Crónica de emergência para uma crise sanitária
Não era suposto a crónica desta semana ser acerca deste tema e, pelo título, já devem ter percebido que não podia enterrar a cabeça na areia e não escrever acerca do surto de varíola.
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Não era suposto a crónica desta semana ser acerca deste tema e, pelo título, já devem ter percebido que não podia enterrar a cabeça na areia e não escrever acerca do surto de varíola.
Celebra-se hoje, em Portugal e por todo o mundo, o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia (IDAHOTB). Um dia que relembra a remoção da Homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) enquanto tema relativo aos “Transtornos Mentais”.
É uma realidade incontornável. Sim, temos um país bonito, com tudo o que de melhor um país pode ter e que todos sabemos: montanhas, praias, planícies, património, história, cultura, gastronomia, fauna e flora, um povo hospitaleiro e simpático.
Alteraram a braçadeira de capitão, colocaram bandeiras nos estádios e, chegaram até, a criar uma onda de afecto quando um jogador se assumiu homossexual. Mas, apesar de todo o “activismo”, que agora percebemos falso, não se lembraram de mais nenhum país para celebrar a maior competição do desporto que amam. Tornou-se difícil a escolha e, por coincidência, ficou designado um país onde ser LGBTQIA+ não só é ilegal como é punível com pena de morte.
Nos últimos anos temos assistido a um crescente debate público sobre a “teoria de género” e “ideologia de género”, dois conceitos que mostram inquietação no seu entendimento, tendo recentemente sido apropriados por um discurso político aliado à moral religiosa que se recusa a reconhecer os conceitos de género e sexo como construções políticas e culturais.
“As injúrias acompanhavam os socos, e o meu silêncio, sempre. Paneleiro, bicha, rabeca, maricas, panasca, roto, larilas… ou o homossexual, o gay. Às vezes cruzávamo-nos nas escadas a abarrotar de estudantes, ou noutro sítio, no meio do pátio. Não me podiam bater à vista de todos, não eram assim tão estúpidos, poderiam ser expulsos.”
É um facto inquestionável que todos envelhecemos. Paradoxalmente, esta sociedade, cada vez mais envelhecida, discrimina os idosos. Considerando ainda o pouco respeito pela diversidade sexual e afectiva, as pessoas idosas LGBTI estão no epicentro de várias formas de discriminação.
O Campeonato Mundial de Futebol FIFA de 2022 será a vigésima segunda edição deste evento desportivo e ocorrerá no Qatar, um país que criminaliza a homossexualidade. Muito se tem falado sobre a (in)segurança de pessoas LGBT neste país e as declarações de várias pessoas sobre o tema têm sido contraditórias.
Um ano depois de ter aprovado oficialmente o fim da criminalização de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo através de seu novo Código Penal, activistas angolanos celebraram esta sexta-feira o seu primeiro Dia do Nacional do Orgulho LGBTI+ de forma oficial.
Homossexuais no futebol: É um dos maiores tabus da sociedade portuguesa. No país que "vive" para o futebol está a surgir uma equipa que joga contra o preconceito e onde, precisamente, a orientação sexual não é um factor tabu.
"Passos No Escuro" é o mais recente single do cantautor português Carluz Belo. Para Carluz este tema é a sua "Oração da Memória LGBTI, um Hino ao Amor e Contra a Homofobia". O músico do Minho diz que "ainda hoje, é preciso coragem sempre que dois rapazes dão a mão ou se beijam nas ruas da sua vila ou cidade".
Fazer parte de uma comunidade é olhar para além do umbigo e reconhecer que vivemos situações de privilégio diferentes.
Carluz Belo apresenta o vídeo oficial do tema "Passos No Escuro". Esta "Oração da Memória LGBTI+" é dedicada a todas as vítimas de homofobia, cujas histórias de amor não chegaram a ser vividas. Tal como os músicos avançam com "Passos No Escuro", sem saber onde o seu caminho os poderá levar, também a Comunidade LGBT avança corajosamente para fora do armário, mesmo sem saber se haverá a cada dia, uma aceitação plena da sua identidade por parte da sociedade.
Na passada quarta-feira, dia 27 de Outubro, foi chumbada uma importante proposta de lei que tinha como objectivo tornar os crimes de violência contra mulheres, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQIA+ em “crimes de ódio”.
O festival internacional de cinema queer deste ano no Porto contou com um documentário de Netty van Hoorn, cineasta e produtora holandesa, intitulado “The city was ours. Radical Feminism in the Seventies”.
Alba Aragón é uma jovem de 19 anos, que actua como guarda-redes do CAP Ciudad de Múrcia. Devido ao seu ciclo irregular, marcou uma consulta de ginecologia no hospital Hospital Reina Sofía no qual revelou a sua orientação sexual, sem esperar o resultado: consta no relatório que a sua doença actual é ser homossexual.
Segundo a revista MAGG Quintino Aires foi afastado como comentador do programa Extra da TVI.
O programa Extra que analisa o reality show Big Brother teve esta terça-feira como comentadores Quintino Aires e Helena Isabel. Numa das intervenções o psicólogo clínico teceu vários comentários sobre as pessoas homossexuais e as dádivas de sangue.
Num conjunto de entrevistas aos candidatos às autárquicas de 2021, o Jornal do Centro, entrevistou Pedro Calheiros, o candidato do Chega à presidência da Câmara de Viseu.