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Casas de acolhimento no Rio de Janeiro e São Paulo abrigam a comunidade LGBT vítima de preconceito

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O Brasil não é o pior país do mundo para um LGBT viver, mas está longe de ser também o lugar mais tolerante. Muitas vezes o preconceito começa dentro de casa, vindo da própria família, e nessas horas se assumir é se deparar com a falta de apoio e intolerância das pessoas.

 

 

Muitos jovens gays evitam “sair do armário” porque muitas vezes isso significa ter que sair de casa diante das piores reações daqueles que deveriam dar amparo. Felizmente, existem pessoas empenhadas em ajudar o próximo, criando iniciativas que visam dar suporte aqueles que não tem pra onde ir, expulsos de casa pelo simples fato de gostar de alguém do mesmo sexo.

 

Em 2016, o paulista Iran Giusti chamou atenção ao publicar um post no Facebook oferecendo a própria casa para acolher pessoas LGBT que haviam sido expulsas de casa e também mulheres vítimas de relacionamentos abusivos.

 

Militante da causa LGBT, Iran antes usava o sofá de casa no Airbnb, até que chegou um momento que ele viu que poderia ceder o seu espaço para quem estivesse precisando, e dessa forma surgiu a ideia do post que logo viralizou, com mais de 6,3 mil reações positivas na rede social, além de ter sido compartilhado por quase 700 pessoas na época.

 

Não demorou muito para o militante receber diversas mensagens de jovens LGBT a procura de abrigo e dessa forma surgiu o projeto Casa 1. O local logo se transformou em um centro de cultura, além de casa de acolhimento, tendo uma programação caprichada em uma região central de São Paulo (polo econômico do país).

 

O Casa 1 foi crescendo aos poucos ao longo de 2 anos de existência, tendo conseguido realizar parcerias com 3 empresas, mesmo assim as dificuldades financeiras vieram este ano, com a carência inclusive de alimentos.

 

Atualmente com 20 moradores, a Casa 1 também atende pessoas de fora, oferecendo cursos de yoga, canto, costura, espanhol, inglês e outros para aproximadamente 300 alunos, isso sem contar as crianças atendidas diariamente pelo centro cultural. O local também conta com uma clínica social que atende em torno de 70 pessoas em processo psicoterápico.

 

Apesar do projeto ter crescido bastante, nem tudo são flores, para continuar existindo, é necessário o apoio de todos, pois as despesas mensais são altas, caso contrário, o centro de acolhimento de LGBTs expulsos de casa (que é também um centro cultural), corre o sério risco de fechar as portas.  

 

Pensando nisso, foi criado uma campanha de financiamento coletivo online para arrecadar fundos para a Casa 1, que contou com o apoio de artistas brasileiros como Pabllo Vittar e Gloria Groove, dentre outros. O sucesso da campanha, possibilitou que a Casa 1 continuasse de portas abertas até pelo menos 2020.

 

Se você quiser ajudar a Casa 1, saiba logo abaixo:

 

Para voluntariado acesse aqui;

Para doações saiba aqui;

Para atendimento psicoterápico acesse aqui;

Para plantão de escuta, acesse aqui;

Para inscrição nas aulas de maquiagem profissionalizante, acesse aqui.

 

Há alguns anos atrás foi criado um aplicativo tinha como objetivo ser uma rede de acolhimento para a comunidade LGBT. Infelizmente o app Mona Migs não durou muito tempo.

 

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A comunidade LGBT do Rio de Janeiro também possui um centro cultural e abrigo - Casa Nem

 

A Lapa é um dos bairro mais boêmios do Rio de Janeiro, berço de uma vida noturna agitada e underground. Não poderia haver local melhor para a Casa Nem existir. Mas qual seria a definição desse projeto que tem mudado a vida de muitas pessoas do meio LGBT?

 

A Casa Nem é um local de acolhimento para a comunidade LGBTIs em situação de vulnerabilidade social, com foco em transexuais, travestis e transgêneros. O espaço segue uma premissa muito semelhante ao Casa 1 em São Paulo, oferecendo acolhimento, apoio e novos amigos que estão na mesma situação, através de oficinas, debates, festas e shows.

 

O principal objetivo da Casa Nem é empoderar a comunidade LGBTI, resgatar a auto estima e transformar a vida de travestis, transexuais e transgêneros que descobriram cedo o preconceito e a exclusão, tendo como única saída na maioria das vezes - a prostituição.

 

Sendo um espaço auto sustentável, as festas promovidas são essenciais para manter o projeto, que recebe doações de todos os tipos. Além disso, assim como na Casa 1, a Casa Nem promove cursos e atividades para gerar autonomia e ao mesmo tempo cultura também, alguns deles são: preparatório para o ENEM, costura, fotografia, yoga, libras etc.

 

Administrada apenas para trans, é importante ressaltar que gays e lésbicas também são bem vindos no local, que funciona como casa de passagem, isto é, acolhe as pessoas temporariamente até que elas possam ter um novo recomeço, e dessa forma ceder espaço para outra pessoa que esteja na mesma situação.

 

Na Casa Nem, todas as pessoas podem ser o que elas quiserem, independente de sua orientação sexual, todos são respeitados e valorizados por ser quem realmente são.

 

Em Manaus, no norte do Brasil, desde 2016, o grupo Manifesta LGBT+ luta pelos direitos  da comunidade LGBT, com foco em ações em diferentes âmbitos. Além do suporte a população gay/trans, também possuem uma casa de acolhimento.

 

Trans no mercado de trabalho -  site reúne vagas de emprego para transexuais

Em 2013, 3 amigos tiveram a brilhante ideia de criar um site que oferecesse trabalho para transexuais, travestis e crossdressers, que enfrentam um verdadeiro desafio na hora de buscar emprego, diante do preconceito que existe no Brasil.

 

Em função disso, nasceu o Transempregos, para auxiliar pessoas trans a conseguir se inserir no mercado de trabalho no Brasil, como também divulgar vagas em diversas áreas para este público.

 

Dessa forma o Transempregos vem resistindo bravamente ao longos dos anos, contando com o maior banco de dados e currículos do país neste segmento. Alguns anos depois, surgiu um outro site com a mesma proposta, chamado Transerviço mas infelizmente o projeto fracassou pouco tempo depois.

 

No Brasil, 

André Araújo - Jornalista e Consultor de Turismo