Como foi o Orgulho LGBTI em Varsóvia (com fotos e vídeo)
A Marcha pela Igualdade de Varsóvia, na Polónia, realizou-se este Sábado à tarde. A organização esperava um número recorde de 30 mil manifestantes para contestar a crescente hostilidade verificada contra as minorias sexuais que se tem vivido no país.
Vários diplomatas fizeram questão de marcar presença na marcha, depois de 36 embaixadores terem assinado uma carta conjunta a apoiar o evento, num dos países com menor protecção dos direitos LGBTI a nível europeu. Num ranking de 49 países, a Polónia ocupa o 36º lugar segundo dados da ILGA Europe. “A verdade é que não temos qualquer direito a proteger” disse Jej Perfekcyjnosc, da organização do evento, que entretanto decidiu mudar o nome de marcha pelos direitos gay para “Marcha pela Igualdade” numa tentativa de alargar o seu apelo a todas as minorias. “Esperamos uma grande multidão nas ruas para termos a certeza que as coisas não pioram” disse o mesmo activista antes do evento ao The Guardian.
Em Outubro do ano passado o Presidente da Polónia Andrezej Duda vetou leis que concederiam direitos às pessoas transgénero. A marcha foi suspensa por duas vezes (em 2004 e 2005), desde 2006 realiza-se sem interrupção. “Os grupos radicais sentem-se mais confiantes, embora não tenha havido ataques a associações em sete anos, nos últimos meses verificaram-se vários actos de vandalismo” disse ainda Perfekcyjnosc.
Jorge e André, dois leitores do dezanove.pt que visitavam a cidade, partilharam connosco o que viram: “Sentimo-nos bem, mas verificamos que havia muita polícia entre a população e a marcha. Aliás algo que nunca tinha visto: muita força policial. O que presenciamos foi tranquilo, não vimos nada de alarmante. Vimos muita gente a apoiar. Gente de todas as idades. Foi muito bom verificar que alguma população apoia os Direitos LGBTI.”
restantes fotos aqui.
Este Domingo é a vez de Kiev, na Ucrânia, receber a Marcha do Orgulho LGBTI. Os últimos dias ficaram marcados por elevada tensão em redor do evento. Jamala, a vencedora do Festival da Eurovisão 2016, apelou a que o Presidente da Câmara de Kiev se comprometa a garantir a segurança dos participantes da Marcha do Orgulho LGBT, depois de terem surgido ameaças de neo-Nazis que prometeram um "banho de sangue" caso os activistas LGBT saissem às ruas.
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