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Nem na mata se encontram histórias assim

Clássicos da literatura com temática queer

literatura queer

Conhece seis clássicos da literatura com temática queer:

O retrato de Dorian Gray
Oscar Wilde

Publicado pela primeira vez em 1890 nesta obra o famoso artista Basil Hallard pinta o retrato de Dorian Gray, um jovem rico de extrema beleza. Aqui o culto da beleza e do supérfluo faz com que o jovem deseje que o quadro envelheça em seu lugar – o que começa efectivamente a suceder, em troca da sua alma. A sexualidade fluída de Dorian, a decadência moral e a dualidade da natureza humana retratadas fez com que o texto fosse recebido pela sociedade da época com escândalo e classificado como imoral. 

 

O quarto de Giovanni

James Baldwin

David encontra-se em Paris, afastado da sua noiva Hella que está a passar algum tempo em Espanha. É então que conhece o italiano Giovanni, por quem se sente imediatamente atraído. Os dois homens entregam-se a uma paixão avassaladora e a uma relação voraz. Mas Hella vai voltar e David vai ter de tomar uma decisão. Publicado pela primeira vez em 1956 por James Baldwin esta obra era de uma honestidade e frontalidade imensa, um romance pioneiro em que um autor relata de forma extremamente franca uma relação homossexual e as suas complexidades.

 

Orlando: uma biografia
Virginia Woolf

Orlando é um jovem abastado que leva uma vida a que muitos chamariam “perfeitamente normal”. Até que um dia, simplesmente, acorda e é uma mulher. Entendido até hoje como um dos grandes clássicos de temática queer, Virginia Woolf fala-nos nesta história sobre temas que até então não eram de todo mencionados, como a fluidez de género. 

 

Morte em Veneza
Thomas Mann

Dois grandes temas se desenvolvem neste livro: a cólera que assola a cidade de Veneza e a paixão que Gustav von Aschenbach, um escritor idoso, desenvolve por Tadzio, um jovem de grande beleza. A obra é um profunda meditação sobre beleza e desejo.

 

Maurice
E. M. Forster

Embora tenha sido escrito entre os anos de 1913 e 1914, Maurice de E. M. Forster só viu a luz do dia em 1971 após a morte do autor, devido ao conteúdo explicitamente homossexual. Nesta obra seguimos Maurice Hall, um homem gay. Uma obra que se destaca pela perspectiva positiva que passa da homossexualidade, algo raro para a época em que foi escrita.

 

O poço da solidão
Radclyffe Hall

Publicado em 1928 esta foi uma das primeiras obras a abordar abertamente a homossexualidade feminina. Aqui conhecemos Stephen Gordon, uma mulher lésbica que luta contra o isolamento e o preconceito de uma sociedade repressiva. 

 

Foto: https://depositphotos.com/pt

Anabela Risso