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Activismo fora da política

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Há dias, a psicóloga e sexóloga Vânia Beliz escrevia na sua página de Facebook: "[Bruno Magina] é um jovem premiado e um activista no combate à discriminação pela orientação sexual e pela identidade de género".

Isto leva-me à questão: Sou um activista?

Provavelmente, sim, se assim quiserem entender; mas, por favor, retirem-me da política!

 

Poderei ser um activista "social", no sentido em que defendo e luto pela liberdade, pelo respeito, pela dignidade, pela boa-educação!

 

Mas estou completamente fora de partidos políticos e não sou amigo de deputados ou deputadas apenas por ser – contudo, se um dia for, fantástico!

 

Não é por acaso que os meus livros são essencialmente dirigidos ao público infanto-juvenil. Para crianças e jovens, que importa ser do PSD ou do BE, do CDS ou do PAN? Das poucas siglas que conhecem – e gostariam de não conhecer – será TPC.

 

Então, para mim, é irritante a ideia de que um gay tem de ser deste ou daquele partido. Se não o for, é visto como "estranho", "bizarro", "não-consensual", ainda para mais sendo um "activista": Que raio de activista és tu?!

 

A liberdade, aqui, ficou em casa.

 

Já em criança, escrevia com um dos meus primeiros brinquedos, a máquina de escrever: Gosto de respeitar as pessoas e sobretudo que me respeitem!

 

Sou, pois, defensor do respeito pela opinião do outro e da outra: Quando alguém pensa diferente de mim, sou o primeiro a tentar perceber essa opinião, fazendo perguntas, questionando, e aprendendo algo novo, mesmo que no final a minha opinião acabe prevalecendo (em mim). Mas isso também acontece quando alguém pensa igual a mim — o que gera muitas vezes mal-entendidos.

 

Respeito a religião, a origem étnica e a condição económico-financeira de todas as pessoas: Durante os sete anos em que vivi na Amadora, dei aulas num bairro apelidado de "problemático", frequentei um ginásio de onde muitos e muitas fogem considerando "chunga" e fui (e sou) amigo de desde homens muçulmanos a mulheres domésticas. Portanto, enquanto uns e umas defendem a teoria, eu vivo a prática.

 

Sou defensor da dignidade: Gosto de dar a minha opinião sem a impor e sobretudo sem medo de alguém me "cair em cima" ou de usar o que eu digo ou escrevo para fazer "campanha".

 

E já agora, sou defensor da boa-educação: É tão bom chegar a um local onde, supostamente, toda a gente nos e se conhece e, mesmo que não nos cumprimentem, ao menos recebemos um sorriso, um olhar, um aceno.

 

Posto isto: Política, para quê?

 

Bruno Magina, escritor

 

Texto editado a 16 de Março a pedido do autor. 

 

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