Exposição sobre travestismo e identidades no Porto até Sábado
Da autoria de Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey a exposição intitulada “(Tra)vestir um Fa(c)to de Cia. Excessos” está patente até Sábado, 13 de Junho, no Espaço Mira, Rua de Miraflor, 159, no Porto.
Travestir-se ou vestir-se? De facto, há restrições sobre o uso de um determinado fato; ele pode funcionar como um mero adorno ou como um completo transtorno para uma sociedade ainda amparada por normas sistematicamente machistas/sexistas, heteronormativas/binárias, seja de forma radical ou branda. Sobre o corpo e através dele, (tra)vestimo-nos de políticas para abandonarmos os fardos tão pesados, ultrapassados e politicamente incorretos como são hoje os casacos de pele. Queremos trajes leves e os feitos de peles literalmente ou metaforicamente arrancadas sem escrúpulos para nos cobrir de tantas condições enfadonhas. Rogamos por liberdade e não por compostura. O adorno corporal, segundo consta em pesquisas antropológicas, antes de servir para ocultar a nudez por proteção ou pudor, vinha enfeitar, extravasar o que não precisava permanecer enclausurado no sujeito, exibia-se como transbordamento do “self”. Com (Tra)vestir um fa(c)to, (tra)vestimos de contexto-contestador o que ainda é anunciado como parêntese em nossas existências e não inserido livre e solto em grande parte dos discursos vigentes. A curadoria está a cargo de José Maia.
Horário de funcionamento: terça a sábado, 15h - 19h
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