Não é necessariamente sobre as modalidades desportivas que se irão desputar em Sochi a partir de hoje que este artigo se irá debruçar. A revista da imprensa nacional do dia 7 de Fevereiro em Portugal menciona de forma incontornável os Jogos Olímpicos de Sochi, mas é escassa a atenção dedicada à abordagem da lei que naquele país impede a considerada "propaganda gay" e que sido responsável por ataques de ódio sem precedentes à comunidade LGBT russa.
Arrisca-se a ser considerado o protesto pacífico mais policiado deste ano. Na proporção de dois polícias para um cidadão defensor dos Direitos Humanos, decorreu esta sexta-feira ao final da tarde, frente à embaixada russa em Lisboa, o protesto que pretendia chamar o desrespeito dos Direitos Humanos de que estão a ser alvo as pessoas LGBT na Rússia.
Começam hoje os Jogos Olímpicos de Inverno na cidade de Sochi, na Rússia. Mas os holofotes não vão apenas virar-se para os resultados olímpicos. Em Lisboa defensores dos Direitos Humanos irão concentrar-se frente à Embaixada da Rússia pedindo o respeito pelas pessoas homossexuais, lésbicas, bissexuais e transgéneras naquele país.
Ban Ki Moon, o secretário-geral das Nações Unidas, insurgiu-se esta quinta-feira contra a discriminação das lésbicas, homossexuais, bissexuais e transexuais na Rússia.
“Devemos levantar a voz contra os ataques a homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais ou intersexuais. Temos de nos opor à prisão, detenção e restrições discriminatórias que estas pessoas enfrentam”, declarou o responsável.
“O amor como um direito humano essencial para todos e entre todos” é o mote da campanha que a marca de cosméticos Lush está a levar a cabo desde o passado dia 27 de Fevereiro e que decorrerá até 14 de Fevereiro.
A comunidade LGBT na Rússia vive momentos angustiantes e atrozes desde que a lei da "propaganda gay" entrou em vigor no país. Contra a lei e a violência exercida sobre a população LGBT já se levantam várias vozes, de prémios Nobel, passando por cantores e actores e até primeiros-ministros.
O projecto português "Tudo Vai Melhorar" somou-se no apoio internacional que o movimento It Gets Better está a querer dar aos jovens LGBT russos vítimas de discriminação. Na semana passada foi lançada uma nova campanha de vídeo em resposta às leis discriminatórias e anti-LGBT da Rússia. Esta iniciativa conta com o apoio de todos os afiliados internacionais do projecto It Gets Better e consiste no envio de testemunhos de esperança e apoio em formato vídeo para os jovens LGBT na Rússia, estimados em cerca de 2,5 milhões.
A rainha do pop é a mais recente celebridade a juntar-se à campanha “Love Conquers Hate”, que pretende espalhar uma mensagem de esperança e amor para a comunidade LGBT russa.
Os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, já estão a fazer correr muita tinta e ainda não é pelas medalhas que os atletas vão conquistar. A menos de três meses de distância sucedem-se as iniciativas que apelam ao respeito dos direitos humanos das pessoas LGBT na Rússia, depois de terem sido aprovadas leis que restringem e punem a liberdade de expressão naquele país.
Em apenas três dias mais de 350 mil pessoas viram o novo vídeo da associação All Out que luta pela defesa dos Direitos das pessoas LGBT em todo o planeta. O novo vídeo da associação internacional está a chamar a fazer recair atenções para a perseguição homofóbica que está a ocorrer na Rússia enquanto se está em contagem decrescente para os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi. O vídeo é apenas uma parte da campanha que a All out tem estado a desenvolver nos últimos dois anos contra as leis homofóbicas e o desrespeito dos direitos humanos na Rússia.
Foi divulgado no Youtube um vídeo que mostra como a homossexualidade é vista pelos adeptos da lei que proíbe a propaganda homossexual na Rússia. Ao longo de mais de 4 minutos são veiculadas informações distorcidas, que carecem de veracidade científica e que incitam ao ódio junto da comunidade LGBT.
A cantora Cher diz ter recebido um telefonema de um amigo a propor-lhe a oportunidade de actuar e fazer parte dos embaixadores dos Jogos Olímpicos de Inverno na Rússia agendados para 2014. “Eu disse imediatamente que não!” foi a resposta da cantora.
Em declarações à revista canadiana Maclean’s, Cher diz não conseguir “perceber o porquê de todo esse ódio gay que está a acontecer por aí.” Contudo, a fonte deste convite, cuja identidade a cantora não quis revelar, terá desmistificado o ambiente que se vive na Rússia em relação às leis anti-gays, alegando que “o povo russo não tem a mesma opinião do que o Governo”.
Uma fotografia de Catarina Trigo Pereira partilhada esta segunda-feira na rede social Facebook não deixa nenhum sorriso indiferente. A foto foi tirada este Domingo em Munique durante a manifestação mundial de protesto pelo respeito dos Direitos Humanos na Rússia.
A iniciativa sobre a anulação dos direitos parentais por “contacto sexual com um indivíduo do mesmo sexo” (sic) foi proposta pelo deputado Alexey Zhuravlev do partido “Rússia Unida”. A existência deste "contacto", tal como é descrito, será averiguada e provada pelas autoridades policiais e por um comité de investigação. As crianças serão afastadas por decisão do tribunal e transferidas para instituições estatais. Na nota conceptual da proposta-lei está escrito que: “o contacto sexual por parte de um dos pais da criança com o indivíduo do mesmo sexo poderá causar um “grande dano” psíquico no menor da idade”.
Os Direitos Humanos estão a ser ameaçados diariamente na Rússia. Com o intuito de alertar para esta situação um conjunto de associações de defesa dos direitos das pessoas LGBT, entre as que se inclui a ILGA Europe e a Russian LGBT Network, decidiu lançar um vídeo que pede o cumprimento dos Direitos Humanos, que têm sido desrespeitados, sobretudo desde que a controversa lei da “propaganda homossexual” foi aprovada em Junho último.
Margarita Sharapova é uma das mais notáveis e talentosas escritoras russas, cujas obras estão estreitamente ligadas à vida da comunidade LGBT na Rússia. Pediu esta terça-feira, 27 de Agosto, o estatuto do refugiado político em Portugal. A escritora acusa o governo russo de perseguição e, por enquanto, recusa-se a relatar os pormenores “demasiado horríveis”.
Na passada sexta-feira militantes LGBT fizeram um protesto em frente ao consulado russo em São Paulo por causa das leis "anti-gays" aprovadas pelo governo de Vladimir Putin.
Mais de duas dezenas de pessoas estiveram presentes esta sexta-feira de manhã frente à Embaixada da Federação Russa em Lisboa. A presença teve como objectivo simbólico mostrar repúdio pelo desrespeito a que estão a ser sujeitas as pessoas LGBT na Rússia, depois de promulgada uma lei que impede a “propaganda homossexual” naquele país.
Já dizia Jean-Paul Sartre: “basta que um homem odeie outro para que o ódio ganhe a pouco e pouco a humanidade inteira". Um pouco por todo o mundo, o debate em torno do ódio e os protestos contra o ataque aos direitos da comunidade LGBT ganharam novos contornos nas últimas semanas. O tema parece ter voltado à ordem do dia quando o presidente russo Vladimir Putin aprovou a lei “anti-propaganda” que proíbe qualquer tipo de visibilidade homossexual.