As primeiras decisões de Joe Biden em prol da comunidade LGBTI+
Em apenas cinco dias de mandato, o novo Presidente dos EUA tomou três decisões importantes em prol das pessoas LGBTI+ e que tinham sido revogadas no mandato de Donald Trump.
Logo no dia da tomada de posse, o novo presidente determinou o respeito pelas pessoas LGBTI+ no local de trabalho. Essa foi uma das ordens que emitiu de imediato junto das agências federais dos EUA.
De seguida anulou a proibição das pessoas trans servirem nas Forças Armadas. Recorde-se que o impedimento de pessoas trans integrarem as Forças Armadas foi proposto em 2017.
Num comunicado da NBC News, a Casa Branca disse que a ordem de Biden sobre pessoas trans "estabelece que todos os norte-americanos qualificados para servir nas Forças Armadas dos Estados Unidos o possam fazer". O documento "proíbe imediatamente separações involuntárias, dispensas e negações de alistamento ou continuação do serviço com base na identidade de género ou em circunstâncias relacionadas com a identidade de género". Calcula-se que sejam cerca de 9000 as pessoas trans que integram as Forças Armadas nos EUA.
Depois, o novo presidente voltou a autorizar que bandeiras arco-íris sejam hasteadas em repartições públicas, inclusive embaixadas, algo proibido desde que Donald Trump chegou ao poder cortandoassim com vários dos gestos iniciados por Barack Obama.
Estas determinações foram promessas feitas por Biden na campanha eleitoral e agora cumpridas.
Diversidade sem discriminação
Para além de Kamala Harris ser a primeira mulher negra e sul-asiática na vice-presidência dos EUA, ainda no âmbito dos novos tempos na Casa Branca fica também para a história a nomeação, pela primeira vez, de pessoas gay e trans para o executivo liderado pela nova dupla Biden/Harris.
Pete Buttigieg, um ex-militar, é o novo Secretário de Estado dos Transportes e o primeiro a ser abertamente gay. No seu primeiro discurso durante a tomada de posse, Pete Buttigieg falou publicamente do seu marido: “Gostaria de apresentar o meu marido Chasten Glezman, que está aqui comigo hoje. Estou muito orgulhoso de tê-lo aqui ao meu lado. Também gostaria de aproveitar esta oportunidade para lhe agradecer pelos muitos sacrifícios e pelo seu apoio que tornou possível este serviço público”, declarou.
"Ser gay não teve impacto em meus trabalhos no sector privado, no Exército ou no meu cargo actual de presidente da câmara” disse em 2015 num artigo de jornal quando exercia o cargo em South Bend, Indiana. Isto não faz de mim melhor ou pior ao lidar com um mapa de Excel, com um fuzileiro ou numa reunião ou quando contrato alguém". Jeff Marootian, Carlos Elizondo, ambos homens abertamente gays, também foram convidados para os cargos de Assistente Especial do Presidente sobre Clima e Ciência e Secretário Social da Casa Branca, respectivamente.
A médica pediatra e Secretária do Departamento de Saúde da Pensilvânia, Dra. Rachel Levine, torna-se a primeira mulher trans a exercer um cargo num governo dos EUA. A nova Secretária de Estado adjunta da Saúde é uma escolha histórica e, segundo Biden, “profundamente qualificada” para controlar a pandemia da covid-19 nesta nova administração Biden/Harris.