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A representatividade LGBTQIA+ nas eleições no Brasil

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No passado domingo, dia 2 de Outubro, decorreram as eleições no Brasil, cujo resultado mostrou Lula da Silva como o candidato mais votado, obrigando Jair Bolsonaro a ir à segunda volta, a qual terá lugar a 30 de Outubro. 

 

Existem vários destaques de pessoas LGBTQIA+ eleitas. 

Fábio Félix (PSOL) foi o parlamentar mais votado para a Câmara Legislativa do Distrito Federal, conseguindo assim ser reeleito. Fábio Félix assume-se como gay e defende várias políticas sociais, de direitos humanos e de serviço público. 

Pela primeira vez, a Câmara dos Deputados terá como deputadas federais duas mulheres trans: Erika Hilton (PSOL) e Duda Salabert (PDT). Ambas foram eleitas vereadoras das suas cidades (São Paulo e Minas Gerais, respectivamente) e ambas já foram alvo de ameaças. Aliás, Duda Salabert foi votar usando um colete à prova de balas. 

No Rio Grande do Sul foi eleita Daiana Santos assumidamente lésbica como deputada federal.

 

 

Erika Hilton tinha sido a primeira mulher trans eleita para a Câmara Municipal de São Paulo em 2020 e festejou a vitória actual com a seguinte mensagem na sua página de Instagram: “Já dá para dizer: travesti preta eleita! É Federal! Pela primeira vez na história!”.

Para além de Erika e Duda, outras três mulheres trans foram eleitas como deputadas estaduais: Linda Brasil (PSOL) em Sergipe, Dani Balbi (PCdoB) no Rio de Janeiro e Carolina Iara (PSOL) em São Paulo, esta última como co-deputada. 

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo conta com quatro pessoas LGBTQIA+ eleitas: a Leci Brandão (PCdoB), mulher assumidamente lésbica, e que foi reeleita, juntam-se pela primeira vez Ediane Maria (PSOL), Thainara Faria (PT) e Guilherme Cortez (PSOL), os três bissexuais. 

No dia 26 de Setembro, em São Paulo, num acto a favor do voto no candidato Lula da Silva (PT), estiveram presentes artistas LGBTQIA+, incluindo Daniela Mercury, Pabllo Vittar, Johnny Hoocker e a drag queen Salete Campari. Daniela Mercury pediu a Lula que lutasse contra a LGBTIfobia. O candidato ostentou a bandeira arco-íris. 

 

Paula Monteiro