Stands de tatuagens, bancas de roupas e até um bar – estava tudo preparado para a primeira edição do festival que promete mudar os dias (e as noites) da comunidade LGBTQ+ lisboeta.
Com entrada livre nas actividades diurnas, quem não quis aventurar-se pelas agulhas ou renovar o seu guarda-roupa, pôde assistir a duas talks bastante interessantes.
A primeira, com presença de Cláudio Fernandes (CF3Fitness), Giovanna Tavares (TLoveT Concept / Giovanna Tavares Skin) e Francisco Souza (Francisco Souza HairDesign) – apresentada e moderada por Ricardo de Carvalho (BANU / Dengo Club) e Paulo Júnior (Marketing Manager e Criador de Conteúdo), revelou-nos um pouco mais sobre o mercado LGBTQ+ em Portugal e os desafios que estas pessoas enfrentam nos seus negócios. A última, em jeito de encerramento do festival diurno, trouxe-nos Saint Caboclo (DJ e Fundador da Dengo Club), Ary Zara (Queer Art Lab) e Von Di (DJ, Produtora e Fundadora da Digital Destiny), com apresentação e moderação de Soya Marega (Dengo Club) e Maria Raposo (dezanove.pt), para debaterem o presente e futuro duma Lisboa queer.
Mas a festa não terminou por aqui e, durante a noite, todos os gostos ficaram satisfeitos – com três salas, foi possível agradar aos ouvintes de Hardtechno e Hardcore (com o selo da Code Lisbon), sem nunca esquecer o Eletro Pop e Funk característico do Baile Fuck – passando ainda pelo Afro tech e Baile Funk, marcado pela presença da Dengo Club. A presença mais aguardada da noite foi também a de Inês Brasil – a icónica figura brasileira, super acarinhada pela comunidade queer, esteve presente para se divertir e festejar com o público do Fluxo, sem deixar de fora êxitos como “Chupa Que É de Uva” ou “Make Love”.
Uma festa que reuniu todos os ângulos da cultura queer, numa iniciativa pioneira.
Para já, não existe balanço das próximas edições do Fluxo Lisbon, mas certamente será aguardado ansiosamente!

Maria Raposo