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Nem na mata se encontram histórias assim

"Alegorizações: Quase nada na vida é apenas o que parece" de Jan Morris

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"Há muitos, muitos anos, eu e a minha Elizabeth perdemos uma filha, apenas com algumas  semanas de idade, que se chamava Virginia. Pouco tempo depois, a minha dor foi parcialmente  mitigada pela chegada de alguém que a substituiu, por assim dizer, na pessoa da sua irmã mais  nova, a Suki, alegre como um carrossel e um deleite para mim desde então. Não obstante, para mim foi sempre uma tristeza nunca ter sabido como seria a Virginia, e na velhice, sentindo  insinuar -se a mortalidade, decidi escrever à minha filha uma série de cartas de nobres intenções, à  semelhança das que Lorde Chesterfield dirigiu ao filho. No entanto, quanto mais pensava no  projecto, mais sentencioso me parecia, e mais eu duvidava das minhas competências para o escrever. " 

A mulher que há em mim, a biografia de Britney Spears elogia as pessoas LGBTI+

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Com a primeira edição publicada em Outubro e já esgotada em Portugal, a biografia de Britney Spears traz-nos não só a complicada histórica de uma das mais míticas cantoras da actualidade, mas também nos explica a sua relação com a comunidade LGBTI+ e o ícone que se tornou desde que era adolescente.

 

 

As Inseparáveis de Simone Beauvoir 

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"Dissemos trivialidades, como as pessoas crescidas, mas de súbito percebi, com espanto e alegria,  que o vazio do meu coração, o sabor insípido dos meus dias, tinham um único motivo: a ausência  de Andrée. Viver sem ela não era viver. A irmã de Villeneuve sentou-se na sua cátedra e eu repeti para mim mesma: «Sem Andrée, deixo de viver.» A minha alegria transformou-se em angústia:  mas então, questionei-me, o que seria de mim se ela morresse?" 

 

 

O Desassossego da Noite, Marieke Lucas Rijneveld

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"Ninguém conhece o meu coração. Está escondido debaixo do meu casaco, da minha pele, das minhas costelas. O meu coração foi importante durante nove meses dentro da barriga da minha mãe, mas assim que saí da barriga, toda a gente deixou de se preocupar se ele batia vezes suficientes por hora. Ninguém se preocupa quando pára ou quando começa a bater depressa, dizendo-me que deve haver algo de errado"

 

 

O Dever de Deslumbrar: Biografia de Natália Correia por Filipa Martins

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Natália é manusear um papiro antigo que ao toque abre novos veios e ramifica outros, desafiando o caminhante a uma viagem longa. Haverá cansaço, na exata razão do cansaço da vida. E haverá ficção, na exata razão da efabulação da vida.” - Filipa Martins sobre Natália Correia

 

O primeiro estudo científico português sobre homossexualidade

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A INDEX ebooks anunciou a publicação de uma reedição do primeiro estudo científico português sobre homossexualidade, A Inversão Sexual, de Adelino Pereira da Silva, publicado em 1895, ou seja, sete anos antes de Egas Moniz publicar o seu canónico A Vida Sexual, no qual dedica apenas um capítulo ao tema da homossexualidade.

 

 

Yerba Buena de Nina Lacour

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Nina Lacour é a autora galardoada com o Prémio Michael L. Printz e de sucesso nacional, com seis romances do género young adult, Yerba Buena é a sua estreia na ficção adulta. Segundo Los Angeles Times “Yerba Buena” está quase à altura de “Tipping the Velvet” e de “Fingersmith” da autora Sarah Waters.

Elisa e Marcela, em banda desenhada por Xulia Vicente 

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“Ano de 1884. Elisa está a preparar-se para ser professora na Escola Normal da Corunha, e aí  conhece Marcela. O que começa como uma grande amizade transforma-se numa paixão sem limites  que levará as duas jovens a desafiar todas as normas sociais. Não é a história de um “casamento  sem homem”, como a imprensa da época o descreveu, mas uma história de amor e liberdade para  além das fronteiras e das convenções.” - Xulia Vicente, Elisa e Marcela (La Cupula, 2023) 

Maria João Vaz publica "Memória de uma Epifania e Outras Histórias"

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"Memória de uma Epifania e Outras Histórias" é um relato intimista e familiar sobre a autodescoberta de Maria João Vaz que, após cinco décadas, finalmente abraça sua verdadeira identidade como mulher trans.  Da rejeição inicial ao apoio familiar, à progressiva aceitação da sua identidade enquanto mulher trans e passando por sucessivos coming outs até chegar à esfera pública, o livro é um comovente tratado de empatia e coragem.

Cadernos Italianos de Eduardo Pitta

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Poeta, escritor e ensaísta português, Eduardo Pitta, recentemente falecido, o autor de Persona, 2000, Cidade Proibida, 2007 e Devastação (2021), era também um viajante culto, apaixonado por História, Arquitectura, as artes no geral e a gastronomia em particular. Exemplo do seu refinado gosto e olhar atento à beleza das  pequenas coisas é este livro: Cadernos Italianos, um diário de memórias das suas viagens à histórica capital italiana, Roma, e à sempre romântica cidade dos canais, Veneza.  

Mau Género de Chloé Cruchaudet

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Mauvais Genre, a premiada obra de Chloé Cruchaudet, é a mais recente banda desenhada a ser traduzida e editada para o mercado livreiro português. Inspirando-se na obra La Garçonne et  l'Assassin (2011), dos historiadores Fabrice Virgili e Danièle Voldman, Chloé Cruchaudet recupera a  história controversa de Paul e Louise Gappe, um casal parisiense envolto num crime de guerra e de  homicídio no pós I Guerra Mundial.  

A ideia de nós – um romance inquietante

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A ideia de nós, da autoria de Diogo Simões, lançado por Edições Velha Lenda, em Junho de 2023, é um livro que apela aos sentidos dos «millenials», com observações referentes à música POP, ao mundo digital e ao percurso que se faz quando se descobre que a nossa orientação sexual não corresponde ao padrão da comunidade onde estamos inseridos.

 

Reedição anotada de O Barão de Lavos, o polémico primeiro romance homossexual de Portugal 

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O Barão de Lavos, romance da série “Patologia Social” produzida por Abel Botelho (1855-1917), é  considerada a primeira obra literária portuguesa a abordar o tema da homossexualidade. Numa  época em que Portugal era ainda um país monárquico, extremamente conservador, dominado pelo  clericlarismo, o tema da homossexualidade masculina e da pedofilia trazidos com O Barão de Lavos (1891) mostrariam criar o escândalo dentro dos meios mais privilegiados da época não tardando a fazer parte dos livros proibidos e apreendidos pela Igreja.  

Puta Feminista: Histórias de uma trabalhadora sexual de Georgina Orellano

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"Durante muito tempo, quando alguém aludia àquele que é o meu trabalho há quinze anos, fazia-o usando o eufemismo da profissão «mais antiga», mas, para mim, o que a humanidade tem de mais antigo é a condenação das mulheres, das lésbicas, das travestis, das trans e das prostitutas que bem condenadas temos sido - e continuamos a ser - nesta sociedade machista e patriarcal." Georgina Orellano, Puta Feminista (ed. Orfeu Negro, 2023)

A nova velha história da censura de livros LGBTQIA+

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Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.