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Inquérito: Jornais deviam estar atentos aos comentários homofóbicos

A esmagadora maioria dos leitores do dezanove (77,55%) defende que os jornais online deviam eliminar da caixa de comentários as referências homofóbicas. A questão voltou a estar na ordem do dia aquando das notícias sobre o assassinato de Carlos Castro, em que se deparou, com
bastante frequência, com comentários anónimos agressivos e homofóbicos.

Anúncio lésbico da Renault recusado por canais italianos (vídeo)

Uma cena de sedução lésbica num quarto foi o suficiente para que a RAI e a Mediaset, grupo de comunicação propriedade do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, recusassem passar um filme publicitário a promover o Renault Twingo.

EUA: Juiz incita à violação correctiva de lésbicas nas forças armadas

Joe Rehyansky, um veterano da guerra do Vietname e juiz no estado norte-americano do Tennessee escreveu num artigo do jornal conservador “The Daily Caller” que as  lésbicas deveriam ser aceites nas forças armadas para que os soldados heterossexuais as “convertessem”.

O juiz declarou que os homens são naturalmente mais promíscuos que as mulheres e que desde tempos imemoriais o trabalho do homem era “saltar de árvore em árvore e procurar nas cavernas o maior número de mulheres possível para subjugar e engravidar – não é um trabalho fácil, mas alguém tem de o fazer”.

Rehyansky também afirmou que a promiscuidade dos homens gay, aliada ao VIH teria “consequências devastadoras a nível da saúde pública” se estes servirem nas forças armadas pois “os homossexuais propagam doenças a um ritmo alarmante e devem ser excluídos da vida militar.” E continua: “Não deveriam os bravos guerreiros heterossexuais ser poupados à indignidade de ter de partilhar os chuveiros com homens quem têm prazer lascivo ao ver os seus corpos bem torneados, e que estarão tentados a procurar mais do que apenas olhar?” Para Rehyansky, a política de aceitar apenas lésbicas nas forças armadas “removeria a população 'broke back' [homossexual] deste círculo, dando a oportunidade aos soldados heterossexuais de converterem as lésbicas e de as trazerem para a norma”. Estas declarações estão a causar alarme em grupos LGBT por incitar à violação correctiva e por dar a entender que os homens são violadores por natureza.

 

Lúcia Vieira

A homossexualidade opõe-se à vontade de Deus, diz o Papa

As declarações inéditas de Bento XVI sobre a aceitação do uso de preservativo em casos “isolados justificados” marcaram o fim-de-semana em toda a imprensa mundial.

No entanto, a publicação do livro-entrevista esta terça-feira veio revelar que o Sumo Pontífice afinal recupera o discurso de que a homossexualidade é contranatura.

O jornal Le Monde resume a posição do Papa n’“A Luz do Mundo”, no qual este encara a homossexualidade como “injusta“, “algo que se opõe à vontade de Deus, e inconciliável com a vocação de padre”.  "Na qualidade de seres humanos, [os homossexuais] merecem o respeito (...) e não devem ser rejeitados por esse motivo. O respeito pelo ser humano é absolutamente fundamental e decisivo", afirma Bento XVI. "Mas isso não significa que a homossexualidade seja justa por essa razão. Continua a ser algo que se opõe à própria essência daquilo que Deus quis na origem", apressa-se a explicitar.  O chefe máximo da Igreja Católica reconhece ainda que, no seio da Igreja existem sacerdotes homossexuais, pedindo-lhes que não o manifestem abertamente. Segundo um estudo espanhol, mais de 60% dos sacerdotes não cumprem celibato e mantêm relações sexuais, independentemente da sua orientação sexual.

As palavras de Bento XVI já suscitaram a condenação de associações de defesa dos direitos das pessoas LGBT em Espanha e Itália, entre outros países.

dezanove distinguido nos Prémios Média

O site de notícias e cultura LGBT em português www.dezanove.pt é um dos galardoados dos Prémios Média 2010, atribuídos pela associação de jovens LGBT rede ex aequo.

