A partir de hoje a Alemanha torna-se o primeiro país europeu a permitir que os pais de uma criança a registem com sexo indeterminado. As estatísticas indicam que uma em cada duas mil crianças nasce com órgãos genitais ambíguos. Os pais e mães alemães podem agora para além de optar pelo “feminino” ou “masculino” esperar até mais tarde, ou podem nunca declarar um dos géneros, ou escolher "indeterminado" na certidão de nascimento.
Uma fotografia de Catarina Trigo Pereira partilhada esta segunda-feira na rede social Facebook não deixa nenhum sorriso indiferente. A foto foi tirada este Domingo em Munique durante a manifestação mundial de protesto pelo respeito dos Direitos Humanos na Rússia.
Quando em 2001 Klaus Wowereit, o actual presidente da câmara de Berlim, assumiu a sua homossexualidade em plena campanha eleitoral com um simples "Eu sou gay e isso é bom" a Velspol já existia e tinha conseguido ser a instituição pioneira do coming out neste país.
Morreu no início do mês, a 3 de Agosto, Rudolf Brazda, o último sobrevivente conhecido dos chamados Triângulos Rosa, isto é, os deportados pelo regime de Hitler devido à orientação sexual.
Luís Pedro Castro, de 29 anos e nascido em Guimarães, é um fotógrafo português radicado em Barcelona, mas com planos de internacionalizar ainda mais o seu trabalho.
Nils é um jovem surfista alemão que decidiu atravessar a Europa numa carrinha que dá o colorido que falta aos cinzentos dias de trânsito. O dezanove encontrou-o em Lisboa. Nils esclarece que "a carrinha não tem a ver com o movimento LGBT". As cores são relativas ao grupo Peace Bus, inspirado no movimento italiano Pace, que surgiu aquando da guerra do Iraque e que consiste igualmente em dar visibilidade às bandeiras da paz. O Peace Bus adoptou a ideia e colocou-a sobre rodas, espalhando as cores da paz nos vários projectos que envolve os voluntários.
Philipp Lahm, capitão da equipa nacional alemã e jogador do Bayern Munich, aconselhou os jogadores de futebol profissionais gay a não se assumirem, numa entrevista dada à revista alemã Bunte. O jogador, considerado como um dos melhores defesas do mundo, sustenta que "quem se assumir, terá a vida muito dificil, já que um jogador assumidamente gay estará exposto a comentários abusivos". No entanto, Lahm insiste que pessoalmente não teria qualquer problema em jogar com um colega homossexual.
Mais um ano, mais um festival da Eurovisão. Este ano, o tema foi “Feel Your Heart Beat”, “ Sente o Coração a Bater” e teve lugar na cidade alemã de Düsseldorf. A cidade estava preparada para o festival e em grande. Por todo o lado viam-se cartazes ou sinais do festival da Eurovisão.
Horst Strub foi um skinhead neonazi, com ligações ao NPD, Partido Nacionalista alemão durante dois anos (de 2000 a 2002), e incitador à morte de homossexuais e negros. Horst Strub mudou de sexo e de atitude. Hoje é Monica Strub uma enfermeira alemã de 35 anos que trabalha em Estugarda e aceitou candidatar-se a um lugar nas listas do Die Linke, um movimento político de Esquerda, no estado federal de Baden-Württemberg. No entanto, Monica foi pressionada a assumir o seu passado quando as suas fotos de cabeça rapada em encontros nacionalistas foram reveladas.
O canal de televisão israelita IBA confirmou que a vencedora do Festival Eurovisão da Canção (ESC) em 1998, Sharon Cohen, mais conhecida pelo seu nome artístico Dana International, é uma das candidatas a representar este país no mais importante certame de música ligeira na Europa.
Diva foi nomeada como uma das catorze canções mais populares na história deste concurso e integrou o concerto do 50º aniversário que teve lugar em Copenhaga em 2006.
Actualização a 9 de Março: Ding, Dong foi a escolha de Israel para o Festival Eurovisão da Canção.
Apesar de Portugal ser um dos poucos países do mundo que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a forma como a comunidade gay masculina vive a sua orientação sexual ainda está longe da aceitação total. Segundo os resultados preliminares do estudo EMIS (The European MSM Internet Survey), a maioria dos homossexuais masculinos portugueses continua dentro do armário, uma situação bastante distante da que se verifica na generalidade dos países da Europa Ocidental e que só encontra paralelo com a Europa de Leste.
