Filme sobre a história trágica de Gisberta será uma realidade
Finalmente! Sim, finalmente mesmo. Após uma peça de teatro, duas curtas-metragens, músicas e um livro, será finalmente levada ao grande ecrã, através de uma longa-metragem, a história presente no livro “Pão de Açúcar” de Afonso Reis Cabral.
Depois de ter chegado à sexta edição em Portugal, de ter sido publicado em dois países (Brasil e Alemanha) e de um outro estar a preparar-se para o fazer (Espanha), depois de ter vencido o Prémio José Saramago e de ter conquistado o elogio da crítica e o aplauso dos leitores, “Pão de Açúcar”, o segundo romance de Afonso Reis Cabral, acaba de ver os seus direitos adquiridos por uma produtora brasileira – Glaz Entretenimento – para levar a trágica história de Gisberta até ao grande écran.
A Glaz Entretenimento, uma produtora em franca ascensão no Brasil, responsável por produções a que todos podemos assistir na Netflix e HBO Max, tem-se dedicado sobretudo a filmes para o grande público.
A história de “Pão de Açúcar'', vencedor do Prémio Livro do Ano em 2018 pelo dezanove.pt, começa em Fevereiro de 2006, quando a descoberta de um corpo num prédio abandonado no Porto abalou o país. Inspirado no caso Gisberta, o romance de Afonso Reis Cabral é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que confirmam o talento e a maturidade literária do escritor.
Afonso Reis Cabral (1990) é autor de quatro livros: “Condensação” (2005), “O Meu Irmão” (Prémio LeYa 2014), “Pão de Açúcar” (Prémio José Samarago 2019) e “Leva-me Contigo – Portugal a Pé Pela Estrada Nacional 2” (2019). As suas obras estão publicadas em várias línguas. Contribuidor regular para diversas publicações, é colunista do Jornal de Notícias e do jornal digital A Mensagem de Lisboa. É também presidente da Fundação Eça de Queiroz.
A história de Gisberta levou a diversos desenvolvimentos após a sua morte, incluindo a discussão para o seu nome estar numa rua do Porto. Está na hora desta história chegar ao grande público, com a capacidade que o cinema tem de chegar a diversos públicos, e de homenagear Gisberta e todo este triste episódio.
André Marques