Djamila Ribeiro, académica e feminista negra brasileira, publicou recentemente no jornal Folha de S.Paulo um controverso texto sobre o uso das expressões: “pessoa que menstruam”; “pessoas que engravidam” e “pessoas que têm mamas”, criando um ambiente de alerta para o apagamento da palavra/categoria “mulher” em prol do uso de expressões inclusivas para pessoas Trans, Não-Binárias e/ou Intersexo.
No passado dia 20 de Novembro, dezenas de pessoas juntaram-se numa vigília nas Caldas da Rainha, assinalando o Dia Internacional da Memória Trans (TDOR).
Transfobia, etimologicamente o medo (fobia) de trans (além de), é muitas vezes definido e simplesmente reduzido como o pavor, ou ódio, e todos os comportamentos a isto associado perante a coexistência com pessoas trans e a transgeneridade e/ou a transexualidade. Aqui vamos ver afinal o que é ou não transfobia, uma perspectiva de como ela pode surgir e quem é o transfóbico.
Numa sociedade que é difícil ser uma pessoa trans, imagine-se ser gestante e trans e querer abortar
O patriarcado, a misoginia, e a cisheteronormatividade têm impactos nos vários níveis da sociedade portuguesa, sendo de destacar os seus efeitos nos serviços de saúde de mulheres, pessoas não-binárias e trans.
Portugal é um país que viveu durante muito tempo à sombra da ideia que é um país de "brandos costumes". Com isto, queria dizer-se que Portugal é um país tolerante. Mas isso é um mito que cresceu paralelamente ao significado real da expressão.
Hesitei bastante em escrever este texto, porque desejava, por tudo, conseguir ignorar toda a enxurrada de merda que me leva a escrevê-lo. Mas, compreendendo que é o nosso silêncio que querem, cá me têm por calar.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.” Art. 1º, DUDH
Celebra-se hoje, em Portugal e por todo o mundo, o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia (IDAHOTB). Um dia que relembra a remoção da Homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) enquanto tema relativo aos “Transtornos Mentais”.
Nos últimos anos temos assistido a um crescente debate público sobre a “teoria de género” e “ideologia de género”, dois conceitos que mostram inquietação no seu entendimento, tendo recentemente sido apropriados por um discurso político aliado à moral religiosa que se recusa a reconhecer os conceitos de género e sexo como construções políticas e culturais.
É um facto inquestionável que todos envelhecemos. Paradoxalmente, esta sociedade, cada vez mais envelhecida, discrimina os idosos. Considerando ainda o pouco respeito pela diversidade sexual e afectiva, as pessoas idosas LGBTI estão no epicentro de várias formas de discriminação.
Como é possível que, perante isto, perante uma pandemia silenciosa de suicídios, desencadeados por falta de empatia, por discriminação, por bullying, em função da orientação sexual, das características sexuais, da identidade e da expressão de género, ainda há quem tenha a falta de vergonha de falar em «ideologia de género» e em querer proibir a Disciplina de Educação para a Cidadania?
Brigitte Macron, a mulher do presidente francês Emmanuel Macron, vai iniciar um processo judicial contra rumores que circulam na Internet que difundem que ela é uma mulher transgénero e que lhe foi designado o género masculino à nascença sob o nome Jean-Michel Trogneux.
Este Sábado dia 20 de Novembro, a celebração da Semana de Visibilidade Trans encerrou, como sempre desde a sua criação, com um dia antitético ao espírito da semana, um dia em que nos juntamos para relembrar as pessoas que continuamos a perder para a transfobia. Um dia em que honramos a coragem que estas pessoas tiveram. Coragem para lutarem pela sua felicidade, num mundo cis que prioriza o seu próprio conforto aos direitos de pessoas trans, e deixar a sua marca em quem as amou. Antes, durante e no final do manifesto, anunciou-se a desconcertante notícia que desde o Dia da Memória Trans anterior, 375 pessoas trans, pelo mundo inteiro, já não se encontravam entre nós, vítimas de crimes de ódio.
A história queer está cheia de símbolos – muitas vezes, esses símbolos são pessoas, e quase sempre pessoas que perderam a vida cedo demais. No 20 de Novembro, Dia Internacional da Memória Trans, é normal evocarmos alguns desses símbolos.
Idealizado e produzido pela Muxima Bio, o programa televisivo “Jantar Indiscreto” estreia no próximo dia 16 de Setembro, às 23h, na RTP 2. O novo formato, com seis episódios, é apresentado pela activista e empresária de impacto social Myriam Taylor que, semanalmente, recebe quatro convidados para uma refeição sem tabus, antecedida de uma experiência social. Preparada para colocar preconceitos em pratos limpos.
Três dias depois é a vez de "SCROLL" com Diogo Faro e Bia Tavares (Djay Bee).
5.5 Uma série de cinco entrevistas que vamos publicar nos próximos tempos a cinco pessoas que, de uma forma ou de outra, contribuíram positivamente para que tenhamos Orgulho em sermos quem somos e que nos tenham inspirado e facultado os seus conhecimentos em prol de um país melhor.