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Este ano a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa vai ser diferente

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Este Sábado, vai haver bandeiras do arco-íris, palavras de ordem, faixas, leitura de manifesto... tudo isso se mantém. Este ano a marcha começa no topo da Avenida da Liberdade, junto ao Marquês de Pombal pelas 17h30. E terminará nos Restauradores pelas 20h30. Mas a novidade este ano não é apenas o percurso, mas sim as regras de segurança a que tens de cumprir para marchares/marcharmos em segurança. Ora atenta:

1. Todas as pessoas individuais podem marchar sem qualquer necessidade de inscrição prévia! À chegada a organização sugere que as pessoas escolham um dos seis blocos que serão formados:

Apenas entidades formais (associações, colectivos, empresas, partidos políticos, etc.) precisam de informar previamente a Comissão Organizadora da sua participação.

 

2. Devido à pandemia, deves cumprir as normas de etiqueta respiratória durante todo o tempo: uso de máscara obrigatório (independentemente de seres ou não uma pessoa vacinada), manter uma distância de 2 metros, desinfectar as mãos com álcool-gel frequentemente e não podes consumir bebidas alcoólicas na rua. É ainda pedido que não se tragam garrafas de vidro ou sistemas de som portáteis (megafones ou colunas de som). Eventual lixo deve ser colocado nos caixotes destinados ao efeito. 

3. Deves cumprir as indicações fornecidas pela pessoas da organização presentes no local. A organização usará coletes reflectores. Se tiveres dúvidas podes perguntar-lhes.

 

4. Na chegada à Praça dos Restauradores haverá um palco para a leitura do manifesto e habituais discursos dos colectivos e associações que organizam a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa. Solicita-se que as pessoas se espalhem e não fiquem aglomeradas. Haverá sistema de som o que permitirá ouvir à distância o que estiver a ser dito pelas 14 entidades da comissão organizadora: AMPLOS, APF Lisboa, Tejo e Sado, GAT - Grupo de Ativistas em Tratamento, GTP (Grupo Transexual Portugal), ILGA Portugal, Lóbula, Opus Diversidades, Panteras Rosa, PolyPortugal, Por Todas Nós, QueerIST, Queer Tropical, rede ex aequo e TransMissão. 

 

Desconfinar direitos, afastar preconceitos

O manifesto deste ano intitula-se "Desconfinar direitos, afastar preconceitos" e faz vários alertas de como a pandemia acentou as desigualdades junto das pessoas mais vulneráveis:

"A pandemia afecta principalmente as populações mais vulneráveis socialmente, pessoas LGBTI+, especialmente pessoas trans e não-binárias, pessoas em condições de vida precárias, das quais destacamos as em situação de sem abrigo, pessoas racializadas, migrantes, refugiadas, trabalhadoras do sexo, pessoas Roma, mulheres, particularmente as mulheres trans (e todas as pessoas que pertencem a vários destes grupos), agravando um conjunto de desigualdades sociais já existentes.
A salvaguarda dos direitos humanos não deve estar refém da aceitação social, deve ser antes um ponto de partida que proteja e contemple todos os grupos marginalizados, que oiça e atenda às suas reivindicações.
Celebramos e recordamos os passos já dados em direcção à consagração plena dos direitos de todas as pessoas, desde a descriminalização da homossexualidade em 1982 à lei da autodeterminação da identidade de género, expressão de género e protecção das características sexuais em 2018. Mas há ainda muito por conquistar.
É importante reconhecer que a nossa luta não é isolada e que marcha em conjunto com as lutas antirracista, anticapitalista e feminista.
Este ano focamos as nossas atenções nas consequências da crise sanitária.
A pandemia forçou inúmeras pessoas a regressarem a contextos familiares inseguros, à permanência e confinamento em ambientes hostis, onde não lhes é possível expressar a sua identidade. Este acréscimo de violência psicológica e física agrava problemas de saúde mental, incidência de suicídio e/ou ideação suicida, numa população que já é estatisticamente mais propensa a estas situações."

Continua a ler o manifesto completo aqui:

Por último, a Marcha termina nos Restauradores e não no Terreiro do Paço ou na Ribeira das Naus. A Organização da Marcha do Orgulho de Lisboa considera que atravessar as ruas mais estreitas da Baixa não deixaria margem para as distâncias de segurança entre os participantes.

Com o Arraial Pride adiado para 2022 esta é a única celebração do Orgulho conhecida para Lisboa este ano. Celebra com orgulho e com segurança!

 

Foto: António Almeida

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