Já aqui tínhamos falado do canal Põe na Roda a propósito dos g0ys e a forma humorística como abordam temas sérios (e menos sérios). E como alguns indicadores consideram que Portugal tem apenas 7% de probabilidade de passar à próxima fase, podemos aprender com os autores do Põe na Roda outros motivos para continuar a acompanhar o Mundial do Brasil.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, congratulou publicamente esta segunda-feira através da sua conta oficial no Twitter o jogador de futebol americano Michael Sam, que horas antes assumiu ser homossexual.
Depois de assumir no a sua orientação sexual aos 25 anos, o futebolista norte-americano Robbie Rogers viveu um ano "louco". Há cerca de uma semana, em entrevista ao jornal "The Guardian", o ex-internacional, que entretanto se retirou dos relvados, afirmou "A maioria das coisas que temia não aconteceram. Foi exactamente o contrário: recebi amor e apoio por parte de amigos, colegas e família".
Os futebolistas de Inglaterra e Escócia foram convidados a apoiar uma campanha que aborda a homofobia de forma original. A associação britânica de defesa dos direitos LGBT Stonewall enviou cinco mil pares de atacadores com as cores do arco-íris aos 92 clubes da Premier League e às 42 equipas profissionais escocesas.
À semelhança do que aconteceu na Rússia, o que começou por ser uma celebração acabou numa onda de discórdia. Tudo começou há pouco mais de uma semana no Brasil quando o futebolista Emerson Sheik colocou na sua página oficial do Instagram uma foto em que está a beijar outro homem.
O internacional americano Robbie Rogers, de 25 anos, assumiu esta sexta-feira com uma mensagem publicada na sua página da internet que é homossexual e que vai deixar o futebol profissional.
Foi considerado o jogador mais sexy de França em Janeiro num inquérito realizado pela revista de temática gay francesa TÊTU. Daí até ser capa da edição de Junho da revista foi um passo.
José Mourinho foi acusado de homofobia pela co-presidente da Federação de Desporto de Gays e Lésbicas (EGLSF), Louise Englefield, depois de este ter pronunciado o termo “mariconços”.
O jogador da Primeira Liga Inglesa Andy Carroll tem sido presença frequente nos jornais desportivos pelos poucos golos que tem marcado. No entanto, um aficionado dos jogos de vídeo teve a sorte de ver o jogador do Liverpool não apenas a marcar um golo, mas também a beijar o guarda-redes da equipa contrária Lukas Fabianski devido a um erro no jogo FIFA 12.
David Testo, futebolista de 30 anos, revelou ontem à Rádio Canadá que é gay. David, que até ao mês passado jogava profissionalmente na equipa Montreal Impact, disse à estação de rádio que a família, amigos, colegas e equipa técnica sabiam qual a sua orientação sexual, mas que ele tinha decidido não a assumir publicamente.
A ideia dificilmente será original, mas em equipa vencedora não se mexe, ou neste caso, em ideias que funcionam. Após o sucesso e atenção que algumas jogadoras de futebol receberam ao posar para a Playboy antes do Mundial de Futebol Feminino, algumas jogadoras amadoras alemãs também decidiram posar para um calendário.
Quantas personalidades do desporto abertamente gay consegues nomear? Martina Navratilova, Billie Jean King, Gareth Thomas... e poucos mais. Quanto ao futebol da Primeira Liga inglesa a lista é ainda mais curta: apenas Justin Fashanu, que se suicidou em 1990. Vários activistas pelos direitos gay argumentam que isto se deveu às pressões de que Justin era vitima por ser o único futebolista fora do armário.
O campeonato mundial de futebol feminino decorre de 26 de Junho a 17 de Julho, na Alemanha, e para a Federação de Futebol da Nigéria a sexualidade das jogadoras é mais importante do que as suas qualidades técnicas em campo. A treinadora da selecção feminina de futebol da Nigéria, Eucharia Uche, declarou ao New York Times que considera o "lesbianismo" "um grande problema" e como solução prática, ao que parece, optou por perseguir e expulsar as mulheres da sua selecção nacional sobre as quais recai a suspeita de serem lésbicas.
"A homofobia jamais poderá ganhar um jogo. Um jogador gay sim" é uma das várias mensagens que fazem parte de uma nova campanha francesa contra a homofobia no desporto. Jogadores e dirigentes de futebol, entre os quais o Presidente da Liga Francesa de Futebol Profissional, Frederic Thiriez, juntaram-se para levantar o cartão vermelho à homofobia. A campanha tem o apoio da Câmara Municipal de Paris.
Philipp Lahm, capitão da equipa nacional alemã e jogador do Bayern Munich, aconselhou os jogadores de futebol profissionais gay a não se assumirem, numa entrevista dada à revista alemã Bunte. O jogador, considerado como um dos melhores defesas do mundo, sustenta que "quem se assumir, terá a vida muito dificil, já que um jogador assumidamente gay estará exposto a comentários abusivos". No entanto, Lahm insiste que pessoalmente não teria qualquer problema em jogar com um colega homossexual.
Tal como Steven Davies a semana passada, há outro jovem desportista a sair do armário. Trata-se do sueco Anton Hysén de 20 anos. Anton é jogador de futebol e deu uma entrevista à revista Offside que será publicada na próxima semana. “Onde estão todos os outros [jogadores de futebol homossexuais]?” faz a capa da publicação.
A FIFA apanhou toda a gente de surpresa quando revelou ao mundo que o país anfitrião do Mundial de Futebol 2022 seria o Qatar, pais que é mais conhecido por ser um nome constante em listas de países que abusam os direitos humanos. O presidente do comité, Sheikh Mohammed bin Hamad Al-Thani (foto), saiu em defesa do seu país, dizendo que as pessoas tinham de deixar estas “ideias preconcebidas” em relação ao Qatar. E continuou: “Essa ideia que as mulheres são oprimidas é completamente errada.”
No entanto, em Maio deste ano a Amnistia Internacional publicou um relatório preocupante, no qual se lê que as mulheres no Qatar enfrentam discriminação e violência e que centenas de pessoas são arbitrariamente privadas da sua nacionalidade. Este relatório, que cobre o período de 2009, também declara que pelo menos 18 pessoas, na sua maioria estrangeiras, foram punidas por crimes relacionados com “relações sexuais ilícitas” ou consumo de álcool, com uma pena de flagelação, entre 40 e 100 chicoteadas. A Amnistia Internacional apelou ao Qatar para “suspender as restrições aos direitos de liberdade de opinião e expressão e promover a liberdade de imprensa”.
Outra questão que causa controvérsia, é o facto de a homossexualidade ser ilegal neste país. Ed Connel, o porta-voz da Gay Football Supporters Network declarou: “A FIFA está a tentar enviar uma mensagem de que a homofobia é inaceitável mas ao mesmo tempo apoia um país onde a homossexualidade é ilegal. Como é que as pessoas vão interpretar o compromisso da FIFA em combater a homofobia quando apoiam um pais desta forma? É uma mensagem muito contraditória.”
Para o Qatar e para o Médio Oriente esta é uma data memorável. Al-Thani declarou: “Iremos organizar este evento com paixão e assegurar que será um marco na história do Médio Oriente e da Fifa. Agradeço em nome dos milhões de pessoas no Médio Oriente por acreditarem em nós. Prometo que não iremos desapontar.” Desapontados, no entanto, estavam os Estados Unidos que eram os grandes favoritos para ganhar a organização deste evento, mas perderam na quarta ronda por 14 votos contra 8 a favor. O Mundial de 2018, onde Portugal concorria ao lado de Espanha, foi ganho pela Rússia.