O espectáculo “Gisberta”, que conta a história da brasileira vítima de transfobia que morreu assassinada na cidade do Porto, em 2006, chega ao Porto, a 27 e 28 de Novembro, no Teatro Sá da Bandeira, e a Lisboa, de 4 a 6 de Dezembro, no Teatro Tivoli BBVA.
O projecto digital Queerquivo, dirigido por André Murraças, deu origem a um livro que foi apresentado este Domingo no Queer Lisboa. Com tiragem limitada, trata-se de uma edição bilingue que pode ser adquirido online no site e Facebook oficiais.
Tudo aponta para que tenha sido a maior Marcha do Orgulho LGBT de sempre na cidade do Porto. À 12ª edição da marcha que nasceu para não esquecer Gisberta Salce Júnior, barbaramente assassinada na cidade a 22 de Fevereiro de 2006, as bandeiras do arco-íris voltaram a sair às ruas da Invicta.
Recentemente, assisti a um documentário sobre um crime homofóbico que aconteceu nos anos 90: “Matt Shepard is a friend of mine”; um rapaz de 21 anos que foi espancado por dois rapazes ligeiramente mais velhos, de forma brutal, acabando por sucumbir às mazelas dias depois, e morrer.
Associação Plano i, Casa Qui e ILGA Portugal vão receber apoio financeiro da Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade para apoiar as vítimas de violência, de crimes de ódio, de bullying ou de discriminação. A verba é proveniente da percentagem de exploração de jogos sociais que destina às áreas da juventude e do desporto, da cultura e da igualdade de género.
“A Gis”, curta-metragem sobre o assassinato de Gisberta Salce Júnior, vai estrear esta sexta-feira no Rio de Janeiro no âmbito do festival Curta Cinema do Rio. Depois, irá passar, ainda este mês de Novembro pelo Panorama Coisa de Cinema, em Salvador, e pelo Festival Mix Brasil, em São Paulo.
É uma das marchas reivindicativas portuguesas com mais organizações presentes. Nem todas estas associações e colectivos dirigem o seu trabalho primordial junto de pessoas LGBTI, mas são unânimes na luta contra a discriminação e na defesa da igualdade. A marcha mais colorida da capital do país contou este ano com 21 organizações e ainda um colectivo recente que levou uma das maiores ovações da tarde: Colectivo de Mulheres Negras Lésbicas de Lisboa - Zanele Muholi (artigo em construção).
Nos dias que antecederam a realização do debate promovido pelo dezanove.pt, no Dia Nacional de Combate à Homofobia e Transfobia, vários leitores contribuíram com sugestões de perguntas para os deputados presentes na Casa Independente (Lisboa). Miguel Rodrigues (Oeiras) apresentou cinco perguntas muito directas a cada participante no debate. Aqui ficam os excertos das respostas.
A 17 de Maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde decidiu retirar a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. Em vários países o feito foi saudado e passou a ser assinalado o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia e Transfobia.
Depois do Teatro Rápido, em Lisboa, numa versão de 15 minutos, que foi galardoada em 2013 com o Prémio dezanove para Melhor Peça de Teatro do Ano e de ter percorrido o país posteriormente numa versão alargada, "Gisberta" chega ao Brasil. A estreia está prevista para 11 de Março no Teatro SESC Paulo Gracindo, às 20h30 (SESC Gama). Nos dias 12 e 13 de Março a peça passa para o Teatro SESC Garagem às 20h30, também na capital Brasília.
Na semana seguinte (18 a 20 de Março) a peça é apresentada no SESC PALLADIUM, em Belo Horizonte.
Activistas, associações e colectivos organizam uma série de eventos físicos e online para prestar homenagem por ocasião do décimo aniversário da morte de Gisberta Salce Júnior.
Eu tinha apenas 15 anos quando a Gisberta foi assassinada. Ligava pouco a jornais e noticiários, mas a cobertura deste caso foi tão grande, que era impossível ignorá-lo. Demorei tempo a digeri-lo (alguma vez o fiz?) mas o que senti foi, sobretudo, medo.
Conheci a Gisberta há 30 anos no Kilt, onde é actualmente o bar INVICTU’S. Depois disso a nossa convivência foi mais casual, às vezes muito seguida, outras vezes mais esporádica. Mas sempre tive a mesma opinião: a Gisberta era uma pessoa que sorria à vida.
O telefone tocou a meio da tarde. Era o Sérgio [Vitorino]. Estava muito frio, não queríamos sair da cama. A única coisa que entendi foi que teriam encontrado um “travesti” morto, com sinais de tortura no corpo, numa construção abandonada no centro do Porto.