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Baldur's Gate 3 - o jogo mais inclusivo do mundo?

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Baldur's Gate 3, desenvolvido e lançado pela Larian Studios, em 2023, é um dos jogos mais aclamados de sempre - em parte devido à grande legião de fãs de Dungeons & Dragons (já que é baseado no mesmo sistema de role-playing e acontece no mesmo universo). Mas este não é o único factor relevante para tal.

 

Para além da incrível arte visual, a história de Baldur's Gate 3 é feita de escolhas - dando-nos liberdade para escolher o que quisermos, ao lado de quem quisermos - sabendo claro, que vai influenciar o rumo do nosso jogo e até mesmo o final - o que permite uma flexibilidade estonteante. Durante três actos, com múltiplas missões por realizar, Baldur's Gate 3 conta ainda com um fantástico elenco de atores vocais, que dão vida a personagens como Astarion, Shadowheart e Halsin.

Mas Baldur's Gate 3 é também um dos favoritos da comunidade LGBTQ+, e não só por todas as razões mencionadas anteriormente - basta uma pequena pesquisa na Internet para encontrarmos vários artigos que apontam o jogo como um dos mais inclusivos do mercado.

No mundo de Forgotten Realms, terra onde decorre a acção, temos a oportunidade de ser uma das personagens originais do jogo ou criar a nossa própria - e aqui, as características disponíveis são inúmeras. Tendo não só várias espécies e classes disponíveis, podem criar-se personagens não binárias, sendo também permitido modificar o aspeto físico, voz e órgãos genitais da personagem, para que os jogadores possam ter a experiência mais confortável possível. O dezanove.pt fez o teste: se escolhermos uma personagem não binária, todas as outras personagens irão referir-se à mesma através de pronomes neutros.

Para além da questão da identidade de género, é possível que os jogadores adicionem características físicas como rugas, tatuagens, piercings ou até mesmo marcas de vitiligo - trazendo assim também visibilidade para quem sofre desta condição.

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Em BG3, o romance não fica de parte - outro dos aspetos onde tudo é possível. Existem personagens com as mais variadas orientações sexuais e, com algumas delas, é também possível estabelecer relações poliamorosas. Em Janeiro deste ano, Baldur's Gate 3 venceu o prémio de “Outstanding Video Game” da GLAAD, uma ONG que luta pelos direitos e representação LGBTQ+ nos media.

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Mas toda a medalha tem um reverso e o jogo veio acompanhado por alguma controvérsia, não só pela diversidade, mas também pelas suas cenas explícitas - que podem ser ocultadas se os jogadores assim o quiserem - onde as personagens dão asas ao amor que desenvolvem durante esta aventura épica.

Surgiram também vários comentários transfóbicos e pedidos de remoção de várias ferramentas que “tornavam o jogo gay” - no entanto, o amor venceu e BG3 continua assim a ser um dos jogos mais amados pela comunidade gaming, sem retirar absolutamente nenhum detalhe e fazendo frente a discursos de ódio. 

Disponível para o computador e consola, nunca é demais relembrar que Baldur's Gate tem etiqueta +18 em vários países, incluindo Portugal.



Fotos: ©Larian Studios, Maria Raposo

 

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