento com o PSD, porque é importante avançar nestas áreas” afirmou ao dezanove Miguel Vale de Almeida à margem da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, que decorreu este Sábado. Para o antropólogo e ex-deputado é preciso “pôr os temas na agenda dos media e fazer parcerias”, porque se “pode fazer o mesmo trabalho com este novo governo”. Vale de Almeida acrescenta que “não é nada expectável que o governo de direita faça algum retrocesso no que diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à lei de identidade de género, até porque o PSD já disse estar confortável com estes avanços. É raro em democracia haver este tipo de retrocessos de direitos e também não houve nenhum anúncio disso durante a campanha eleitoral”, lembrou.
Que direitos devem ter os casais de pessoas do mesmo sexo em relação aos de pessoas de sexo diferente? 59,1 por cento dos portugueses acredita que devem ter os mesmos direitos enquanto apenas 25,5 por cento sustenta que devem ter menos. Estes são os resultados de uma sondagem divulgada no Público que pretendia caracterizar as crenças e os comportamentos dos portugueses. A defesa da igualdade entre casais é maior na faixa etária entre os 15 e os 34 anos (77,9 por cento) e menor entre os maiores de 55 anos (45,5 por cento). Mesmo entre os mais velhos, apenas 29,9 advogam que os casais de pessoas do mesmo sexo deveriam ter menos direitos.
O cantor canadiano Rufus Wainwright foi pai de uma menina. Lorca Cohen, filha de Leonard Cohen, é a mãe. O anúncio foi feito pelo próprio cantor, que há vários anos assumiu publicamente a sua homossexualidade.
O cantor Elton John e o marido, o cineasta David Furnish, anunciaram que se tornaram pais de um bebé nascido com recurso a uma barriga de aluguer. O bebé do sexo masculino nasceu no dia de Natal com cerca de 3,5 quilogramas e chama-se Zachary Jackson Levon Furnish-John. Os pais não irão revelar a identidade da mulher que concebeu a criança e não farão comentários sobre os detalhes sobre como foi feita a inseminação.
O que fariam os candidatos presidenciais perante leis que reconheçam a homoparentalidade, a exclusão do acesso de todas as mulheres às técnicas de procriação medicamente assistida, o fim da discriminação na adopção ou a proibição da discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género no acesso a bens e serviços? Vetavam? Promulgavam? Enviariam para o Tribunal Constitucional? Estas são algumas das questões que a ILGA pretende ver esclarecidas pelos candidatos à Presidência da República.