Em comunicado, a rede ex aequo aponta as razões da distinção do projecto jornalístico iniciado no início de 2010: "A criação e desenvolvimento de um portal jornalístico que cobre, de forma  inédita, os principais acontecimentos e o dia-a-dia da temática LGBT em Portugal e no estrangeiro" e "a actualização constante dos conteúdos, a qualidade das peças noticiosas e a diversidade das questões abordadas, num projecto a custo zero para os leitores".
A cerimónia de entrega dos galardões realiza-se a 30 de Outubro, pelas 15 horas, no Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa.
A sexta edição dos Prémios Média também vai distinguir Ana Leal, pela reportagem "Por Vergonha de Amar" (TVI), Andrea Cunha Freitas, jornalista do Público pela reportagem "À Espera do Corpo Verdadeiro", os oito argumentistas da sétima série de "Morangos com Açúcar", da TVI, onde se abordada a temática homossexual, a finalista do programa Ídolos Diana Piedade pelo apoio no Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia; os sete argumentistas da série "Lua Vermelha" (SIC), bem como São José Almeida, autora do livro "Homossexuais no Estado Novo" e da reportagem “O Estado Novo dizia que não havia homossexuais, mas perseguia-os” (Público).

A rede ex aequo promove o evento para "homenagear as figuras da comunicação social, artes e espectáculo em Portugal que, através do seu trabalho, dão visibilidade a algumas das muitas dificuldades sentidas pelos jovens LGBT".

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Famosos contra o bullying homofóbico (vídeo) (actualizada)

Depois das mortes de quatro jovens gays por bullying homofóbico que chocaram a América no último mês, várias figuras públicas têm mostrado o seu repúdio através dos media.

Após o suicídio de Tyler Clementi, o jovem e promissor músico que se suicidou após terem sido divulgadas na internet imagens de um encontro sexual com outro rapaz, Ellen DeGeneres deixou um testemunho que intitulou de "uma mensagem muito importante". No programa The Ellen DeGeneres Showa apresentadora mostra a sua preocupação sobre estes e outros casos de bullying. "Estes jovens precisam de nós. Temos de parar isto. Eu sei o que estão a passar", disse a apresentadora visivelmente emocionada.

 

 

Ontem foi a vez ser conhecido mais um vídeo da campanha We Give a Damn, que numa tradução livre significa algo como "Nós importámo-nos". Este é um projecto do True Colors Fund, fundado pela advogada e mais conhecida como cantora, Cyndi Lauper.

O projecto We Give a Damn tem como objectivo servir de base de motivação e fazer com que todos, em especial os heterossexuais, se envolvam na causa pela igualdade das pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgéneras.

"Quando sei que ocorre crime motivado pela orientação sexual, fico chocado e triste", foram as palavras de Elton John no início do vídeo divulgado esta terça-feira. "Ocorre um acto de violência e intimidação por hora nos EUA. É tempo de fazer alguma coisa", refere Ricky Martin, que recentemente assumiu a sua homossexualidade.

Outra iniciativa partiu de um jornalista norte-americano que criou um canal no YouTube para encorajar jovens gays e fazer com que estes não tenham atitudes auto-destrutivas. O canal chama-se It Gets Better (As coisas vão melhorar) e já vai em mais de meio milhão de visualizações.  Além da mensagem do próprio autor do canal, Dan Savage, também várias pessoas anónimas e figuras públicas estão a dar o seu testemunho na rede social.

 

 

Segundo vários estudos os jovens homossexuais têm uma taxa de suicídio três a quatro vezes superior aos outros jovens em geral.

 

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Actualizada a 10.10.2010

Goucha surpreendido em directo (vídeo)

 

Durante a crónica cor-de-rosa do programa de ontem do Você na TV, co-apresentado por Manuel Luís Goucha, falava-se na alegada oferta de um relógio de diamantes de Cristiano Ronaldo à namorada Irina Shayk e se isso implicaria dormir com alguém a troco de um bem material. A troca bem humorada de comentários entre os cronistas Lili Caneças e Flávio Furtado levou o apresentador a abordar o assunto com a pivot do Jornal da Uma da TVI, Ana Guedes, que se preparava para anunciar os destaques do bloco noticioso. A jornalista reagiu com humor mencionando em directo o namorado de Goucha. O apresentador do programa das manhãs da TVI ficou por instantes sem palavras.

 

 

Recorde-se que no final do ano passado Manuel Luís Goucha foi alvo de uma rábula no programa "5 para a Meia-Noite", da RTP 2. Na emissão de 28 de Dezembro, conduzida por Filomena Cautela, um dos convidados em estúdio, João Manzarra, foi desafiado a escolher “a apresentadora do ano” entre um conjunto de nomes: Filomena Cautela, Cláudia Vieira, Carolina Patrocínio e o apresentador da TVI. Goucha não gostou e disse que iria processar a estação e o programa. Ao 24 Horas, o apresentador de televisão declarou que “não sou apresentadora, sou homem, mais homem que muitos homens que maltratam as mulheres. Uma coisa são as rábulas com actores, outra coisa são estas graçolas labregas e gratuitas”.

