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Assédio sexual e discriminação em função da orientação sexual de jogadoras: Miguel Afonso e Samuel Costa suspensos pela FPF 

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No final do mês de Setembro, algumas jogadoras de futebol feminino denunciaram Miguel Afonso de assédio sexual, por actos que terão acontecido na altura em que as mesmas eram orientadas pelo então treinador, no Rio Ave, na época 2020/2021.

Estando Miguel Afonso, na presente época, a orientar a equipa de futebol feminino do Famalicão, acabou por ser afastado das funções, um dia após essas denúncias. No dia seguinte, também, Samuel Costa, director desportivo do mesmo clube, foi alvo de igual acção no seguimento do processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) após terem sido apresentadas denúncias por parte de atletas a propósito de factos ocorridos entre 2019 e 2021, quando estava no Vitória Guimarães. De facto, após as primeiras denúncias, mais atletas decidiram denunciar mais episódios e, também, mais pessoas, nomeadamente através da plataforma criada para o efeito pela FPF.

Decorrido cerca de um mês das denúncias referidas, na passada quinta-feira, o Conselho de Disciplina da FPF decretou a suspensão do treinador Miguel Afonso por 35 meses, além de uma multa de 5100 euros e a suspensão do team manager Samuel Costa durante 18 meses e uma multa de 3060 euros.

Segundo o Conselho de Disciplina, “o treinador principal ofendeu a dignidade das cinco ofendidas, todas com idades inferiores a 21 anos, discriminando-as por, sendo mulheres e tornando-se destinatárias das suas pretensões sexuais em função de um papel de género que lhes atribuía, não acederem aos seus avanços, todos sabendo que o facto de as ofendidas não cederem às suas investidas poderia prejudicá-las também no plano da sua prática desportiva, como efetivamente sucedeu.”

Relativamente a Samuel Costa, sabe-se que este proferia às jogadoras expressões como "cheira-me a merdas lesbos", "bicharada", "são mesmo gays", "fufalhada", "lesbiquices", "é tudo lésbicas". Segundo o Conselho de Disciplina, o director desportivo, “que também exercia autoridade relativamente às jogadoras, adoptou comportamentos ofensivos e discriminatórios em função da orientação sexual, causando-lhes por essa via prejuízos também no plano da prática desportiva.”

O processo julgado pelo Conselho de Disciplina da FPF será, também, alvo da atenção do Ministério Público, que já abriu um inquérito-crime.

 

Sara Lemos 

 

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