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Autarca de Lisboa aponta para discriminação no Santo António

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O presidente da junta de freguesia de Campolide, André Couto, aproveitou o espaço da opinião na revista Nova Gente para expor duas situações das celebrações de Santo António, em Lisboa, que promovem a discriminação: os casamentos e as marchas populares.

“O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado há uma década. Passados dez anos continuamos a ter resquícios do antigo regime legal nos casamentos de Santo António e nas marchas populares, que apenas permitem casais de noivos compostos por noivo e noiva e casais de padrinhos compostos por padrinho e madrinha, respectivamente. A leitura dos regulamentos e documentação anexa destas duas iniciativas mostra isso", aponta o autarca, que prossegue: "A um casal de pessoas do mesmo sexo unidas pelo amor, o sentimento não basta para se candidatarem aos casamentos de Santo António, porque não são admitidos a esta importante iniciativa solidária. Não vinga o argumento que a iniciativa aconteça em honra do conhecido santo casamenteiro, porque há muito se divide entre casamentos religiosos e civis, e muito bem, num progresso que também foi conquistado”, refere André Couto. Em 2011 António Costa, enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afastou qualquer possibilidade de se realizarem casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo no âmbito dos Casamentos de Santo António. 

Também as marchas populares que descem a Avenida da Liberdade “exigem a indicação de um padrinho e de uma madrinha como parte daquilo que envolve cada marcha lisboeta. Também aqui não pode existir um casal de padrinhos ou de madrinhas, impondo-se que o casal de figuras públicas que dão o seu nome e rosto a cada marcha seja composto por pessoas de sexo diferente”, pode ler-se no mesmo artigo de opinião. 

André Couto defende que “já é tempo de se corrigir, até porque a legalidade destes regulamentos, tal como estão, é questionável. Estas iniciativas, que conseguem ampla divulgação e impacto, são veículo fundamental para a evolução e para que se possa afirmar em Portugal, sem excepções, que todos e todas somos casais, seja de sexo igual, seja de sexo diferente”.

Recorde-se que a junta de freguesia de Campolide promoveu a pintura, com as cores do arco-íris, de duas passadeiras na freguesia