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Extrema-direita entra em força num parlamento de Espanha

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O partido de extrema-direita Vox, que foi a surpresa da noite eleitoral na Andaluzia (Espanha), quer acabar com várias leis de defesa das mulheres e das pessoas LGBTI.

Pela primeira vez este partido conseguiu entrar num parlamento em Espanha. No Parlamento andaluz, o Vox terá direito a 12 lugares, depois de ter conseguido este domingo quase 11 por cento de votos. Os analistas dão por adquirido que a força política liderada por Santiago Abascal conseguirá entrar no parlamento nacional nas próximas eleições legislativas, sendo a estreia desta formação política de extrema-direita. Só existe registo de algo semelhante em democracia quando, em 1979, o partido extremista Fuerza Nueva elegeu um deputado nacional. 

A nível nacional, o partido apresentou 100 medidas que quer ver implementadas e que incluem o fim da Lei de Violência de Género e “de todas as normas que discriminem um sexo em relação ao outro” no âmbito da violência doméstica. O partido também defende a “perseguição efectiva” das denúncias falsas no âmbito da violência doméstica, apesar de acordo com dados oficiais estas representarem apenas 0,1 por cento do total. O Vox rejeita o aborto realizado no sistema nacional de saúde, quer acabar com as listas paritárias nas eleições que exigem que haja pelo menos 40 por cento de candidatos de um sexo e quer suspender “o financiamento dos organismos radicais femininos”.

Outra ideia defendida pelo partido: acabar com o casamento para pessoas do mesmo sexo, aprovado em Espanha em 2005, e que coincidiu com a possibilidade de acesso de casais de pessoas do mesmo sexo à adopção de crianças. Sobre as semanas ou dias do Orgulho LGBTI, o Vox defende que são “uma imposição ideológica, vulneram os direitos dos vizinhos, as normas municipaís e são um mau uso de bens e de dinheiros públicos”.