Fotos e manifesto da IV Marcha pelos Direitos LGBT de Braga
"Estas bichas caçam fascistas!", "Rejeita a austeridade, abraça a igualdade!" e "Não é doença, não é defeito! Mudar o corpo é meu direito!" foram algumas das frases de ordem que se ouviram este Sábado, 9 de Julho, na IV Marcha pelos Direitos LGBT de Braga.
Organizada pelo colectivo Braga Fora do Armário, pela quarta vez a cidade dos Arcebispos saiu à rua para reivindicar "Nem menos nem mais, direitos iguais", sob o mote de Stonewall, que "foi a acção catalisadora dos movimentos de defesa dos direitos das lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgénero (LGBT)". O manifesto da Marcha também o que se passou na discoteca Pulse, em Orlando. "Embora os media prefiram enquadrar este crime como um acto terrorista, é preciso afirmar claramente: este massacre (...) foi motivado pelo ódio homo/lesbo/bi/transfobico". "Os últimos anos têm sido marcados por várias conquistas para as pessoas LGBT", referiram os responsáveis, sublinhando que há muito trabalho para fazer visto que, por exemplo, "em países como a África do Sul e o Brasil, as mulheres lésbicas são vítimas de "violação correctiva", perpetrada com o propósito de 'corrigir' a sua orientação sexual." Em Portugal, sublinhava o manifesto de Braga, "a discriminação contra pessoas LGBT é prática recorrente em instituições como o Colégio Militar". Em Braga os manifestantes saíram à rua com algumas propostas, como "a incorporação da proibição da discriminação em razão da identidade de género no Artigo 13.º da Constituição Portuguesa", ou "a despatolização da identidades trans(género)", bem como "a abolição do carácter obrigatório do diagnóstico de perturbação de identidade de género para que se possa alterar o nome e o sexo no registo civil". Foi ainda proposta "a criação de um organismo público dedicado especificamente à erradicação da discriminação com base na orientação sexual e identidade de género".
Luís Veríssimo
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Luís Veríssimo