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Cher e empoderamento de minorias em doutoramento da Universidade do Minho

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A artista Cher tem sido uma voz crucial no empoderamento das mulheres e das minorias na sociedade. Quem o diz é Orquídea Cadilhe, investigadora da Universidade do Minho (UM), que defendeu há dias uma tese doutoral sobre a cantora. As conclusões do seu estudo são apresentadas esta terça-feira, dia 17, às 15h, num seminário do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho (CEHUM), em Braga, com transmissão online.

“Cher foi das primeiras e mais significativas representantes da autonomia feminina num palco socio-político dominado por homens e acentuou a consciencialização dos problemas de certas minorias”, refere Orquídea Cadilhe, citada pela UM. “Ajuda a quebrar barreiras de identidades oficiais, celebra a diferença e, em última instância, dá voz ao marginal”, acrescenta. A investigadora diz que Cher tem reinventado continuamente a sua imagem nas seis décadas de carreira, com um repertório de representações étnicas, feministas e pós-modernas, de hibridismo e de auto-transformação.

Na tese “Cher, entre o mito da celebridade e o empoderamento das minorias. Transmutações da mulher indisciplinada”, Orquídea Cadilhe analisou como aquela referência da cultura popular contemporânea impacta mudanças sociais e desconstrói representações dominantes. “Cher coloca-se constantemente em espaços liminares, ajudando a intersetar a margem e o centro e a eliminar linhas de divisão entre grupos sociais”, frisa. Segundo a investigadora, o videoclip “Believe” mostra narrativas de identidades híbridas, visíveis no guarda-roupa, nos imitadores de Cher a seu lado no palco ou na associação da sua imagem e voz a um ciborgue.

Orquídea Cadilhe é licenciada em Línguas e Literatura Modernas pela Universidade do Porto e, pela UMinho, licenciada em Ensino de Inglês e Alemão, mestre em Língua, Literatura e Cultura Inglesa e doutorada em Modernidades Comparadas. É investigadora do grupo Género, Arte e Estudos Pós-Coloniais do CEHUM e professora do Departamento de Estudos Ingleses e Norte-Americanos do Instituto de Letras e Ciências Humanas. Estuda as relações da literatura com música, cinema e TV, ligando os estudos feministas, de género e queer e os estudos culturais e dos media.