Um mês antes Manuel Luís Goucha tinha aparecido pela primeira vez a público com o companheiro com quem mantém uma relação fazendo capa da revista Lux, "com o Rui [Oliveira] tenho uma relação de grande amizade e cumplicidade" referiu.

 

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Marcha Porto: MICA-me para a cultura e irreverência

 

"O MICA-me é um movimento de intervenção cultural e artística criado em 2008", descreveu ao dezanove João Ribeiro, um dos jovens responsáveis da associação portuense que participou no Marcha do Orgulho LGBT do Porto. "A marcha é simbolicamente um dos dias mais visíveis da comunidade LGBT e, por isso, faz todo o sentido intervir hoje", diz.

O MICA-me, uma das 15 entidades que organizou a 5ª edição da Marcha do Porto, que leva a cabo actualmente vários projectos. A revista electrónica (*)asterisco vai já na segunda edição e é feita a várias mãos pelos voluntários da associação. Com um grafismo cuidado, a publicação online tem uma vertente artística que abrange temas que vão desde a música, fotografia, cinema, tecnologia, literatura, desporto ou saúde, muitas vezes explorados a partir de um enfoque LGBT. João Ribeiro adianta que outro dos projectos da associação é divulgar a poesia. "Promovemos encontros onde falamos de temática LGBT, mas não só", completa.

No Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, o MICA-me organizou no Porto uma flash mob que designou de kiss in "para mostrar a todos que os nossos afectos não são diferentes dos outros. Os nossos projectos são energéticos e não pretendemos ser exclusivos, queremos passar a mensagem para a sociedade portuense", conclui João Ribeiro.

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Marcha Porto: Os principais destaques na imprensa (vídeo)

SAPO Notícias - Marcha Orgulho LGBT: O dia do “arco-íris” no Porto (vídeo e fotos) A quinta Marcha do Orgulho LGBT decorreu neste sábado no Porto. 15 instituições e muitos cidadãos saíram as ruas para reivindicarem mais igualdade para homossexuais e transexuais e também para celebrarem o que já foi conseguido. A aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi motivo de celebração nesta Marcha de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) mas outros temas fizeram parte da reivindicação e protesto dos participantes. “A questão da parentalidade, da adopção, da identidade de género e do acesso médico mais fácil para a mudança de sexo” foram as principais bandeiras desta quinta Marcha LGBT na Invicta, explicou ao SAPO Marta Pereira da SOS Racismo. Sob o mote “Existimos, direitos exigimos” a Marcha começou na Praça da República mas foi na Rua de Santa Catarina que teve o seu momento alto com a leitura do manifesto. Não era possível calcular o número exacto de participantes mas Patrícia São João, da Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidade entre Mulheres e Homens, esperava que a Marcha reunisse mais pessoas do que no ano passado, quando estiveram “cerca de mil participantes”. Entre as bandeiras do arco-íris, símbolo das minorias sexuais e da diversidade, encontravam-se pessoas de todas as idades mas principalmente muitos jovens. A Marcha é também uma forma de combater “preconceitos” e “mostrar que os homossexuais, as lésbicas, os bissexuais e os transgéneros são pessoas como todas as outras”, disse Hélder Pereira, um dos participantes.

 

Diário de Notícias - Marcha celebra casamentos 'gay'

A 5.ª Marcha do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros) no Porto decorreu ontem na capital do Norte para celebrar as conquistas conseguidas, como o casamento homossexual, que desde há um mês é permitido em Portugal. Além disso, a LGBT quer marcar o "início de novas lutas". "Foi um ano de conquistas mas também de abertura para novas lutas e continuação de outras, entre elas a da adopção, co-parentalidade, inseminação artificial e direitos dos transexuais", realçou Nuno Moniz, da organização da 5ª Marcha do Orgulho LGBT. A marcha começou na praça da República e segue pela rua Gonçalo Cristóvão, desceu a rua de Santa Catarina, a 31 de Janeiro e acabou na Praça D. João I, em frente ao Rivoli, local onde foram feitas as intervenções pelas organizações que promoveram o evento e depois um pequeno momento de música e diversão para os participantes. Nuno Moniz recordou que a primeira marcha LGBT na cidade do Porto surgiu com o caso da Gisberta, um travesti que morreu na sequência de uma violenta agressão por rapazes.
 

Pela parentalidade, pela adoção, pela igualdade de género e, sobretudo, contra a discriminação. Foram estas algumas das motivações que levaram este sábado centenas de pessoas a participar na 5. Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, uma celebração pelas últimas conquistas.

