Kordale e Kaleb são um casal com três filhas e uma conta no Instagram: KordaleKaleb. Como vários casais vão partilhando fotos do seu quotidiano: o jantar, pentear o cabelo das filhas, a ler histórias antes de elas adormecerem e a fazerem o que está na moda, as "selfies".
O tema que se debateu na última quinta e sexta-feira dentro das quatro paredes do Parlamento diz respeito a todas as quatro paredes em Portugal. Pedro Delgado Alves, deputado do PS, não podia estar mais certo.
Braga, a cidade natal do deputado Hugo Soares, já recebeu um protesto anti-referendo e pró-adopção. O protesto decorreu este Domingo entre a Avenida Central e o Largo da Senhora-a-Branca e reuniu cerca de duas dezenas de manifestantes que empunharam cartazes com mensagens como "A família não vai a referendo", "O amor dá-se não se referenda” e "Não se referendam os direitos das crianças".
“A minha intenção era votar contra esta iniciativa, mas houve outras orientações na bancada do CDS. Para que não haja quem considere deslealdade parlamentar, conformei o meu voto em relação a algo que não acredito e que considero uma iniciativa lamentável.” A declaração foi da deputada Teresa Caeiro (CDS), durante a votação do referendo da adopção e co-adopção, e foi repetida por outros deputados do PSD. Teresa Caeiro juntou-se ao grupo de 14 deputados do PSD que apresentaram declarações de voto. No caso do partido de Paulo Portas a orientação era a abstenção, enquanto no PSD foi imposto o voto favorável à proposta protagonizada por Hugo Soares.
Cinco deputados do PSD faltaram à votação sobre sobre o referendo da adopção e co-adopção de crianças por parte de casais de pessoas do mesmo sexo, incluindo a vice-presidente da bancada parlamentar Teresa Leal Coelho. Mesmo assim, isso não impediu o PSD de conseguir aprovar a proposta de referendo.
Um inquérito levado a cabo pelo site dezanove.pt revela que a esmagadora maioria dos participantes não concorda com o referendo proposto pelo PSD acerca da adopção e da co-adopção de crianças por parte de casais do mesmo sexo.
O debate desta quinta-feira no Parlamento deixou claro que apenas o PSD defende a realização de um referendo sobre adopção e co-adopção por parte de casais de pessoas do mesmo sexo. Esta ideia começou a ser apresentada por Hugo Soares, líder da JSD, mas transformou-se numa matéria onde é agora exigida disciplina de voto para os deputados da bancada do PSD.
Depois de discutida em comissão parlamentar, 16 de Janeiro é a data escolhida para discussão em plenário da proposta de realização de um referendo à co-adopção por casais do mesmo sexo em Portugal.
“Venho pedir-vos a decência de aprovarem a lei da co-adopção, não porque a considero excelente, excelente seria simplesmente todas as crianças deste país terem uma família feliz onde crescer em segurança, mas porque nenhuma família deveria ter de passar pela situação que a nossa está a passar.” É desta forma que Fabíola Cardoso se dirige numa carta aos deputados da Assembleia da República, onde relata a situação da sua família.
A iniciativa dos deputados do PSD para a realização de um referendo à co-adopção por casais do mesmo sexo será discutida na próxima quarta-feira, 11 de Dezembro, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
A Porto Editora anunciou as 10 palavras que estão em votação online como candidatas a Palavra do Ano. Co-adopção, grandolada, irrevogável, inconstitucional e swap são algumas das palavras que constam da lista. Nas edições anteriores, as palavras vencedoras foram "Entroikado" (2012), "Austeridade" (2011), "Vuvuzela" (2010) e "Esmiuçar" (2009). A palavra do ano será conhecida a 3 de Janeiro.
A proposta do líder da JSD, Hugo Soares, de realizar um referendo ao tema da adopção e co-adopção por parte de casais de pessoas do mesmo sexo, apenas apresentada na terça-feira, teve como efeito o adiamente do votação do projecto de lei do PS para a consagração da co-adopção por casais do mesmo sexo.
Hugo Soares, líder da Juventude Social-Democrata (JSD) e deputado na Assembleia da República, propôs um referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por um dos cônjuges de casais do mesmo sexo ou unidos de facto.
Os responsáveis por uma das convocatórias para a contra-vigília do 23 de Julho não deixavam de mostrar a sua satisfação pelos resultados. Terão estado do lado LGBT cerca de 150 pessoas, um número semelhante ao dos participantes da vigília promovida pela Comissão Nacional Pró Referendo Vida contra a lei da co-adopção, esta terça-feira à noite, em frente ao Parlamento.
A votação da lei da co-adopção, que devia ocorrer antes do encerramento da actual legislatura, foi adiada para Setembro. É que o PSD e CDS aprovaram esta terça-feira um requerimento apresentado pelos sociais-democratas em que pediam que a votação na especialidade e a votação em plenário passasse para o início da próxima legislatura. O partido de Passos Coelho argumenta que foi apresentada pelo PS uma alteração ao diploma ontem à tarde e que falta ainda realizar audições na comissão parlamentar.
A 24 de Julho deverá decorrer no Parlamento a votação final do diploma do PS sobre co-adopção por casais do mesmo sexo. O projecto da co-adopção, aprovado na generalidade com 99 votos a favor e 93 contra, seguiu depois para discussão na especialidade na Comissão de Assuntos Constitucionais. Houve ainda nove abstenções. "Aquando da votação na generalidade, tivemos a sensação que ia ser muito renhido, mas felizmente tivemos a primeira vitória", comentou ao dezanove Pedro Delgado Alves, um dos deputados subscritores da proposta de lei de co-adopção.
Foi marcada para 23 de Julho, a partir das 21h, a vigília “Pelo Direito a uma mãe e a um pai”, que exige o chumbo da Lei da co-adopção. O protesto, em frente à Assembleia da República, é promovido pela Comissão Nacional Pró Referendo-Vida. No dia seguinte a lei será votada no Parlamento.
Esta sexta-feira, pelas 14h30, a ILGA Portugal e a AMPLOS - Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género serão ouvidas pelo Grupo de Trabalho sobre Co-adopção da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Este Sábado, o Porto vai receber a Marcha do Orgulho LGBT, a partir das 15h30, com saída da Praça da República. Na semana seguinte é a vez de Braga acolher, pela primeira vez, uma Marcha pelos Direitos LGBT. Mas afinal, o que há para reivindicar? Como é que actual situação económica pode afectar os direitos conquistados? Sérgio Vitorino (Panteras Rosa) em discurso directo.