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“É provável que saia o Ministro [da Defesa] em vez do CEM [Chefe de Estado-Maior] em causa”

É a frase do dia e pertence ao general Garcia Leandro, Tenente-General, que escreveu uma carta aberta e que foi publicada no Diário de Notícias. Mas não é o único militar a pedir a demissão de Azeredo Lopes, Ministro da Defesa. Também o militar de Abril, Vasco Lourenço, o faz num artigo de opinião publicado no jornal i. A polémica que envolve os militares e o Ministro da Defesa parece estar para durar.

 

dn.jpgA semana passada Azeredo Lopes pediu esclarecimentos ao Exército na sequência das declarações do antigo subdirector do Colégio Militar, o Tenente Coronel António Grilo, ao Observador. Em consequência deste caso o General Carlos Jerónimo, então Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME) apresentou a sua demissão ao Presidente da República que a aceitou de imediato.

 

Os militares acusam o ministro de "exigir a demissão" da direcção do Colégio Militar. Este diz que ainda aguarda esclarecimentos. O Diário de Notícias teve acesso a um documento interno do ministério que  descreve cronologicamente todo processo. As declarações do então subdirector do Colégio Militar ao Observador "podem passar uma ideia de resignação ou, até, conivência da direcção perante a eventual existência de práticas discriminatórias naquele Estabelecimento Militar de Ensino", diz o documento. Quando a demissão do CEME é apresentada o Exército enviou uma mensagem ao ministro, que entretanto foi tornada pública, e que fala de "honra" e "responsabilidade", mas sem nunca referir as polémicas declarações sobre eventuais discriminações aos alunos homossexuais do Colégio Militar.

capa_jornal_i_13_04_2016.jpg

Num artigo do jornal i, o antigo militar de Abril, Vasco Lourenço, também aperta o cerco ao Ministro "O desejável é que os generais que venham a ser convidados a seguir digam que não”. O antigo militar espera mesmo que Azeredo Lopes não encontre um substituto para o cargo de CEME e felicita a atitude tomada  general Carlos Jerónimo e critica a atitude do ministro, para além disso, manifesta preocupação.
No mesmo artigo o coronel Manuel Pereira Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas afirma que o CEME se demitiu por “ter sido repreendido na praça pública, por causa de uma situação que exigiria reserva. Não é assim que se fazem as coisas nas Forças Armadas”.

Entretanto Azeredo Lopes já terá começado a procurar um substituto para o cargo de CEME. Mas polémica promete não ficar por aqui. A descredibilização do Ministro da Defesa perante os militares é notória. Aguarda-se que o Primeiro-Ministro tome uma posição, ou apoie o seu ministro ou apoie os militares. As cenas dos próximos capítulos continuam dentro de dias.

Imagens: Primeira, logotipo do Colégio Militar. Segunda, manchete do Diário de Notícias de hoje, 13 de Abril. Terceira, parte da capa do jornal i de hoje, 13 de Abril.

Luís Veríssimo

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