Foi na Praça da República, no Porto, que as centenas de participantes na 5. Marcha do Orgulho LGBT se reuniram para iniciar aquilo que foi um misto de celebração pelas últimas conquistas - a aprovação na Assembleia da República do casamento entre pessoas do mesmo sexo - e de reivindicação por outros direitos. Homens, mulheres, transexuais, jovens, crianças e até animais. A participação nesta marcha foi diversificada, com a festa a ser colorida por balões, bandeiras e tarjas, ao som de diferentes músicas debitadas por um camião, também ele devidamente decorado. Segundo Marta Pereira, membro da organização, "neste momento a grande questão é a parentalidade e a adoção", acrescentando que outro tema muito importante "prende-se com a igualdade de género relativamente ao acesso médico, para que as pessoas possam de uma forma mais rápida e mais acessível" mudar de sexo. "Paralelamente com o que faz nos outros países do mundo, a marcha é uma forma de dar visibilidade à comunidade, de trazer as questões para a rua, também de agitar um bocadinho as águas e a fazer as pessoas confrontarem-se com estas questões que nos afetam a todos", sintetizou uma das organizadoras, de que a questão do casamento homossexual foi uma primeira vitória e de que "há muita coisa por que lutar ainda". Marta Pereira salientou ainda o "enquadramento muito abrangente" da organização deste ano da marcha, identificando o Grupo XY, da polícia, os sindicatos, os partidos políticos e as associações com trabalho na esfera dos direitos humanos. Presente nesta concentração esteve a AMPLOS -- Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual, que como foi criada há apenas nove meses - tendo já neste momento 40 pais associados - é a primeira vez que participou nesta marcha do Porto.  À Lusa, a presidente da AMPLOS, Margarida Faria - cuja filha é homossexual e por isso decidiu iniciar o movimento - considerou que é urgente resolver a questão da parentalidade, condenando a discriminação a que as pessoas LGBT são sujeitas. Pedro Varela, que pela segunda vez participa nesta marcha, explica que esta ação "pretende sensibilizar as pessoas para o preconceito que as pessoas LGBT tem vindo a sofrer" em Portugal. "Já foi aprovado na Assembleia da República o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas ainda existem várias reivindicações por resolver como a questão da adoção e da parentalidade para as pessoas que já têm filhos. Existe todo um conjunto de direitos para as pessoas transexuais que ainda estão por saldar", disse.

                   

 

A Bola - Porto: Centenas de pessoas na 5ª Marcha do Orgulho Gay

 

Algumas centenas de pessoas juntaram-se, este sábado, na Praça da República, no Porto na 5ª Marcha do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). O objectivo era celebrar a mais recente conquista do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e reivindicar outros direitos como a parentalidade, a adopção, a igualdade de género e a luta contra a discriminação.

 

Esquerda.net - Mais de 2 mil pessoas na 5ª Marcha do Orgulho LGBT

Jornal SOL - As conquistas passadas e as lutas futuras em marcha LGBT no Porto

Agência LUSA/ Diário Digital - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

Agência LUSA / Jornal i - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

Agência LUSA / MSN Notícias - Marcha LGBT no Porto para celebrar conquistas deste ano e iniciar novas lutas

Rádio Voz do Neiva - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

 

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O dia dos primeiros casamentos em Portugal

Teresa Pires e Helena Paixão casaram-se hoje em Lisboa, às 9h45, na mesma conservatória onde em Fevereiro de 2006 tentaram oficializar a sua união. Este é o primeiro casamento homossexual conhecido em Portugal, após a aprovação da nova lei. Recorde-se que a sua tentativa de casar, há quatro anos, deu início a um processo que depois decorreu nos tribunais sobre a discriminação de que os casais homossexuais eram alvo no acesso ao casamento. “À relação não traz nada de novo, mas no papel é muito diferente. Somos família e isso é o fundamental”, declararam aos jornalistas, sublinhando que se tratava da “concretização de um sonho”. Teresa e Helena vivem juntas há oito anos com as duas filhas de uniões anteriores heterossexuais. Às 15h, na 4ª Conservatória do Registo Civil do Porto, foi a vez de dois homens, longe dos holofotes mediáticos, darem o nó, avançou o Correio da Manhã.

 

Destaque internacional

A notícia do casamento de Teresa e Helena esteve, desde o fim da manhã, em destaque em vários países. A agência Associated Press difundiu a informação, sublinhando que o casal quer continuar a lutar pelos direitos da comunidade homossexual, incluindo a adopção. Na Venezuela, o Universal relembra que “Cavaco Silva, católico praticante, ratificou a lei a contragosto poucos dias depois da visita a Portugal do Papa Bento XVI”. “É uma vitória, um sonho tornado realidade”, pode ler-se no italiano La Repubblica, que reproduz as palavras de Teresa Pires.

