Como se cria uma música que faz furor na Eurovisão?
Representa o Azerbaijão pela segunda vez na Eurovisão e está a colocar a fasquia bem alta. Elnur Huseynov falou com o dezanove e explica os bastidores da sua música e da equipa que o acompanha.
dezanove: O que significa afinal “Hour of the Wolf”, “Hora do Lobo”?
Elnur Huseynov: É uma canção muito especial. Evoca-me sentimentos desde a primeira vez que a ouvi. Transmite-me todas as emoções que quero partilhar com os espectadores. É uma história sobre a procura constante por um futuro melhor, por uma vida sem luta, por amor. Precisamos de superar as nossas diferenças e encontrar o que temos em comum.
Tens planos para visitar Portugal?
Espero bem que sim! Nunca estive em Portugal, será bom visitar o país.
Este ano tens uma equipa internacional por detrás da tua canção. Como foram os ensaios dado que vivem em países diferentes?
Considero-me uma pessoa com muita sorte por poder trabalhar com esta incrível equipa. Tenho uma coreógrafa, a Ambra Succi, que é muito boa e tem muita experiência com a Eurovisão. Ela foi a coreógrafa da Loreen “Euphoria” em 2012. Tenho dois óptimos bailarinos, o Lukas McFarlane do Canadá, vencedor do So You Think You Can Dance do Reino Unido, e a bailarina e treinadora Krysten Cummings que já cantou em vários espectáculos da Broadway. Temos a irmã mais nova que escreveu a canção Tamara Nicillac e Nicklas LIf, que é um dos compositores da canção. Tentamos reunir-nos todos para ensaios prévios durante as últimas duas semanas antes do concurso.
Se fosses uma cor, que cor serias?
Não sei! Todos os dias são diferentes de alguma forma para mim. Depende das minhas emoções por isso não consigo escolher. É difícil responder. Gosto do preto e do branco mas gosto de misturar cores e paredões, coisas vintage. Gosto de experimentar com roupas.
Para que país cantarias se não fosse pelo Azerbaijão?
Canto sempre para o meu país mas se tivesse que escolher talvez para a Turquia. É o meu segundo país.
O que é que aprendeste da tua experiência da Eurovisão? E o que não voltarias a fazer na tua vida?
Acredito no “Nunca digas nunca”, por isso não sei o que nunca fazer. Talvez hoje seja uma coisa e amanhã outra. Quanto a experiências, é a minha segunda Eurovisão e voltei à experiência que mais valorizo, este ambiente de uma grande família.
Ricardo Duarte, em Viena