O número de portadores do VIH em Portugal aumentou dos 31 mil (2001) para os 42 mil (2009), de acordo com o relatório global da ONUSIDA - Epidemia da sida, divulgado ontem. Este número coloca Portugal como o terceiro país com maior taxa de prevalência da infecção em adultos na Europa Ocidental e Central. À frente de Portugal surgem apenas a Estónia e a Letónia. Também a taxa incidência, isto é, aquela que é relativa ao aparecimento de novos casos, colocou em 2009 Portugal na quinta posição, ficando, num total de 33 países do continente europeu, apenas atrás da França, Itália, Alemanha e Espanha.
O coordenador nacional da doença, Henrique Barros, considerou, em declarações à agência Lusa, que “a infecção em Portugal atingiu uma dimensão muito grande e muito preocupante”.
A organização do evento Mr. Gay Europe, que se propõe escolher o homossexual mais bonito da Europa, informou em comunicado que o evento previsto para o próximo Sábado, dia 23, foi cancelado. A eleição iria decorrer em Genebra, na Suíça.
Eric Butter, presidente do comité que organiza o evento e também o Mr. Gay World, informa que a gota que fez transbordar o copo foi a falta de apoio do Hotel Kempinski em Genebra, comunicada na sexta-feira passada. O hotel exigia o pagamento antecipado dos quartos reservados e a organização, por outro, aponta a falta de verbas para corresponder ao solicitado pelo estabelecimento.
A organização preferiu cancelar o evento, referindo a impossibilidade de avançar com uma acção legal contra a unidade hoteleira, através da justiça suíça, devido ao pouco tempo de manobra e, porque qualquer acção implicaria o dispêndio de uma importância que ultrapassaria o orçamento existente .
Após a vitória de Sergio Lara, pela Espanha em 2009, na edição de 2010 eram dezassete os candidatos provenientes do velho continente a concurso: Alemanha, Bielorrússia, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Itália, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça e Ucrânia. De Portugal não existia representante.
A organização fez saber que o valor entretanto pago pelos bilhetes (que oscilavam entre os 35 e os 55 euros) será reembolsado e que todos os candidatos a Mr. Gay Europe estão automaticamente seleccionados para o Mr. Gay World que se realizará nas Filipinas em Março de 2011. Em Manila, além do mais belo do planeta, será assim também apurado o Mr. Gay Europe.
“Queres fazer parte de uma coisa em GRANDE?” foi o slogan a que mais de 180 000 homens que têm sexo com homens (HSH) responderam. Trata-se do Projecto EMIS (European MSM Internet Survey) que esteve disponível online de Junho a Agosto deste ano e que foi aplicado em simultâneo em 31 países europeus. O estudo pretende retratar de forma abrangente os comportamentos sexuais, conhecimentos sobre o VIH, acesso aos cuidados de saúde e vivências pessoais associadas aos comportamentos homossexuais.
Em Portugal o estudo divulgado em sites, blogues, redes sociais, revistas, bares para HSH e associações obteve mais de 5400 respostas. Este número equivale, em proporção ao número de habitantes, ao país com a quarta maior participação a nível europeu, só ficando atrás da Alemanha, Suíça e Luxemburgo.
Por cada 10 000 habitantes obtiveram-se 5,1 respostas provenientes de todos os 18 distritos e das duas regiões autónomas. Foram ainda recebidas respostas de estrangeiros a viver em Portugal.
Os resultados e relatórios preliminares serão publicados a partir de Dezembro e fornecerão dados relevantes para a planificação e implementação de intervenções de prevenção e de serviços de saúde sexual para HSH.
Depois de meses e meses de pré-selecções e selecções nacionais (a Albânia foi o primeiro país a escolher a canção representante do país ainda no ano de 2009), de horas passadas a ouvir grego, russo, finlandês, e outras línguas espalhadas pela Europa, chegou a vez de partir para Oslo, e estar finalmente face-a-face com os 25 finalistas do Eurovision Song Contest 2010 (ESC). Oslo recebeu-nos com algum sol e com preços de fazer chorar as pedras da calçada. Mas quem corre por gosto não cansa, e nada como meses de trabalhos forçados para recuperar da bancarrota.
