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Ele conta tudo o que se passa no Príncipe Real (com vídeos)

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Acompanhar o Facebook de Rodrigo Lopes é capaz de ser a melhor forma de acompanhar o que se passa no bairro gay de Lisboa. Os vídeos protagonizados pelo enfermeiro e barman estão a tornar-se virais e dão a conhecer o quotidiano do Príncipe Real.

 

“Por norma é tudo de improviso. Uma das coisas importantes é a disponibilidade e a paciência que os meu amigos têm para participar, tornando-se actores e não apenas meros figurantes. Alguns vídeos são realizados na Praça das Flores, com uma população muito heterogénea, em grande parte idosa. Como a minha formação base é enfermagem, de-me algumas ferramentas. Tento criar laços de amizade com essas pessoas, um pouco para combater a solidão e para promover que elas tenham voz activa e possam também exorcizar alguns problemas que os atormentam, tornando as situações cómicas”, conta Rodrigo Lopes ao dezanove.

Os temas que aborda estão relacionados com política, turismo, celeumas, escândalos, fofocas e questões que atingem a comunidade LGBTI, como foi o caso do surto de hepatite A. “Vi-me obrigado a fazer um vídeo em que alertava as pessoas para a problemática e para a necessidade de irem até ao CheckpointLX, de forma a terem acesso à receita para a vacinação. Tento, dentro do possível, fazer piadas com alguma ambiguidade, sejam elas circunstanciais, ou muitas das vezes, trabalhadas e adaptadas, com alguma linguagem previamente pensada”, prossegue.

São também frequentes as referências a bares, restaurantes, lojas e saunas do Príncipe Real e do Bairro Alto. Também houve o caso do vídeo, após a queda de uma árvore na Madeira este Verão e que provocou 14 mortos, onde alertou para a situação das árvores no Príncipe Real. “Enviei o vídeo para a Junta de Freguesia, e qual foi o meu espanto quando, ao fim de dez minutos, já tinha resposta, dizendo que iriam enviar uma equipa para fazer o diagnóstico nas árvores e nas respectivas ramadas que quase entravam pelas janelas das casas. Um dia depois, estava a tomar café com as minhas amigas mais idosas e os funcionários da junta andavam a cortar as ramadas das árvores mais necessitadas”, conta. “Outra coisa que procuro é ter amigos de várias faixas etárias no mesmo vídeo, para promover a integração e a desmistificação de preconceitos. Ainda existe uma população mais idosa, aqui no bairro que, com o advento do Airbnb e o aumento da afluência de turistas, muitos deles gay, ainda tem alguns preconceitos, um pouco por falta de informação”, considera Rodrigo Lopes.

Já lhe aconteceu estar no quiosque da Praça das Flores, onde costuma estar quase todas as manhãs a tomar café em amena cavaqueira com a vizinhança, e receber felicitá-lo pelos vídeos. Se não puderes passar por lá, podes sempre acompanhar as novidades aqui, via Facebook.