Diogo Infante na primeira pessoa no Alta Definição
No passado Sábado, dia 5 de Abril, o actor Diogo Infante foi entrevistado pelo jornalista Daniel Oliveira na SIC. O actor, que assumiu o seu casamento no ano passado, falou do seu percurso profissional, da ausência do pai na sua infância, do rumor sobre a sua relação com José Sócrates, do seu casamento, da adopção e da relação com o seu filho.
Diogo Infante, criado pela mãe, fala sobre os conceitos de maternidade e paternidade, que na sua opinião baseiam-se “numa intensa partilha e intenso amor”, sem sentir nenhuma espécie de “défice emocional” . “Uma criança precisa de amor e de estabilidade”, acrescenta o actor.
“A situação mais violenta que vivi foi o famoso boato do José Sócrates”, afirmou o actor que se viu envolvido num escândalo político. Na entrevista, Diogo afirma-se “revoltado”, apelidando a situação de uma tentativa de “desacreditar o primeiro-ministro com base num preconceito”. Foi nesta altura que sentiu mais olhares e reacções menos positivas quando andava pelas ruas.
“Ninguém me pode obrigar a falar de um assunto que eu não quero. O importante é estarmos bem connosco. Estarmos bem na nossa pele, saber quem somos. E não termos medo.” são os conselhos do actor numa das fases mais difíceis da sua vida.
Em relação ao seu casamento, Diogo refere que não acredita que ainda haja muito conservadorismo no povo português. O actor vai mais longe e afirma que “há uma maior disponibilidade das pessoas para poder ouvir ou para poder descobrir que afinal as outras diferenças não são tão diferentes assim”. “O medo, o receio, a ignorância nunca devem pautar os nossos juízos de valor”, acrescenta.
Em relação à adopção, Diogo Infante, fala sobre os preconceitos associados à limitação deste processo aos casais heterosexuais, afirmando que há uma “demagogia sobre aquilo que deve ser a educação e a paternidade(...) fico um bocadinho incomodado com este tipo de argumentação (...), não há falta de crianças para adoptar, o que há é falta de pessoas para adoptar”. O actor deixa, apesar de tudo, uma mensagem de esperança e confiança sobre o avanço dos direitos LGBT em Portugal.
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