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Nem na mata se encontram histórias assim

A dura realidade das mulheres lésbicas e bissexuais e dos homens trans em Timor-Leste

 

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O primeiro estudo sobre as vidas de mulheres lésbicas e bissexuais e sobre homens transexuais em Timor-Leste foi realizado pela organização timorense Rede Feto (Rede Mulher) e pela organização ASEAN SOGIE Caucus, apresenta vários testemunhos de abuso psicológico e físico, incluindo violência doméstica, casamentos forçados e tentativas, por membros da família, de mudar a orientação sexual e identidade de género das pessoas.

 

Como relata a Lusa, o estudo concluu que a maioria da comunidade LGBTI em Timor-Leste sofreu violência e abuso psicológico e físico, incluindo casamentos forçados e violações para “corrigir” a identidade sexual. Mulheres e homens ouvidos para o estudo relataram ter sido alvo de actos de violência homofóbica extrema, muitas vezes às mãos de membros da sua própria família que além dos abusos físicos os humilhou junto de vizinhos e comunidade em geral. Aqui ficam alguns dos testemunhos recolhidos no estudo.

“Ataram-me às traseira de um carro e arrastaram-me pela estrada para que todos vissem”

 

"O meu irmão atou-me, arrastou-me, tentou enforcar-me com uma mangueira e manteve-me num tanque cheio de água durante horas. Várias vezes tentei matar-me"

 

“Fui violada pelo meu próprio tio que dizia que assim podia mudar a minha orientação sexual, forçando-me a relacionamento heterossexual. Eu fiquei grávida, mas consegui medicina tradicional e tive um aborto. Depois disso tive que fugir de casa e viver com amigos"

 

Ryan Silveiro, coordenador regional da ASEAN SOGIE Caucus, acredita que este relatório vai ajudar a reforçar o movimento LGBTI em Timor-Leste, que este ano organizou a sua primeira marcha do Orgulho LGBTI. "Embora existam esforços de advocacia em curso para promover os direitos das pessoas LGBTI, percebemos que as mulheres lésbicas, bissexuais e os homens transexuais são marginalizados. Este relatório coloca uma luz sobre seus problemas e procura ampliar os espaços políticos futuros para eles se envolverem", declarou, citado pela Lusa.

 



 

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