 

Oitavo país do mundo

A ILGA Portugal relembrou hoje em comunicado que o “fim da exclusão dos casais de pessoas do mesmo sexo no acesso ao casamento é um importante marco na luta contra a discriminação, acabando com a legitimação do preconceito pela lei num campo tãorelevante como o da conjugalidade e garantindo finalmente o igual reconhecimento e dignidade de todas as relações”. No dia em que se realizou o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo em Portugal a associação declara: “Orgulhamo-nos assim por vermos Portugal como o sexto país da Europa e o oitavo do mundo a garantir a igualdade no acesso ao casamento, entrando num novo estádio da luta contra a discriminação das pessoas LGBT – uma luta que vai continuar a exigir a mobilização de todas as pessoas e instituições em Portugal e por todo o mundo”.

 

 

Fotos: dezanove

 

 

            

 

vídeo: www.rtp.pt

 

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Primeiras reacções ao sim de Cavaco

“17 de Maio, Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia, ganha assim uma dimensão particularmente feliz para todas as portuguesas e portugueses que se preocupam com a igualdade entre todas as pessoas”, ILGA Portugal (site)

 

“A Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém e está plenamente convencida de que a situação destas pessoas poderia ser resolvida de um modo diferente. Isto é, não equiparando ao estatuto da família”, Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Confederação Episcopal Portuguesa (Diário Digital)

 

"Em tempos históricos, o nosso país já foi pioneiro em matérias tão decisivas de Direitos Humanos como a abolição da pena de morte. Não faz mal, pelo contrário faz bem, que Portugal possa também ser pioneiro na defesa dos Direitos Humanos, em matéria de defesa da dignidade humana, do desenvolvimento da personalidade de cada um e no combate às discriminações, nomeadamente as que tinham fundamento na orientação sexual”, Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares (Lusa)

 

“A prova de que existe esse consenso alargado é que, mesmo no caso de haver um veto político, haveria uma maioria parlamentar suficiente para confirmar o diploma”, António Filipe, deputado do PCP (Lusa)

 

“Nós compreendemos a decisão do Presidente da República e subscrevemos totalmente os fundamentos dessa decisão, mas deixando o alerta para as sérias reservas que o Presidente colocou a esta lei”, Miguel Macedo, líder parlamentar do PSD (Lusa)

 

"Não podemos deixar de dizer que discordamos desta decisão do senhor Presidente da República", Filipe Lobo D'Ávila, deputado do CDS-PP (Lusa)

 

“Um passo muito importante para a igualdade de direitos”, Helena Pinto, deputada do Bloco de Esquerda (Lusa)

 

“Eu no lugar do Presidente da Republica não teria promulgado uma lei que é decadente, degeneradora e degenerante” Alberto João Jardim, Presidente do Governo Regional da Madeira (Público)

 

"É um facto feliz, até pelo simbolismo que o dia tem [Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia]. No entanto, é apenas uma meia vitória, pois a questão da adopção entre pessoas do mesmo sexo ainda não está resolvida. Mas admito que é “porta aberta” para o resolver." Sérgio Vitorino, Panteras Rosa (CRIASnotícias)

 

(actualizado às 17:31)

Ellen DeGeneres - personalidade do ano

A revista norte-americana Out divulgou hoje a lista com os nomes das 50 personalidades assumidamente gays que mais se destacaram em 2009. A apresentadora e comediante Ellen DeGeneres figura em primeiro lugar. Recorde-se que DeGeneres substituiu recentemente Paula Abdul no júri do programa American Idol. A actriz e apresentadora, que conta com 12 prémios Emmy, é uma acérrima defensora dos direitos das pessoas LGBT.

Destaque ainda para o estilista e realizador Tom Ford que subiu da 38ª para a 13ª posição, não escapando ao facto do filme "Um Homem Singular" tem sido alvo das melhores críticas no ano transacto.

A lista completa encontra-se aqui.

The Advocate agora é suplemento

 

Era a revista norte-americana dirigida ao público gay mais antiga e considerada uma referência pela abordagem que fazia aos temas relacionados com política, direitos e activismo. The Advocate passou a suplemento da Out, pondo assim fim a uma autonomia que remontava a 1967, dois anos antes dos distúrbios de Stonewall. Os dois títulos são detidos pela Here Media. Tal como aconteceu com a revista espanhola Zero, que encerrou, a crise económica é a principal causa dos problemas que as publicações LGBT estão a enfrentar em todo o mundo.