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Estudo: Profissionais de saúde concordam com a PrEP em Portugal

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Um estudo académico levado a cabo por Rui Baptista Gonçalves, estudante do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve demonstra que três em cada quatro profissionais de saúde que trabalham na área do VIH em Portugal concordam com a implementação da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) no nosso país.

 

Portugal tem historicamente uma das incidências mais elevadas de VIH de toda a Europa. Apesar disso, apenas cerca de metade das pessoas a viver com VIH estão a ser medicadas com antiretrovíricos. A PrEP consiste na toma de um medicamento diário em indivíduos seronegativos, mas que estão sujeitos a um maior risco de infecção por VIH. Esta medida pretende controlo da epidemia, dado que estudos já demonstraram que a PrEP é altamente eficaz na prevenção do VIH, se tomada de forma consistente. A PrEP já foi aprovada nos EUA em 2012 e mais recentemente em alguns países europeus. Em Portugal ainda não há data de aplicação.

Dos inquiridos neste estudo, 51 por cento considerou ter um conhecimento médio ou elevado sobre a PrEP, ao passo que 49 por cento dos profissionais de saúde entrevistados reconheceu ter um conhecimento baixo ou médio.

A aceitabilidade da Profilaxia Pré-Exposição para o VIH por profissionais de saúde portugueses é de 75 por cento, e é sugerida em particular a casais serodiscordantes, trabalhadores do sexo e a pessoas com comportamentos sexuais de risco. A 31 por cento destes profissionais já foi em algum momento solicitado a toma de PrEP por algum paciente.

O estudo levanta ainda a discussão de que forma a PrEP deverá ser implementada em Portugal uma vez que são apontadas algumas barreiras: custo - se com comparticipação estatatal/utente; com que formação a dar aos técnicos de saúde; administrada sob que directrizes; o facto de se temer um aumento de ISTs por descurar a prática de sexo mais seguro com preservativos; entre outros factores.

Os resultados alertam para o facto das autoridades nacionais da área da saúde necessitarem de planear de forma articulada a implementação da PrEP em Portugal, auscultando os eventuais intervenientes na implementação e articulação da PrEP em Portugal. O estudo em causa foi supervisionado, decorreu através de inquérito online entre Dezembro de 2015 e Janeiro de 2016 e teve 96 participantes (médicos especialistas, internos e profissionais de outra categoria) que trabalham na área do VIH em território nacional.

 

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