Gangue usava redes sociais para atacar a comunidade LGBTQIA+
Recentemente, as autoridades austríacas realizaram uma operação que resultou em 15 detenções de indivíduos envolvidos em crimes homofóbicos, com foco em atacar pessoas LGBTQ+ através do uso de redes sociais. As investigações indicam que o grupo usava perfis falsos para atrair as vítimas e para marcar encontros isolados, onde eram agredidas, roubadas e filmadas.
O esquema criminoso começou em Maio de 2024 e foi desmantelado pela polícia durante rusgas coordenadas na Áustria e na Eslováquia. O Ministério Público de Graz liderou a operação, resultando na prisão de 12 homens e 3 mulheres, com idades entre 14 e 26 anos. Embora a maioria dos suspeitos sejam da nacionalidade austríaca, também foram detidos cidadãos de outros países, incluindo Croácia, Alemanha, Roménia e Eslováquia.
Segunda a polícia, o grupo utilizava perfis falsos nas redes sociais para atrair as suas vítimas, inclusive pessoas da comunidade LGBTQIA+. As vítimas eram levadas para locais remotos onde eram mascarados, enquanto os agressores filmavam os ataques. Esses vídeos eram então partilhados em grupos online.
Além dos crimes físicos e psicológicos, as autoridades também encontraram armas e objectos nazis durante as rusgas, o que levanta questões sobre a ideologia por trás do grupo. A polícia acredita que possam ter ocorrido outros casos semelhantes, mas ainda não foram registados. Impera por isso a necessidade de uma vigilância mais intensa contra os ataques homofóbicos nas redes sociais.
Este caso demonstra a crescente ameaça representada por ataques homofóbicos organizados nas redes sociais e o impacto devastador sobre as vítimas. As prisões realizadas nos dois países demonstram a importância de uma acção policial rápida e eficaz para combater crimes de ódio e proteger as comunidades mais vulneráveis.
Fonte: BBC News
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Sara Gonçalves