O aeroporto de Oslo estava preparado para nos receber com balões e muitos placards a dizer ‘Share The Moment’, o lema do ESC 2010. Não vou aqui fazer grandes referências à segunda semi-final, na 5ª feira, apenas o facto de a Suécia, um dos favoritos este ano entre os eurofãs (não eu), não ter passado à final. Música aborrecida, previsível, com um cheiro a Tracy Chapman, mas sem a força e inovação da cantora americana. Sábado, às 19 horas locais, lá estávamos nós na Telenor Arena a prepararmo-nos para a grande noite, the final! Bandeiras, caras pintadas, copos, sorrisos e milhões de fotografias. O ambiente era certamente de festa e de cumplicidade. Os eurofãs reconhecem-se a milhas e cantarolamos our way to 9 pm…. O show começa. Os grandes sucessos da noite na Arena foram a Noruega (surprise, surprise), a Sérvia, a Grécia que nos fez a todos cantar "OPA!", a Albânia, a Islândia, a França, a Alemanha, e a Dinamarca, que puseram os 16 mil espectadores a dançar. Estes sucessos não foram todos recompensados pelos votos dos telespectadores e júris europeus. Só a Sérvia conseguiu um top 10, ficando no 8º lugar. As grandes surpresas da noite foram a Noruega que ficou em 20º lugar e a Islândia em 19º. Infelizmente, depois de um excelente 4ºlugar na primeira semifinal, Portugal ficou-se pelo 18º na final, com uns magríssimos 43 pontos. A Filipa actuou lindamente, mas não foi o suficiente para levar o ESC finalmente para Lisboa. Uma menção para o último lugar, talvez não de todo merecido, do Reino Unido com That Sounds Good to Me, que apenas obteve 10 pontos. Mas para o ano há mais. Daqui a uns meses tudo recomeça. Fica-nos a grande alegria de Satellite, a canção vencedora, da Alemanha, nos abrir as portas de um ESC em Berlim, ou talvez Hamburgo, para o ano.
Ficam as recordações de muitas festas em Oslo no Euroclub, e de um Eurocafé e Eurovillage menos bem sucedidos. Fica a recordação dos flashmobs, gravados por várias cidades europeias, e em que muitos de nós participamos (eu suei bastante em Londres apesar do frio de rachar que se fazia sentir), e que permitiram um dos melhores interval acts do ESC. Fica a recordação também de muitos reencontros. De muitos encontros. Da voz rouca de tanto cantarmos e recantarmos Millim, OPA!, Je Ne Sais Quoi, My Heart is Yours, e mais OPA! e mais Je Ne Sais Quoi. De uma festa oficial de ‘fim de festa’ memorável. Muitos de nós sentem uma certa tristeza pós-ESC. Mas passará depressa. As teorias sobre votações e sobre quem foi injustiçado e merecia melhor pontuação will keep us going por umas semanas. A paixão pelo ESC manter-nos-á nos fóruns e sites a discutir o próximo ano e os anos precedentes. E também pelos vários grupos ESC no Facebook. Quem foi? Quem deveria ter sido? Como vai ser para o ano? E as pré-selecções e selecções nacionais para 2011 já estão no horizonte. Já estamos a pensar na Alemanha para o ano. Na final queremos ver Portugal. A ver se conseguimos trazer o ESC para Lisboa em 2012.
“Não devo contribuir para o arrastar deste debate”, referiu hoje Cavaco Silva na comunicação ao país, onde explicou, numa curta declaração, que optou por promulgar o diploma do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Presidente da República apresentou duras críticas ao diploma e aos partidos que o aprovaram. “É de lamentar que não tenha havido consenso” sobre o assunto, já que, nas suas palavras, seria possível “evitar clivagens” na sociedade. Cavaco Silva exemplificou com os casos da França, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido, onde existe um enquadramento semelhante ao matrimónio que protege os casais homossexuais, sem no entanto se chamar “casamento”. Dos 27 países da UE, apontou, apenas outros quatro escolheram o caminho português. Pelo “superior interesse nacional do país” que atravessa uma crise financeira, Cavaco optou por promulgar o diploma, dado que era expectável uma nova maioria na Assembleia da República. Perante uma segunda aprovação da Assembleia, Cavaco Silva era obrigado a promulgar o diploma.
Recorde-se que a comunicação de Cavaco Silva foi feita no Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia, uma data assinalada com uma marcha em Coimbra, que segundo a organização reuniu "mais de 300 pessoas" e uma conferência sobre homofobia e uma acção de Abraços Grátis em Lisboa. Ainda hoje às 22 horas, no Terreiro do Paço, em Lisboa, o Rumos Novos – Grupo Homossexual Católico, vai realizar uma manifestação pública. Foi nessa praça que decorreu na semana passada a missa aquando da passagem de Bento XVI por Lisboa. Em Fátima, o Papa agradeceu “asiniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimónio indissolúvel de um homem com uma mulher”.
Foto destaque: Cavaco Silva, hoje no Palácio de Belém, enquanto se dirigia ao país, fotografado pelo dezanove